Parte III

Oswaldo Cerqueira teve um sonho, estava no caixão de seu filho, era o corpo do seu filho, em decomposição, estava totalmente presa sua alma, não conseguia despertar para forma espiritual, ele imóvel na cama, acorda com um suor em tonalidade vermelhas.

Sua esposa, acorda totalmente irritada, com um fedor horrível que não suportava, que fazia sentir seu marido um ser asqueroso e horripilante.

- Não dá Mais Oswaldo, irei pedir o divórcio.

Ele acorda, urina, estava dividido entre dois mundos, um que se fora a muito tempo a família, agora em prol do dinheiro, depositara a quantia no banco, sorrateira, sem que ninguém percebesse o odor de enxofre nas notas do diabo.

- Preciso dar um basta nessa história.

Falou o homem despercebidamente acendendo um cigarro de filtro vermelho, hábito que não possuía quando existia traços de uma família estruturada,  enchia o copo de uísque, que daria para sustentar por muito tempo pessoas com fome, mas aquele sentimento nele não era demonstrado de forma nenhum, sentiu uma energia quando soltou a fumaça do pulmões, várias agulhas, entravam e saíam de seu corpo, agulhas minúscula, mas um sintoma da possessão, analisou, em sua consciência.

A sua filha ficara muito preocupado o que aconteceu com o seu pai, queria descobrir a qualquer modo, mais não tinha como descobrir, não davam oportunidade a ela, entrar nesse mistério já com dezesseis anos, vira seu pai se transformar em um ser obscuro, tentava lembrar de algum fato similar, porém as ideias se esvaíam.

Faltava apenas um esqueleto, para o enviado de Lúcifer despertar, essa cabeça era de Beatriz Cerqueira, filha do Sombra mais conhecido na fraternidade, até agora abrangendo todo território global.

O Sr. Cerqueira acordou de ressaca trêmulo, ouvindo uma voz acusatória em sua consciência.

- Você matou seu filho.

- Você matou seu filho.

- Você matou seu filho.

Repetiu várias vezes em um laço.

Sabia que tinha uma aposta em jogo, mais uma aposta que não conseguia analisar os fatos, sempre que ia procurar em sua mente então desenvolvida percepção do sistema negro, bloqueava com essa acusação.

Era sua filha, mas ele não lembrava do que acontecera.

Será que é ela, a cabeça chave.

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Beatriz acordara tonta, trêmula, sabia o mesmo que aconteceu com seu irmão, estava acontecendo com ela, estava sua vida estava sendo apostada, em forma de delírio, as lembranças da infância voltaram, ela sentira o odor vindo do embrulho que o pai dela carregava, acusa.

- Você matou seu filho.

Já estava em forma de criança, quando retorna a sua idade atual.

O Jogo Negro estava no final.

Luis Boris estava em reunião com os demais fraternos na sala dos ossos.

- Prestem bem atenção, bloqueiem as apostas, desliguem o sistema.

Todos foram alertados de bloquear as apostas, será que o jogo havia chegado ao final?

Beatriz Cerqueira, experimentava álcool pela sua terceira vez, pouco importava a vida escolar, estava lendo as mentes das pessoas quando inebriada pela cachaça, juntamente com as náuseas e as tonturas, conseguia anotar tudo sem a necessidade de um papel, segundo as leis que ela mesmo criara, existia um manto no universo, com as suas anotações acessível a qualquer instante.

Em pouco tempo de investigação ébria, descobrira a sociedade, que era um jogo satânico que acontecia na humanidade, que ela era uma vítima, que os holofotes em determinado momento se concentraram nela, mas faltava algumas respostas.

As conclusões que possuíam eram inegáveis tinha certeza, o dinheiro que juntara trabalhando em uma lanchonete, estava no bolso, algo entre três mil, um ser estranho aparece, coloca uma caixa ao lado do banco em que estava sentada.

- O Dinheiro, não abra aqui.

Pensou em apenas conferir a mercadoria, mas entendeu o pedido.

O ser misterioso saiu.

Beatriz fora para sua casa, que não era longe, entrou em seu quarto, despercebida pela mãe, para não fazer muitas perguntas, realmente a mercadoria estava correta calibre 380, prateado com dois pentes de bala. “ – Só preciso dessa munição”

- Liguem o sistema. Ordenara Boris. Toda cadeia mundial fora acionada.

Beatriz Cerqueira estava trêmula, sentia que alguém a filmava, pela rua que passava, sentia os aparelhos eletrônicos a devorando, focalizando sua localização, narrando os fatos em uma cadeia de informações negras.

- Meu Deus, me ajude.

A arma em sua cintura, segura, estava perto da casa de seu pai, quando decidi retornar, não irei fazer isso, pensou, desistiu do ato, voltou pelo mesmo caminho que veio.

A adrenalina havia dissipado, o sistema que sentia que estava sendo devorada, estava silenciando, mas não os comentários de terceiros, que falavam na mesa do bar.

“- Ela estava com uma arma, eu ouvi”.

Era um comentário da mesa do outro lado do bar.

- Como podem saber que estou com uma arma.

Paga a conta do bar, sai de cabeça baixa. Quando esbarra em um homem. Já iria pensar em xingá-lo quando percebe que era seu genitor.

- Filha deixe-me te ajudar. Falava o pai, notou um ar puro em suas palavras, lembrando aquele pai de antigamente

Mas nada tirava aquele delírio que ela tinha certeza de ser realidade, o dor de enxofre nas notas demoníacas, quando fora agir, tirando a arma da cintura, o seu pai segurou o braço.

- Por favor Filha, deixe a ajudar.

Segurou a arma, da filha, abraçou fortemente, com muita força, por um bom tempo, alguns curiosos rodearam o lugar, quando os policiais juntamente com ambulância chegaram, um enfermeiro aplicou duas injeções em um corpo que agonizava em prol da liberdade, não surtira efeito a medicação, aplicara outro. O que fez dormir instantaneamente.

Ela estava em um carro, abriu os olhos uma ou duas vezes, prestou atenção na paisagem, voltava a dormir, para onde estão me levando.

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