Bebês

Segurando um ramalhete de cravos vermelhos, rosas e amarelos, Mirela entrou na biblioteca da mansão, que também servira de escritório para seu marido, cumprimentando-o enquanto seguia para o vaso pousado em uma mesinha próxima a janela com rosas multicoloridas.

Fechando o livro em suas mãos, Fabrício observou as costas da esposa, que pousava o ramalhete ao lado do vaso para retirar as flores antigas.

— Soube que falou com nosso caçula — ela disse casualmente.

— Tenho espiões nessa casa? — perguntou, embora não estivesse surpreso. A fidelidade dos empregados da mansão para com Mirela era anormal. Tudo o que acontecia na residência, cada passo, certo ou errado, era rapidamente informado para sua esposa.

— Tem funcionários dedicados — Mirela corrigiu colocando os cravos no vaso e ajeitando-os. — Se fossem espiões eu não estaria aqui em busca do motivo.

— Falar com nosso filho não é motivo suficiente? — Ficando de frente para o marido, Mirela cruzou os braços e o encarou cética. Sabendo q
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