Parte II

O Sombra, como era chamado o vencedor da aposta, recebera uma enorme quantia em espécie viva, porém quando abriu o pacote era um odor no dinheiro indescritível, similar ao enxofre.

O Sr. Cerqueira entrou em sua residência ainda abalado pela morte de seu filho, com um embrulho em mãos, Beatriz sua filha sentira um forte odor no ar, perguntando assustada.

- O que isso em mãos?

O sombra não sabia do que se tratava, eram apenas fatos ligados em palavras soltas no ar, a filha de forma inspirada divinamente, lança a palavra ao pai carnal.

- Você apostou na morte do seu filho?

Fora uma interrogação com requintes de afirmação.

O pai pensara em mandar a filha para os quintos do inferno, mas sentia uma aura negra estava envolvendo, abriu o grupo de mensagem, e percebeu que as ultimas capturas se tratava do filho, sempre o dinheiro que ele investia na aposta, retornava em investimentos, mas nunca desconfiou que a voz que captava era de seu filho, então morto em um romance.

Oswaldo Cerqueira, sente seu cérebro apodrecendo, vermes roendo sua massa cefálica, era apenas uma sensação, mas se contasse a alguém, condenaria ao hospício, gritava desesperadamente, depois do que a filha falou o que ela nem lembrava mais, pois estava em um torpor espiritual.

Tentou queimar aquela quantia de dinheiro, fedorenta, cinzas viraram.

Mas quando abria a gaveta novamente, lá estava o valor acumulado, outra vez desvinculava do valor, e retornava ao mesmo lugar inicial que colocara.

Sergio Lima, envia uma mensagem: Bem-vindo ao inferno!!!

Desesperado o Sr. Oswaldo, abre a bíblia depois de quarenta anos ter deixado de ir a igreja, começa a ler, com os vermes roendo seu cérebro, era o que sentia.

Na madrugada da insônia recém adquirida, assistia pela televisão a pregação de um pastor, quando disperso e com sono, resolve trocar de canal rapidamente, um comercial chama atenção.

- Venham apostar, no sistema negro.

Era um homem fantasiado de capetinha, com um tridente vermelho em mãos.

Aquilo estava o enlouquecendo.

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Beatriz seis anos mais nova do que irmão, apesar de óbvia a morte dele, achava muito estranho, tinha certeza absoluta do que ouvira, seu pai o levou na terapia, depois do enterro, ouvia sempre, são alucinações, se persistir terá fatores delirantes.

Não sabia com quem se abrir, percebia na imagem do pai, que sempre vira com em um super-herói, se tornando em um fraco, em uma sombra nas mãos de satanás, quando dava risada, era uma risada falsa, com um vulto negro ao redor dos lábios, o clima em sua casa era dos piores, o odor do dinheiro já não era mais sentido, mas toda vez que precisava de uma grana para comprar doces ou pão para família, ao tocar no dinheiro sentia seu braço arrepiar, e um pensamento correr em sua mente: “ – Nojento”.

Mas o que isso queria dizer, ela em pouca idade não sabia como solucionar.

O Sr. Oswaldo Bezerra, o último sombra da aposta, se tornou um apostador de primeira, tentava descobrir quem era as pessoas na mensagem criptografada, para ter mais precisão em sua aposta, quando olhava para a filha, vislumbrava uma enorme quantia em seu bolso, o demônio tomou toda sua consciência, já não pensava coerentemente.

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Alexandre Garcia, vinte dois anos, sentia-se perseguido fortemente, não sabia por quem, se pela sua família, que direto chamava a polícia devido ao seu vício no jogo, e as vendas dos bens familiares, como televisor, computador, celular, para sustentar esse vício, com muita força e luta, ficara sem jogar um ano, o que fez com que terminasse a graduação em matemática, tinha um raciocínio lógico fora do comum, mas algo que não sabia era de sua telepatia, sua atual noiva, sempre adivinhava seus pensamentos, ele sem explicações científicas, atribuía tal fator, a contemplação de duas pessoas que se amam, Leilane Assis, sempre tentou explicar para ele determinadas situações, até do pensamento solto no ar, porém lhe faltavam palavras de como explicar, ela captou: “- Casamento”. Por um momento seu peito encheu-se de alegria, enfim Alexandre iria pensar em se casar, depois de muito tempo lutando contra o baralho, estava estável, sabia disso, porém o medo da falência ainda o atormentava, foram dias difíceis e agonizantes para ela, ver aquela cena de terror na casa de seu amado, dos companheiros de vício levanto tudo que ele possuía e poderia possuir mais, mas contentava-se, “ – Ninguém é perfeito”. Sabia mais do que ninguém isso, ela era promíscua, traía sem peso na consciência, apesar do amar fortemente, captou outra mensagem de Alexandre: “- Paranóia, abrir-se”.

Alexandre passava por um estado psicológico frágil, sabiam que alguém estava armando contra ele, já não possuía dívidas no jogo, mas sentia sua vida em perigo, deveria se abrir para alguém, para sua noiva, mas concluiu que esses pensamentos eram de ideias persecutórias, que era impossível pensar em algo e ser captado por outra pessoa.

Em um momento de divindade atribuiu o pensamento selado a Deus, só Deus conseguia ouvir nossa mente, assim começo a acreditar, era o que se fazia necessário, por um momento se ousou a compreender a grande do Supremo, uma pedra é lançada pela vidraça da janela de seu quarto enquanto trocava de roupas, era um pedra enrolada em uma carta, com fotografias de sua esposa, na cama que outro, seu sangue ferveu, a gritaria começou na casa recém alugada pelos dois, ele a enforcou sem piedade, no momento em que fechou os olhos, a polícia chegou arrombando a porta da casa e prendendo no ato criminoso.

- Meu Deus, perdoa-me. Fora o que passou em sua cabeça.

Já não tinha necessidade de acreditar em Deus ou não, o único que podia perdoar pelo que cometeu, fora o mesmo que dava vida a todos.

Ao chegar na prisão os detentos ao saber que ele cometera um feminicídio, tratou igualmente a um estuprador que viola o de mais sagrado da mulher, o espancaram até a morte.

Sergio Lima, entrega para o Sombra a quantia proveniente.

Lima e Boris se encontram.

- Mais um palpite certo, do Sr. Oswaldo Cerqueira.

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