Sarah abre os olhos e logo percebe que dormiu no sofá, a luz incomoda seus olhos a ponto de colocar uma almofada na cabeça e tentar dormir mais um pouco, mas é em vão, suas costas doem, dormir no sofá talvez seja pior que não dormir durante a noite, irritada senta-se e arruma os cabelos, um bom bocejo e uma espreguiçada lhe fazem lembrar que a noite foi ruim. Quando seus pensamentos vêm à tona, percebe que teve um sonho ruim, aliás um grande pesadelo, balança a cabeça e faz cara feia, tenta lembrar a última vez que teve um pesadelo tão real, seu filho desaparece, um maluco em uma loja que não existe, um livro que se escreve sozinho, enfim... ainda bem que tudo não passou de um desagradável pesadelo. Ainda sonolenta olha para o corredor e tenta ver se a porta do quarto de Adam está fechada.
- Adam, você está aí? Está acordado? – pergunta em voz alta.
Sem receber uma resposta, decide ir até o quarto do filho para se certificar que ele está dormindo, se espreguiça mais uma vez, massageia o pescoço dolorido e quando se levanta avista o livro negro em cima da mesa de jantar. Nesse momento Sarah corre em direção ao quarto de Adam e ao abrir a porta com violência encontra o quarto vazio. Então percebe que tudo que aconteceu no dia anterior foi real, o tal livro está na mesa de centro, Sarah chega a se reclinar para trás com as mãos em frente a boca.
Lentamente chega perto do livro e o abre, todas as mensagens do dia anterior estão ali, inclusive a última, na qual ordena a ela para ir hoje as 9h no tal café na rua Waterton, 74, olha para o relógio na parede e percebe que são 7:30h, sai correndo para o banheiro liga o chuveiro e depois de um banho rápido sai pelo corredor trocando de roupa enquanto vai pegando a chave do carro, a bolsa e um cupcake para enganar a fome enquanto vai até o tal lugar, abre a porta do carro e se dá conta que esqueceu o livro, volta correndo, pega o livro, senta-se no carro e depois de dar a ré rapidamente desaparece pela rua.
Ao chegar no endereço estipulado, abre o livro uma última vez antes de sair do carro, e nada, não há mais nada escrito desde a última noite, uma olhada rápida para a porta do café e percebe que a placa de aberto está pendurada na porta, é uma cafeteria grande com mais de vinte mesas, salão amplo e bem movimentado, Sarah entra devagar e dá dois passos, nunca foi a essa cafeteria, mas logo percebe que é muito luxuosa com mesas bem arrumadas e garçons com uniformes bem cortados e bonitos.
Uma rápida olhada nas mesas e logo se dá conta que quase todas estão ocupadas, fica indecisa se senta-se em uma das mesas vazias e espera o tal ajudante ou tenta alguma já ocupada, mais dois passos e se senta-se no balcão, imediatamente o atendente percebe sua presença.
- Bom dia! Tudo bem? O que deseja? Hoje nosso chá com leite está muito saboroso!
- Por enquanto nada – responde Sarah tentando olhar para porta de entrada – estou esperando uma pessoa.
Torce o pescoço para o outro lado e se põe a olhar as mesas, analisa todas as pessoas tentando adivinhar a pessoa com deve falar, na esquerda uma senhora com crianças, possivelmente os netos, desvia olhar, pouco provável que seja essa a pessoa, no outro lado um homem de gola polo lendo o jornal, levanta as sobrancelhas e marca mentalmente a mesa como uma possível possibilidade, mas logo uma mulher chega e lhe beija, Sarah estica o canto da boca, não, não pode ser essa a pessoa, no fundo um senhor bem vestido de casaca azul marinho, mais de cinquenta anos tomando chá preto e fazendo palavras cruzadas, olha mais uma vez para as outras mesas, no outro canto uma mesa cheia de jovens, nessa mesa sequer perde tempo analisando, essa definitivamente não é a que deva se sentar, então vira-se novamente para o balcão.
- Olá, pode me servir um café preto grande? – pede levantando o indicador.
Logo a atendente coloca uma xicara na sua frente e a enche de café, Sarah coloca um pouco e açúcar e mexendo o café olha de novo para o senhor de casaca azul marinho, dá um gole no café e com a xicara a tiracolo se dirige ao tal senhor, para em frente a mesa e ele levanta a cabeça.
- Olá!
- Olá, tudo bem? – reponde Sarah com um sorriso.
- Posso lhe ajudar senhora? – responde o senhor repousando a caneta sobre a mesa.
- Os falcões voaram alto hoje pela manhã? – pergunta Sarah desconfiada.
- O que tem de errado com você? – pergunta rispidamente o homem.
- Nada, me desculpe!
Sarah caminha até a mesa do fundo e percebe que na mesa ao lado da que iria se sentar está um homem de pele muito branca e olhos verdes esbugalhados, vestido de terno e sobretudo preto, Sarah torce o pescoço e pergunta ao homem.
- Os falcões voaram alto hoje pela manhã? – pergunta Sarah.
- Não, o tempo está nublado hoje – responde o homem.
Sarah fica parada.
- Sente-se! – convida o homem – já estava a sua espera.
Mal o homem termina de falar e Sarah coloca a xicara sobre a mesa e lentamente senta, analisando o homem percebe-se que está muito bem vestido, parece ser um terno muito caro, em cima da mesa um chapéu preto de couro de lebre, e o homem exala um perfume amadeirado agradável. Ela coloca a bolsa sobre a cadeira ao lado e fica olhando o homem, que pacientemente chama o garçom.
- Filho, pode me servir um capuccino com creme, uma porção de brioches e para minha amiga um expresso italiano e cheesecake de morango?
O garçom anota o pedido e avisa que em dois minutos trará o pedido.
O homem levanta os olhos e pergunta a Sarah.
- Sente-se bem?
- Triste – rebate Sarah.
Depois de um breve silêncio o homem sorri.
- Trouxe o livro?
- Sim, está aqui, devo lhe entregar? – responde levando a mão a bolsa.
- Não, fique com ele! – adverte levantando a mão.
Logo o garçom coloca as coisas que foram pedidas na mesa e o homem prova o capuccino.
- Uma de minhas bebidas preferidas! Prove o seu, parece estar muito bom.
Sarah calmamente prova o expresso italiano e devolve a xicara à mesa.
- O que quer de mim?
- Porque tanta pressa?
- Quero meu filho de volta – responde com certa rispidez.
O homem parece não dar atenção ao que Sarah lhe disse e morde um dos brioches, fecha os olhos, sua feição é de prazer ao comer o quitute, mastiga lentamente, prova novamente o capuccino e suspira.
- Porque não está comendo? – pergunta calmamente – Denota-se descaso não acompanhar alguém que lhe oferece uma refeição.
Sarah com certo desconforto prova o cheesecake e depois o expresso olhando para o homem com os olhos semicerrados.
- Bem Sarah eu sei que deve estar querendo respostas – afirma o homem – não vou mais tomar o seu tempo.
- Qual o seu nome?
- Me chamo Timothy Ose.
- E quem é você? De quem é ajudante?
- Essa é uma boa pergunta Sarah! – responde enquanto prova o capuccino – Deixe-me lhe explicar, no passado houve um acordo simples, porém, eficaz entre todos nós, mas ultimamente as coisas não estão muito bem nem lá cima e nem lá baixo.
- Como? Não entendi! Nós quem?
- Lá em cima e lá embaixo! – responde Timothy apontado para cima e para baixo – não seja ingênua Sarah, entre nós, os seres da escuridão e eles.
Sarah fica em silêncio e continua ouvindo Timothy.
- Era uma coisa simples, almas boas sobem e almas ruins descem, entendeu agora?
- Sim, entendo – gagueja Sarah.
- Só que esse acordo não está sendo cumprido – continua Timothy – tem um espertinho fazendo as todas almas subirem.
- Quem? Pergunta Sarah assustada.
- Nathan, você vai conhece-lo, mas não agora – responde Timothy apoiando os cotovelos sobre a mesa – mas, o que está acontecendo é que lá embaixo as coisas estão ficando um pouco desequilibradas e precisamos restaurar esse equilíbrio, e você foi escolhida para isso.
- Mas como? O que eu tenho a ver com isso tudo?
- Sarah, entenda uma coisa, você foi escolhida para ser a guardiã do livro, quem sou eu para contestar as escolhas do pessoal lá embaixo?
- Tá certo – responde balançando a cabeça – o que eu preciso fazer?
- Agora estamos nos entendendo! – afirma Timothy mordendo um brioche – o livro vai ajudar você, imagino que já percebeu que ele se escreve sozinho?
- Sim, já percebi.
- Bem, antes de explicar o que deve fazer, vou lhe explicar como isso aconteceu, o velho David Moses, o dono da fábrica de vidros há alguns anos atrás nos chamou para torna-lo mais rico do que já era, assinou o contrato, mas não leu direito e depois não quis nos dar em troca o que devia.
Nesse momento o homem é interrompido pelo garçom, que lhes pergunta se querem mais alguma coisa.
- Não filho, muito obrigado – responde Timothy balançando o indicador.
- Eu terei meu filho de volta? Eu não fiz acordo nenhum!
- Calma Sarah, vai sim, podemos ser gananciosos e obscuros, mas não queremos nada que não nos pertence!
Sarah suspira de alivio e baixando os olhos pega mais um pedaço de cheesecake enquanto espera Timothy terminar de falar.
- Bem o velho Moses enriqueceu muito e alguém que foi o encarregado de cobra-lo, ah! Como aquele velho era ranzinza e presunçoso! – exclama esticando o canto da boca – achou que podia nos enganar! Pelo menos foi o que me disseram! No acordo não queríamos muita coisa apenas uma alma, era só ele nos m****r uma alma, umazinha só!
- E como ele faria isso? – pergunta Sarah.
- Ora, ora, Sarah! Sabia que sua ingenuidade sempre nos admirou muito? – pergunta com um sorriso no rosto – O velho Moses tinha que matar alguém, só isso! Mas achou que podia nos enganar não cumprindo com o combinado e então tiramos dele tudo que tinha, o próprio cobrador tirou a sanidade dele, acabou morrendo como um mendigo louco vagando pelas ruas, mas antes de morrer, em um súbito de lucidez se arrependeu do que fez.
Timothy fica em silêncio e balança a cabeça negativamente.
- Então ele subiu, e o pessoal lá embaixo enviou, digamos assim, a tropa de resgate para pegar o que era nosso, mas, deu errado, eles descobriram e ficaram furiosos, veja só, logo eles... furiosos! – diz em tom de deboche – e mandaram o Nathan para cá para que ele fizesse com que todas as almas subissem, tudo isso em represália ao que fizemos.
- Olha senhor Timothy, isso tudo está muito estranho!
- Calma Sarah, você vai ter seu filho de volta, basta apenas fazer ao contrário do que o Nathan faz, e logo que as coisas lá embaixo voltarem ao normal você terá seu filho de volta!
- Tudo bem – concorda Sarah com a cabeça – e toda aquela estória do Richard e as coisas que ouvi no posto de gasolina?
- Ah! É claro! – responde Timothy balançando a cabeça para os lados – Como pude me esquecer! O Richard era noivo da filha o velho Moses e em um belo dia achou esse livro que está com você, usamos ele para deixar as coisas mais fáceis em relação a comunicação com vocês, aliás, caso não saiba, desde o grande acordo, isso tudo aqui está sob nossa responsabilidade.
- Isso tudo o que?
- Tudo isso aqui – responde fazendo movimentos circulares com o dedo – somos nós que nos esforçamos para corromper vocês enquanto nossos adversários fazem o contrário.
- Entendo.
- Bem para terminar – diz olhando no relógio – meu tempo está acabando! No final de tudo, quando foram recolher os pertences do David Moses, o Richard pegou o livro e levou com ele, a noiva terminou com ele pouco depois e foi embora, e o livro ficou no porão do Richard, o Moses estava usando porque precisávamos falar com ele até o acordo acabar, aí o Richard achou que podia ficar com as riquezas que não eram dele, e então ele foi mandado lá para baixo.
- E como ele foi parar naquela loja que não existe? – pergunta Sarah intrigada.
- Ah! Tem isso também... Como não era a hora dele, o pessoal o colocou para recepcionar as pessoas que iriam descer, aí nós colocamos a loja dele no lugar da fábrica do Moses – diz balançando as mãos – em termos aquela fabrica nos pertence, a loja é apenas para não assustar os que vão entrar.
- Tá certo senhor Timothy, e o que devo fazer?
- Sim, a parte que lhe interessa, quando alguém morrer espere umas duas horas, é o tempo que leva para que a alma comece a se encaminhar ao seu destino, e antes que o Nathan chegue, abra o livro quando a alma se levantar, o livro irá prender a alma dentro dele e no final vamos trocar o livro com as almas pelo seu filho, está certo?
Timothy chama o garçom e tira uma nota de cem de dentro do seu paletó e entrega ao homem, dizendo que ele pode ficar com o troco, ajeita o sobretudo e põe o chapéu apressadamente enquanto se levanta.
- Sarah, tenho que ir, já são quase dez horas, tenho compromissos, acho que você entende.
- E como vou saber quem é Nathan?
- Ele é um tanto quanto... – faz uma pausa com cara de desprezo – radiante, você vai perceber.
- Ele vai tentar me impedir? Vai me fazer mal?
- Ele não lhe fará mal, apenas vai querer a alma para ele, mas vou pedir para um amigo meu ajudar você.
- Puta merda... – esbraveja Sarah – era só o que faltava, vou ficar no meio dessa guerra.
- Cuide com os palavrões Sarah, se continuar assim o pessoal lá embaixo vai querer que você vá para lá – adverte Timothy com uma pequena risada de deboche.
Enquanto ele vai saindo Sarah caminha seguindo-o e faz a última pergunta.
- Eu vou ter ver de novo?
- Não Sarah, não vai, tenho que cuidar de outras coisas.
Timothy sai pela porta e vai embora.
Após conversar com Timothy, Sarah fica parada na calçada, apenas observa o movimento, analisa as pessoas caminhando e se põe a pensar em como vai saber quando uma pessoa vai morrer ou como vai descobrir que pessoa morta é a que deve ser aprisionada no livro, mas sem sucesso resolve ir para o carro, talvez uma volta na cidade para arejar seus pensamentos possa trazer alguma resposta para toda essa maluquice que está acontecendo em sua vida.Enquanto se aproxima do carro se dá conta que um passeio a pé pode ser mais proveitoso, abre rapidamente o livro, e uma olhada em volta para se certificar que está tudo bem, e finalmente novas palavras aparecem no livro.Vá encontrar Joe Flame no cemitério.Sarah fecha o livro rapidamente e desiste de caminhar, entra no carro e dirige até o cemitério na cidade, enquanto dirige seu nervosismo começa a aumentar, começa a pe
Elizabeth Sholer sempre foi uma pessoa rica, seus pais acumularam riquezas com uma empresa de estocagem de arroz, tinham silos em todas as partes do país, em Elbor ficava a sede de sua empresa a Rice Garner Co., ainda muito jovem seus pais morreram e deixaram uma fortuna para Elizabeth, que com o passar dos anos multiplicou a fortuna. Desde criança sempre foi chamada de Liz, incorporou o apelido como seu nome, raramente não era chamada assim, e um pouco depois dos trinta anos noivou com um fotógrafo famoso, viajava o mundo tirando fotos de eventos esportivos, um homem ligado as artes, o contrário de Liz que vivia apenas para si mesma, Peter, seu noivo era apenas um acessório, muitas vezes era até tratado mal na frente dos outros, no fundo Liz era acima de tudo uma pessoa muito diferente das outras.Quando chegava no seu escritório sequer dava bom dia aos funcionários, sentava em sua mesa e os gritos já come
Mais um dia amanhece, Sarah senta-se na cama, abre a janela e admira o dia de sol, esfrega os olhos, troca de roupa, e depois de um café da manhã rápido dirige pela cidade, tudo está normal, as pessoas caminhando para o trabalho, estudantes indo para escola, as lojas abrindo as portas e o vem e vai dos carros pelas ruas, tudo está acontecendo como sempre. Ao passar pela escola de Adam, dá uma olhada rápida e logo desvia olhar, por um momento sente-se triste, mas tem a esperança que seu filho logo voltará, vira uma esquina e estaciona o carro no estacionamento, mais um dia de trabalho está para começar. Ainda com vontade de se espreguiçar caminha até a sua mesa, sem vontade nenhuma senta-se e apática começa a verificar as coisas que precisa fazer, trabalhar no escritório de apólices e seguros da cidade é algo um tanto chato, rotineiro e maçante que Sara
Sarah caminha pela rua exausta, os últimos dias para ela foram duros, pensa em tudo que está acontecendo em sua vida, pensa em Adam e tenta controlar a saudade. Caminha em passos preguiçosos enquanto olha em volta, pensa que um passeio pode trazer a ela um pouco de ânimo e lhe fazer esquecer o que está acontecendo, sua vida não tinha muita graça antes de Adam desaparecer e toda essa loucura tomar conta de sua vida.As vezes chega a sentir que não existe, as pessoas passam por ela sem sequer nota-la, como não tem muitos amigos e dedicou sua vida a seu filho, sua vida social se tornou praticamente nula depois que seu marido foi embora naquele acidente automobilístico, o mundo tornou-se vazio e sem graça, a única coisa que a fazia seguir em frente era Adam, que agora não está mais ao seu lado.Os pensamentos ficam cada vez mais confusos e intensos, começa a suar frio e
Sarah chega em casa e desaba no sofá, é inevitável pensar no que aconteceu, apoia os pés na mesa de centro, liga a televisão e abre uma cerveja, nem sempre tem o costume de beber, mas aquela lata de cerveja perdida na geladeira veio bem a calhar em contrapartida ao dia agitado. Bebe um longo gole e com a lata a frente do rosto a analisa enquanto saboreia o amargo descendo pela garganta, jamais pensou que uma lata de cerveja seria uma companhia tão boa, mexe os dedos dos pés e recosta a cabeça no sofá, na televisão não há nada de interessante, mas nada que a faça desistir de apenas ficar no sofá e esperar o tempo passar, as imagens sequer chamam sua atenção e seus pensamentos estão longe, as vezes chegar a cochilar.A cerveja acaba, era a única que tinha, massageia a nuca e percebe que está cansada e um banho seria uma boa ideia, mas, ficar no so
Sarah senta-se a mesa para tomar seu café da manhã quando olha pela janela e comtempla o dia ensolarado, então resolve ligar para Susan para convida-la para um passeio, apenas para jogar conversa fora e ver o dia passar. Com o telefone apoiado no ombro se divide em cortar um pedaço de pão e falar com a amiga, é uma conversa rápida apenas para marcar a hora e lugar que vão se encontrar e logo Sarah vai ao lugar combinado e lá está Susan a esperando sentada em um banco do parque, Susan até sentada é alta, e assim Sarah a percebe de longe, as duas se cumprimentam e resolvem comprar um refrigerante e caminhar em volta do lago do parque da cidade.É uma caminhada preguiçosa, as duas querem apenas curtir o dia e conversar, deixar os problemas de lado, observar os pássaros e até jogar umas migalhas de pão para os pombos. Mas parece que Sarah não tem tempo seq
Karl e Mia foram jogados de um lado para outro no Cadillac Fleetwood Brougham cinza escuro, por alguns segundos pareciam estar dentro de um liquidificador, tudo rodou freneticamente, o Cadillac caiu entre as paredes de pedra e bateu em cada uma algumas vezes, não sobrou muita coisa, qualquer um diria que aquilo já foi tudo, menos um Cadillac, parece agora um monte de ferro retorcido e sem forma, também pudera, capotar a mais de cem quilômetros por hora por três ou quatro vezes e depois cair em uma ribanceira de pedras, bater em uma parede e depois na outra e assim sucessivamente por algumas vezes e por último arrastar até o fundo, nem o mais crédulo vigário arriscaria dizer que alguém pode estar vivo lá dentro.As rodas ainda giram e o motor desliga vagarosamente, os ponteiros do painel vão até o zero e as rodas param de girar, o Cadillac ainda arrasta para o fundo mais um pouco, o Cadill
Nathan e Darius vão novamente tentar levar aquelas almas lá para cima, mesmo que elas não mereçam, os dois saem da neblina e se colocam a frente se Sarah e os outros, que esperam até que eles tentem alguma coisa. Nathan ergue as sobrancelhas e assopra com força, fazendo com que a neblina desapareça.- Nunca gostei muito de escuridão – diz sorrindo – não faz o meu tipo.Sarah e os outros caminham para perto de Karl e Mia para bloquearem a passagem de Nathan. O clima fica tenso e todos se encaram, Furius estala a corrente e sua foice fica em chamas, Sarah aperta o cabo da clava com mais força e Sipio acende um cigarro sem tirar os olhos de Darius, Joe levanta a pá em riste.- Ansgarius! – ordena Sarah, fazendo com os dois fiquem com as mãos juntas atrás das costas, como se estivessem ajoelhados.Os segundos passam e os iluminados tentam