Como nenhuma delas tinha o número dos pombinhos, uma das soluções era procurar na lista da Universidade. A outra, passava por contactar algum dos professores e então, Pamella lembra que ainda tinha o número de algum gravado.— Já sei! Vou ligar para o meu cachorrinho. – diz ela para si mesmo.— Sério que conversas com o teu cão?! – pergunta Jeannie, com cara de sonsa.— Mas tu és assim tão parvinha? Credo! Claro que não estou a falar de um cão. Odeio cães! – responde Pamella, mexendo no telemóvel.— Estou a falar do professor de arquitetura. Lembras dele?— Ah sim, claro! Vá, liga para o teu cachorrinho, liga. E não me estresses! – diz a jovem, saboreando a sua sandes de maionese.— Alô! Boa noite, Ryan!— Alô sim! Quem está ao telefone? – diz o professor, com uma voz de quem não estava a aprontar boa coisa.— Como assim, Ryan? Então, já não lembras da minha voz? – pergunta Pamella, tentando sensualizar.— Pensei que sentia algo especial por mim!— É a Lana? Olha, se és tu, não me ven
Então, um grande número de pessoas dava o seu parecer sobre o melhor plano de derrubar William. Obviamente que a maior parte falava do caso amoroso e falso que Michelino mantinha com Elizabeth. Beatriz discordava, ainda sem fazer ideia que aquela manobra afetaria directamente o namorado da sua sobrinha. Durante essa forte discussão, uma outra cara conhecida surge para participar daquela reunião. Sim, ela mesmo… Hera Campbell. A desaparecida mãe adotiva de Zuleika, finalmente reaparece.— Desculpem-me pelo atraso. Posso dar o meu parecer sobre o assunto? – questiona a senhora, olhando fixamente para Beatriz Moquelo, que parecia estar a ver um fantasma.— O quê que pensas que estás a fazer? De onde é que apareceste? – pergunta a senhora, tremendo e com raiva.— Ora, o que se passa? Pareces assustada. – diz Hera, sorrindo.— Pensei que ficarias contente ao me ver, senhorita Moquelo.— Porquê que ficaria contente em ver alguém que não tem onde cair morta? Poupa-me! – diz Beatriz, pergunta
Ao ler aquelas palavras, Elizabeth lembrou-se do quanto William foi atencioso e carinhoso quando eram amigos e durante muitos anos de namoro. O facto era que ela tinha jogado aquilo por água abaixo. Era sufocante ter de ler aquelas palavras e saber que o vacilo foi dela. É nesse momento que a ficha cai e Elizabeth passa a sentir-se a pior mulher do mundo. Ela recorda-se do que a sua mãe dizia sobre os segredos de um casamento feliz e um deles, era o de ser submissa ao seu marido, bem como compreensiva quanto às suas ausências.Desatando aos choros e prantos, a senhora estava desesperada e arrependida. Um longo casamento foi jogado fora, por minutos, horas e dias de prazer. Mas agora, já não havia volta a dar. A única forma de amenizar o erro era se desculpar. Todavia, nem isso faria com que William esquecesse todo o mal e dor que lhe foram causados.Zuleika, após sair do hospital, decidiu ir atrás de Peter. No entanto, o jovem não queria sequer ouvir uma palavra dela. Então, rapidamen
Sem saber como contar o que se estava a passar a Peter, visto que estavam brigados, Zuleika decide começar a premeditar planos para criar uma emboscada, de maneira que evitasse o plano maléfico que foi criado para ela. A jovem, com uma mente brilhante, decide então aliar-se ao seu professor. Ainda sentada e cética quanto a tudo o que estava a se passar, ela fica algum tempo em silêncio, enquanto vai saboreando o seu café, ainda quente e puro. Já Ryan, continuava observador. Afinal, ele ainda tinha nas suas veias a ideologia de macho alfa.Olhando fixamente para o rosto da sua melhor aluna, ele criava várias hipóteses do porquê ela ser tão difícil de ser conquistada. Dentro do seu reino, animalesco e selvagem, ele optava pelo seu rugir charmoso. Caso não desse certo, claro que optava pelo seu rugir repleto de chantagens. No entanto, Zu era uma mulher alfa, pronta para evitar qualquer macho malicioso de entrar no seu território.— E então, o que está a pensar fazer? – pergunta Ryan, cur
Dizendo isso, Peter retira-se do quarto e sai a correr em direção ao seu quarto. Elizabeth bem tenta conversar com o rapaz, mas este trata de trancar a porta do quarto para que não fosse incomodado. Quem semeia, colhe. Agora, a senhora Willard já não tinha o apoio do filho que mais a amava. Como Peter não a queria ouvir, ela decidiu escrever um bilhete para convencê-lo de que, na verdade, as coisas não eram bem como eles pensavam. Mas o quê que ela explicaria? Afinal, as suas traições vieram à tona. No entanto, ainda assim ela preferia escrever tudo, de uma maneira bem detalhada.“Eu sei que vocês devem estar a pensar que sou a pior mulher do mundo. E de facto, eu me sinto como se fosse. Mas espero que tu e o teu irmão leiam isso atentamente e que não ignorem cada palavra que irei escrever. Tudo isso começou nos anos 90, quando o vosso pai estava em constantes viagens de negócios. Ao dormir ao lado dele, numa certa noite, decidi fazer o que toda a mulher faz: vasculhar as suas roupas.
Enquanto isso acontecia, já no dia seguinte, Pamella e Jeannie preparavam a festa à espera de que Zuleika e Peter chegassem. Ao notar que as horas passavam rapidamente e ambos não compareciam e davam sequer um sinal de vida, a jovem italiana pensa em ligar para Ryan. No entanto, ela lembrou que havia falhado com o seu acordo e agora, estaria por conta própria. Sabendo que o professor já não a ajudaria, ela teria de ver uma forma de convencer o reitor da universidade a dar os números dos jovens. Todavia, não tinha nenhum jeito de fazer isso pois o mesmo não estava na instituição. E agora? O que elas fariam?Jeannie teve a brilhante ideia, enquanto saboreava a sua habitual sandes de maionese, de ligar a um dos seus amigos que era colega de Peter. Este, sem hesitar, dá o número do jovem. Porém, se elas ligassem diretamente para o rapaz, claro que levantaria suspeitas de seu plano. Então, ela pede que o próprio colega de Peter o faça, com intuito de convencê-lo a voltar. O jovem, Hector,
Já Michelino, estava atento à situação que se passava com a família Willard. Com a sua amante longe e desaparecida, ele ordenou que um dos seus capangas ficasse como bode expiatório no hospital que William estava. Seria fácil matar o multimilionário, caso fossem essas as suas intenções para já. Como ele queria tomar conta do seu império, claro que essa não seria a opção mais inteligente. A ideia era esperar que ele recuperasse para atacar da forma mais cruel possível. Mas não seria mais fácil atacar um dos seus filhos? Na verdade, seria como receber um chupa-chupa de uma criança de 2 anos. Porém, ele queria que William assinasse uma papelada para passar todos os seus bens em nome de Capetta. Depois disso, ele poderia fazer o que bem entendesse. Felizmente para Peter, ele não tinha direito de fazer nada disso. Apesar de estar a gerir da maneira os negócios de seu pai da maneira mais profissional possível, ele tinha certas restrições.Mas onde estaria Elizabeth Willard? Desde o dia que
O enfermeiro não conseguia conter a sua emoção perante o milagre que estava a acontecer. Rapidamente, ele vai chamar o doutor que se demonstrava cético e incrédulo. Não era possível que em tantos anos de medicina que havia estudado, acontecesse isso logo com um dos seus pacientes. Com medo de estar errado, ele analisa todos os dados clínicos do seu paciente e na verdade, ele estava certo. William estava mesmo em coma. Mas contra todas as previsões que os especialistas haviam feito, ele acordou em menos de 6 meses!Abrindo seus olhos, com os tubos que encobriam sua boca, o senhor visualiza Peter e Zuleika. Ao seu lado, segurando seu braço, estava o seu filho mais velho, Edward. Sem poder fazer muito esforço, ele apenas observava todas as agulhas injetadas em seu corpo. Com muita dor, ele faz um sinal para que lhe fossem retiradas e como alguém que quisesse sair daquele lugar o mais rápido possível. Mas ainda era cedo demais. Seria pouco ético sair assim, sem mais nem menos do hospital.