Já Michelino, estava atento à situação que se passava com a família Willard. Com a sua amante longe e desaparecida, ele ordenou que um dos seus capangas ficasse como bode expiatório no hospital que William estava. Seria fácil matar o multimilionário, caso fossem essas as suas intenções para já. Como ele queria tomar conta do seu império, claro que essa não seria a opção mais inteligente. A ideia era esperar que ele recuperasse para atacar da forma mais cruel possível. Mas não seria mais fácil atacar um dos seus filhos? Na verdade, seria como receber um chupa-chupa de uma criança de 2 anos. Porém, ele queria que William assinasse uma papelada para passar todos os seus bens em nome de Capetta. Depois disso, ele poderia fazer o que bem entendesse. Felizmente para Peter, ele não tinha direito de fazer nada disso. Apesar de estar a gerir da maneira os negócios de seu pai da maneira mais profissional possível, ele tinha certas restrições.Mas onde estaria Elizabeth Willard? Desde o dia que
O enfermeiro não conseguia conter a sua emoção perante o milagre que estava a acontecer. Rapidamente, ele vai chamar o doutor que se demonstrava cético e incrédulo. Não era possível que em tantos anos de medicina que havia estudado, acontecesse isso logo com um dos seus pacientes. Com medo de estar errado, ele analisa todos os dados clínicos do seu paciente e na verdade, ele estava certo. William estava mesmo em coma. Mas contra todas as previsões que os especialistas haviam feito, ele acordou em menos de 6 meses!Abrindo seus olhos, com os tubos que encobriam sua boca, o senhor visualiza Peter e Zuleika. Ao seu lado, segurando seu braço, estava o seu filho mais velho, Edward. Sem poder fazer muito esforço, ele apenas observava todas as agulhas injetadas em seu corpo. Com muita dor, ele faz um sinal para que lhe fossem retiradas e como alguém que quisesse sair daquele lugar o mais rápido possível. Mas ainda era cedo demais. Seria pouco ético sair assim, sem mais nem menos do hospital.
Apesar de já ter o seu próprio plano, ela deveria seguir a rotina para que não chamasse atenção. Já Hera, mãe adotiva e odiada de Zuleika, estava pronta para qualquer plano que fosse. A única coisa que lhe interessava, eram os milhares de milhões de libras que estavam em jogo. Após horas de palavras e ideias repartidas, o plano final era só um: William seria raptado na sexta-feira daquela semana, mesmo que Peter estivesse por perto.Não seria uma missão tão fácil como se pensou em teoria. William era bastante protegido por seus seguranças e estes eram extremamente bem treinados. Porém, quando estava dentro de alguma das suas indústrias ou empresas, ele preferia que os seus guarda-costas estivessem fora. Isso ajudaria a verificar se não havia ameaças por perto. No entanto, isso o metia em risco. E é exatamente esse o trunfo que Michelino estava a pensar em usar. As autoridades de Manchester, eram rigorosas. Porém, quando se tratava da mafia, eles ficavam sempre com um dos pés atrás. Is
Após ouvir tudo atentamente, Zuleika já não tinha dúvidas. Havia um motivo para a sua cisma. Mas faltava uma peça no puzzle. Algo que Kiara enrolava e tardava para dizer: quem é a sua mãe. Com medo de que Zuleika fosse uma espécie de espiã, a jovem tinha medo de falar mais sobre Beatriz Moquelo. Porém, meio que sem querer, acabou por deixar escapar que sua mãe era uma mulher muito influente. E bingo… a peça que faltava. Zu já tinha a plena certeza que Kiara era sua família mas ainda não imaginava que era a sua irmã mais nova.— Eu vou ser sincera contigo, Kiara. Eu também sou de Angola. Eu nasci no mesmo ambiente que tu e não me lembro bem de como eram as coisas. Por isso eu te questionei durante esse tempo que estamos aqui. Eu sou uma Moquelo, tal como tu! – explica a jovem, com um tom de voz sério.Sem saber o que dizer, Kiara permaneceu calada durante segundos que pareciam não acabar. Ela reparava cada detalhe do corpo de Zu. Ligava todos os traços à sua mãe e de facto, tudo fazia
Apesar de terem uma ligação no passado, Beatriz Moquelo e Hera Campbell não tinham uma boa relação. Isso iria dificultar a cooperação entre as duas. Portanto, ela teria de ceder. Sem medo do que lhe poderiam dizer, ela disca o número antigo de Moquelo que estava na agenda.— Boa tarde, Beatriz! – começa por saudar.— Boa tarde… quem está ao telefone? – pergunta a senhora, que acabava de tomar o seu vinho, depois do seu lanche.— Então a senhora não tem o meu número? – questiona Hera.— É a Hera!— Hera? Porquê que estás a ligar para mim?! – pergunta Beatriz, irritada.— Ora, se estou a lhe ligar é porque algo muito importante…— Preciso de falar consigo, com urgência.— Não temos nada para falar! Se me dá licença… - diz a milionária, decidida a despachar a senhora.— Ouça, Beatriz! Pelo menos uma vez na sua vida! Tem a ver com os Willard. – explica Hera, rapidamente.— Eu já tenho os meus planos, não preciso de nada que vem de si. – diz Beatriz, na sua teimosia.— Tens os teus trunfos
O amor é uma coisa complexa e inexplicável. Existem várias formas de explicá-lo, mas muitas formas de não saber defini-lo. Muitas eram as palavras que poderiam descrevê-lo, mas somente as atitudes o provariam. Entre factos e mitos, o que prevalecia era este sentimento fervoroso. William sentia-se muito quente e a transpirar. Mas não, não era nenhuma doença. Era o fogo que não ardia, mas que queimava o seu coração. Talvez só se desabafasse, se sentiria de uma outra forma.— Lennon… preciso de ir agora. Por favor, deixa o meu contacto para a menina. Gostei muito dela! – explica o senhor, entregando o seu cartão de visita e limpando o suor.— Mas William, tu tens a certeza? – questiona o seu amigo.— Tenho sim! Porquê não teria?— É que ouvi dizer que o pai da menina tem alguns caminhos obscuros e… - vai explicando Lennon.— E o quê? Estás a esquecer quem eu sou? – questiona William, sorrindo.— Vá, deixa o meu número e diz para ela ligar. Depois eu dou-te mais informações sobre o que es
Finalmente com o seu trunfo prestes a ser revelado, Pamella meio que congela. Por longos segundos, ela apenas consegue admirar os olhos do rapaz e parecia que algo impedia que avançasse com as suas carícias e beijos. Era tão fácil fantasiar Peter sugando aqueles seios volumosos. Isso a deixava à beira de um ataque esquizofrénico. Porém, na hora H que ela tanto ansiava, nenhuma palavra saía de sua boca. Talvez ela queria que Peter comesse até sua língua.— Então… estamos a sós! O que querias tanto dizer? – questiona o rapaz.— Peter… durante esses meses todos que estiveste distante da Universidade, eu senti muito a tua falta. Sei que tu nunca tiveste um contacto directo comigo mas a verdade é que eu tenha um queda enorme por ti! Ansiava tanto por esse momento, ao teu lado… Mas agora, não sei o que te dizer e o que fazer! – desabafa a jovem, sem conseguir olhar para a cara do rapaz.— Oh, Pamella! É muito bom saber que sentes algo forte por mim… Mas a verdade é que eu tenho alguém e… -
Aquela atmosfera sombria e obscura tomou conta de Salford. Nuvens negras e uma chuva forte logo pela manhã. Algo pouco habitual naquela época do ano. Talvez o destino estivesse a pressentir que algo estava prestes a acontecer. Peter vai rapidamente buscar seu irmão e sua amada. O plano deveria roçar a perfeição.— Um senhor ligou para mim há pouco tempo e eu ouvi os gritos do meu pai. – explica Peter.— Ele disse que se eu não for a encontro dele com quinhentos milhões, sozinho, ele mata o nosso pai Edward!— Conseguiste identificar quem é o senhor? – pergunta Zuleika.— Claro que não! Mas a voz dele não me parecia ser estranha… - explica o rapaz.— Parecia ser alguém que já esteve lá em casa algumas vezes… só não sei o nome.— Quem esteve lá em casa recentemente? Era um homem? – questiona Edward.— Sim, era um homem! Ultimamente, não tem frequentado ninguém… só foi uma jovem que é colega da Zuleika.— E achas que ela tem algo a ver com isso? – pergunta o filho mais velho de William.