Parte IV

Ela contava a história toda, várias e várias vezes, só queria sair daquele local.

- Sim.

Continuava, obtinha outra resposta.

- Sim.

Isso não iria levar a lugar nenhum.

- Senhorita Bruna Muniz.

Aquilo a irritou.

- Me chamo Beatriz Cerqueira.

Bateu na mesa completamente raivosa.

- Esse é meu nome.

Bateu na mesa novamente, com mais força e com mais raiva.

Os enfermeiros entraram na sala de terapia, aplicaram medicação para dormir, ela desmaiou.

Essa altura na fraternidade, o ritual final se consumava, Boris e o famoso Sombra, que nunca fez parte da fraternidade, fora convidado a entrar na sala de Ossos, rasgaram o seu pulso juntamente com o de Luis Boris, colocaram em dois crânios específicos os mais valiosos e demorados para morrerem, trocaram o cálice de sangue, e beberam.

Um osso começou a se unir, era Adriano Cerqueira que estava voltando a sua forma que tinha em vida, porém era uma marionete de satanás.

O Sombra, olhou com algum saudosismo, sua antiga família, aceitara colocar a filha em uma cadeia de manipulação.

Estava pálido o recém chegado a Terra, projetou roupas elegantes, um sorriso amarelo tomou conta dele.

- Enfim, Livre.

Todos assustados ouviram a sentença do que tinha acontecido.

- Deixe-me perto da menina.

Adriano Cerqueira, tinha uma espada em sua cintura, fez menção de atacar aquele ser horripilante, quando ele vem até sua direção.

- Como se atreve. Sua alma já está nos infernos.

Abaixou a cabeça, havia se tornado um lacaio das ordens luciferianas, até que ponto a degradação daquele sistema negro tinha chegado.

Beatriz Cerqueira, lembrou de um dia em que acordara para ir ao banheiro, saiu do seu quarto, tempo após seu irmão morrer, olhou para a televisão, havia um demônio com tridente pronto para atacar o seu pai, voltou até o quarto, ficara a noite inteira imóvel, sem dormir, até que com o nascer do dia, o sono apareceu, ela apagou, n’outro dia não lembrava de mais nada.

- Bruna Muniz.

Ouvia aquela voz sem dar a mínima.

- Bruna Muniz. Por favor.

Era a assistente social que estava chamando.

- Tem alguma Bruna Muniz aqui. Falou bem mais alto na ala feminina da clínica de psiquiatria.

- Tem sim. Vou falar com ela. Afirmou uma enfermeira.

Mariana Souza, como estava escrito em seu jaleco branco, com o bolso desfiado, e logo abaixo nome enfermeira, entrou no quarto de Beatriz.

- Bruna, estão a chamando.

Ela fez pouco caso, fingindo não ouvir.

- Bruna.

Ela gritou.

- Eu não me chamo Bruna.

- Está bem, independente de como se chama pode me seguir?

Não tinha outra opção, ou seria sedada novamente.

- Sim a seguirei. Falou tais palavras levantando da cama e a seguindo.

- Então você é Bruna. Falou a assistente.

Fez mais pouco caso ainda.

A assistente queria encontrar formas de iniciar uma conversa com ela, resolvera ir direto ao ponto.

- Onde você conseguiu aquela arma, você iria matar seu pai?

Olha com espanto, pensando, até que fim alguma coisa faz sentido.

Pensou em responder, porém anunciaram que as visitas chegaram.

Sua mãe iria entender, partira até o galpão das visitas, olhou para todos os rostos, nenhum parecia com o da sua mãe, olhou para um rosto específico, o do pai, benzeu-se, pensando ser a encarnação do satanás, olhou de perto um rapaz ao lado dele.

- Como pode ser? Arrepiou dos pés a cabeça, saindo uma energia ruim de todas as suas células.

Seu irmão, o que tinha sido assassinado, estava ao lado de seu pai.

Perguntou a si.

- Será que meu nome é Bruna?

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Luis Boris estava concentrado na sala de ossos.

- Enfim, estou livre.

- Está.

- Posso ir em busca das recompensas.

- Vá e me deixe quieto.

Boris das mulheres que tinha se envolvido na trama toda dos duzentos e quarenta e três corpos, as que sobraram, cerca de cento e vinte, dos familiares mortos, estavam desestruturados, ofertaram ajuda a elas, em uma espécie de convento, porém era a recompensa para Boris.

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O Cadáver de Adriano, observava a tudo de longe.

O Sombra, o sr. Cerqueira, encaminha para perto de sua filha tirando um objeto em um bolso dentro do casaco, abraça em direção ao seu peito e encrava o punhal em seu coração.

- Consumado. Afirma a voz que Luis Boris escutava.

O Presidente da fraternidade, observava centenas de mulheres peladas em uma mansão, se perguntando.

- Será que valeu a pena?

Olha uma por uma, eram mulheres desestruturadas psicologicamente, frágil, que seria abusada sexualmente pelo líder da seita demoníaca.

- Sim, valeu a pena. Concluía.

Boris, toma um porre de vinho com as suas mulheres, alegre risonho, vai até seu leito, no caminho vem uma recordação.

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Luizinho como era chamado pelo seus pais, tinha conseguido um vhs pornográfica com Serginho, amigo de vizinhança, prepara tudo a televisão o aparelho k7, esperou sua mãe ir até o mercado fazer as compras semanais, o pai estava no trabalho. Coloca a fita no aparelho, a pornografia começou.

Excitado, assistia no mesmo horário todas as semanas aquela mesma fita, pensou até em devolver mais Sérgio tinha inúmeras dela.

Até que um dia, percebera um ruído, semelhantes a vozes vindo da televisão, várias e várias vozes apareciam, parecia de conhecidos e amigos seus.

- O que pode ser isso. Falou alto.

Diminuía o volume da TV, aumentava, até que colocou no mudo, pensando ser loucura dele, já ia tirar do mudo, quando ouve uma voz.

- Está me ouvindo?

Ele afirma que sim de imediato.

- Sim, estou.

- Desejas ter centenas de mulheres?

- Sim desejo, afirmou a criança.

- Não assista esse vídeo, até a próxima lua nova, você deve matar um gato explodindo com bombas em uma encruzilhada, um gato preto.

- Hã?

- Entendeu?

- Sim. Ia repetir as ordens, quando ouviu novamente.

- Irá Fazer?

- Sim.

Então a televisão desligou-se misteriosamente, tentou ligar novamente, não conseguia, tirou a fita k7, e misteriosamente a televisão voltou a funcionar, iria colocar novamente a fita no aparelho quando ouve a voz de sua mãe cumprimento a mãe de Sérgio, ele sai correndo para esconder a fita, volta até a sala com a televisão ligada.

A mãe olha, com aquele olhar que só pertence a ela.

- Menino tu viu assombração?

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