Após conversar com Timothy, Sarah fica parada na calçada, apenas observa o movimento, analisa as pessoas caminhando e se põe a pensar em como vai saber quando uma pessoa vai morrer ou como vai descobrir que pessoa morta é a que deve ser aprisionada no livro, mas sem sucesso resolve ir para o carro, talvez uma volta na cidade para arejar seus pensamentos possa trazer alguma resposta para toda essa maluquice que está acontecendo em sua vida.
Enquanto se aproxima do carro se dá conta que um passeio a pé pode ser mais proveitoso, abre rapidamente o livro, e uma olhada em volta para se certificar que está tudo bem, e finalmente novas palavras aparecem no livro.
Vá encontrar Joe Flame no cemitério.
Sarah fecha o livro rapidamente e desiste de caminhar, entra no carro e dirige até o cemitério na cidade, enquanto dirige seu nervosismo começa a aumentar, começa a pe
Elizabeth Sholer sempre foi uma pessoa rica, seus pais acumularam riquezas com uma empresa de estocagem de arroz, tinham silos em todas as partes do país, em Elbor ficava a sede de sua empresa a Rice Garner Co., ainda muito jovem seus pais morreram e deixaram uma fortuna para Elizabeth, que com o passar dos anos multiplicou a fortuna. Desde criança sempre foi chamada de Liz, incorporou o apelido como seu nome, raramente não era chamada assim, e um pouco depois dos trinta anos noivou com um fotógrafo famoso, viajava o mundo tirando fotos de eventos esportivos, um homem ligado as artes, o contrário de Liz que vivia apenas para si mesma, Peter, seu noivo era apenas um acessório, muitas vezes era até tratado mal na frente dos outros, no fundo Liz era acima de tudo uma pessoa muito diferente das outras.Quando chegava no seu escritório sequer dava bom dia aos funcionários, sentava em sua mesa e os gritos já come
Mais um dia amanhece, Sarah senta-se na cama, abre a janela e admira o dia de sol, esfrega os olhos, troca de roupa, e depois de um café da manhã rápido dirige pela cidade, tudo está normal, as pessoas caminhando para o trabalho, estudantes indo para escola, as lojas abrindo as portas e o vem e vai dos carros pelas ruas, tudo está acontecendo como sempre. Ao passar pela escola de Adam, dá uma olhada rápida e logo desvia olhar, por um momento sente-se triste, mas tem a esperança que seu filho logo voltará, vira uma esquina e estaciona o carro no estacionamento, mais um dia de trabalho está para começar. Ainda com vontade de se espreguiçar caminha até a sua mesa, sem vontade nenhuma senta-se e apática começa a verificar as coisas que precisa fazer, trabalhar no escritório de apólices e seguros da cidade é algo um tanto chato, rotineiro e maçante que Sara
Sarah caminha pela rua exausta, os últimos dias para ela foram duros, pensa em tudo que está acontecendo em sua vida, pensa em Adam e tenta controlar a saudade. Caminha em passos preguiçosos enquanto olha em volta, pensa que um passeio pode trazer a ela um pouco de ânimo e lhe fazer esquecer o que está acontecendo, sua vida não tinha muita graça antes de Adam desaparecer e toda essa loucura tomar conta de sua vida.As vezes chega a sentir que não existe, as pessoas passam por ela sem sequer nota-la, como não tem muitos amigos e dedicou sua vida a seu filho, sua vida social se tornou praticamente nula depois que seu marido foi embora naquele acidente automobilístico, o mundo tornou-se vazio e sem graça, a única coisa que a fazia seguir em frente era Adam, que agora não está mais ao seu lado.Os pensamentos ficam cada vez mais confusos e intensos, começa a suar frio e
Sarah chega em casa e desaba no sofá, é inevitável pensar no que aconteceu, apoia os pés na mesa de centro, liga a televisão e abre uma cerveja, nem sempre tem o costume de beber, mas aquela lata de cerveja perdida na geladeira veio bem a calhar em contrapartida ao dia agitado. Bebe um longo gole e com a lata a frente do rosto a analisa enquanto saboreia o amargo descendo pela garganta, jamais pensou que uma lata de cerveja seria uma companhia tão boa, mexe os dedos dos pés e recosta a cabeça no sofá, na televisão não há nada de interessante, mas nada que a faça desistir de apenas ficar no sofá e esperar o tempo passar, as imagens sequer chamam sua atenção e seus pensamentos estão longe, as vezes chegar a cochilar.A cerveja acaba, era a única que tinha, massageia a nuca e percebe que está cansada e um banho seria uma boa ideia, mas, ficar no so
Sarah senta-se a mesa para tomar seu café da manhã quando olha pela janela e comtempla o dia ensolarado, então resolve ligar para Susan para convida-la para um passeio, apenas para jogar conversa fora e ver o dia passar. Com o telefone apoiado no ombro se divide em cortar um pedaço de pão e falar com a amiga, é uma conversa rápida apenas para marcar a hora e lugar que vão se encontrar e logo Sarah vai ao lugar combinado e lá está Susan a esperando sentada em um banco do parque, Susan até sentada é alta, e assim Sarah a percebe de longe, as duas se cumprimentam e resolvem comprar um refrigerante e caminhar em volta do lago do parque da cidade.É uma caminhada preguiçosa, as duas querem apenas curtir o dia e conversar, deixar os problemas de lado, observar os pássaros e até jogar umas migalhas de pão para os pombos. Mas parece que Sarah não tem tempo seq
Karl e Mia foram jogados de um lado para outro no Cadillac Fleetwood Brougham cinza escuro, por alguns segundos pareciam estar dentro de um liquidificador, tudo rodou freneticamente, o Cadillac caiu entre as paredes de pedra e bateu em cada uma algumas vezes, não sobrou muita coisa, qualquer um diria que aquilo já foi tudo, menos um Cadillac, parece agora um monte de ferro retorcido e sem forma, também pudera, capotar a mais de cem quilômetros por hora por três ou quatro vezes e depois cair em uma ribanceira de pedras, bater em uma parede e depois na outra e assim sucessivamente por algumas vezes e por último arrastar até o fundo, nem o mais crédulo vigário arriscaria dizer que alguém pode estar vivo lá dentro.As rodas ainda giram e o motor desliga vagarosamente, os ponteiros do painel vão até o zero e as rodas param de girar, o Cadillac ainda arrasta para o fundo mais um pouco, o Cadill
Nathan e Darius vão novamente tentar levar aquelas almas lá para cima, mesmo que elas não mereçam, os dois saem da neblina e se colocam a frente se Sarah e os outros, que esperam até que eles tentem alguma coisa. Nathan ergue as sobrancelhas e assopra com força, fazendo com que a neblina desapareça.- Nunca gostei muito de escuridão – diz sorrindo – não faz o meu tipo.Sarah e os outros caminham para perto de Karl e Mia para bloquearem a passagem de Nathan. O clima fica tenso e todos se encaram, Furius estala a corrente e sua foice fica em chamas, Sarah aperta o cabo da clava com mais força e Sipio acende um cigarro sem tirar os olhos de Darius, Joe levanta a pá em riste.- Ansgarius! – ordena Sarah, fazendo com os dois fiquem com as mãos juntas atrás das costas, como se estivessem ajoelhados.Os segundos passam e os iluminados tentam
O relógio marca duas da madrugada, o copo de whisky em cima da mesa, ainda cheio, mostra que a noite ainda não chegou ao fim apesar das pessoas estarem indo embora, no piano a última canção como trilha sonora do fim, o garçom já sem vontade atende os pedidos com lentidão e certa animosidade, um olhar mais atento e fica claro que ele já está bebendo a sua dose de martini seco escondido atrás do bar, pois, quando as pessoas começam a ir embora é que começa a diversão dele. Mas o barman insiste em atrasar um pouco isso. - Phil, ainda tem uma mesa a servir! Porque ele se importaria? Já são uma da madrugada, já passou da hora dele tomar o seu drink, encostado no balcão do depósito abre uma garrafa depois de analisar seu rótulo, estica a boca como se dissesse “Até que esse aqui não é ruim”, e enche o copo quase até derramar e com as mãos trêmulas abocanha a borda do copo e deixa o Bourbon descer e queimar sua garganta, bate o copo no balcão e levanta a cabeça. - Ma