Zu e Peter adormeceram num sono profundo. Eram já 8 da noite. William e Elizabeth estavam preocupados com o seu filho, que saiu de casa de manhã e não deu mais notícias desde então. Até tentaram ligar pra ele mas sem sucesso. Ele deixou o telemóvel no silencioso.
— Não estou a reconhecer o teu filho! Desde que ele conheceu essa moça que já não é o mesmo. Já não pára em casa, credo! – diz William irritado.
— Ah William! Lembras-te quando eu e tu estávamos apaixonados no princípio? Também foi exactamente assim. – responde Elizabeth sorrindo.
— Pois é! Mas pelo menos eu e tu já trabalhávamos e estudavamos. O teu filho tem tudo de mão beijada, por isso abusa e fica despreocupado.
— Teu filho não, nosso filho! Não te preocupes meu amor, o Peter está seguro e com ela! – diz Elizabeth, acalmando o seu marido.
— Agora, vamos jantar e depois eu te faço uma massagem bem relaxante. Parece que tiveste um dia bastante tenso.Então, amb
Ao ver que os dois estavam na sala, William já adivinhava que tinha algo a se conversar. Sem esperar que os jovens digam alguma coisa, Elizabeth saúda-os e diz de seguida:— Presumo que vocês têm alguma coisa a dizer. Vamos almoçar primeiro e depois disso conversamos.— Não, mãe... É melhor conversarmos primeiro. É algo muito importante e precisamos de dizer agora mesmo. – responde Peter prontamente.— Sim, sra. Elizabeth. Precisamos de conversar com urgência. – diz Zu.— A conversa será só entre vocês os 3? Eu preciso de comer alguma coisa, estou faminto demais. – diz William, olhando para o relógio.— Bem, o pai se quiser pode ir para a mesa então e eu falo com a mãe, depois faço chegar a si! – responde o rapaz nervoso.— De jeito nenhum! O William fica aqui. Mas por favor sejam objetivos. – diz Elizabeth.— Tudo bem, mãe! É o seguinte: eu e a Zu precisamos de fazer mais uma viagem. Mas dessa vez não é pra Lon
Ao ver Hera, vieram várias questões na mente do jovem. Afinal, o que fazia ela em Luanda? Com que motivos sairia a senhora para aquele país? Certamente, era algo muito suspeito. Qualquer pessoa ficaria desconfiada. Será que Hera estava a perseguir Zuleika? O quê que ela fazia ali em Luanda, naquele exacto momento? Peter, não obtendo resposta de sua amada, que ainda estava num sono profundo, pede ao segurança que diga ao motorista do táxi para perseguir a senhora, discretamente claro.Hera parecia bastante agitada e ansiosa. Era claro que estava à procura de alguma coisa importante. Andando sozinha, ela não tirava os olhos do seu telemóvel, obviamente aguardando por algum sinal ou ligação. Peter continuava a tentar ligar para Zuleika, que não atendia o telemóvel. É então que a senhora entra num beco, não permitindo que o carro avançasse mais. O jovem estava muito curioso mas ao mesmo tempo com receio que algo acontecesse. Então, ele sai do carro e paga o motorista, chaman
Peter decide ir tomar um banho, enquanto refletia quanto ao que se tinha passado. Aquela conversa estranha condizia com o que se estava a passar. É claro que seria difícil contar aquilo a Zuleika. Enquanto cada gota de água escorria pelo seu corpo, ele ia elaborando um plano para que não soubessem que eles estavam em Luanda e que planeavam ir até ao Huambo, justamente para encontrar Beatriz Moquelo.Zuleika acordava de um sono profundo e relaxante. Ao abrir os seus olhos, dá de caras com muitos chocolates e rosas na sua cama. Esboça um sorriso, à medida que ouve o barulho da água vindo do chuveiro. Ela decide juntar-se ao seu amado, num banho delicioso. Ela tira a sua roupa, descobrindo os seus seios fartos e suas curvas provocantes. Os dois abraçam-se e beijam-se intensamente. Após o término, eles deitam-se na cama ainda com os seus corpos nús e Peter diz:— Tem algo que aconteceu hoje e eu preciso de te contar. Mas primeiro, quero que estejas preparada para ouvir
No hotel mais luxuoso da capital, Elizabeth se preparava para um encontro importante com o investidor árabe. Já eram 8 da noite e a cidade de Luanda estava a ferver. As ruas como sempre estavam bastante movimentadas. A sra. Willard, com um vestido extravagante e com o seu laptop, aciona os seus seguranças e vai a encontro do senhor num jantar de negócios. Enquanto isso, Peter e Zuleika estavam no quarto a saborear os chocolates que o jovem comprou.Apesar de saberem que Hera estava na cidade, eles tentaram não relevar muito a sua preocupação e ter foco no seu objetivo, que era chegar no Huambo e encontrar a tia de Zu. Mas era inevitável, cada vez que eles tentavam não pensar nisso, algo em suas mentes palpitava. Peter pensava na ideia de saírem de lá para o Huambo sem dar "nas vistas". Já Zuleika, queria muito reencontrar Hera e tirar satisfações quanto ao que se passava.A verdade era cruel e maldosa, coisa que nenhum dos dois imaginava sequer... um sapo gra
Peter ao ver as fotos fica congelado durante uns segundos. Isso deixou Zu apreensiva e desconfiada de que pudesse ser algo grave. Zuleika decide encostar perto do seu amado e ver o que tinha nas fotos. Ela própria ficou também incrédula quando deu de caras com aquilo. Eram 3 fotos e todas elas foram tiradas em períodos de tempo diferentes.A primeira foto era dos pais de Zuleika e por trás estava escrito algo em português, acompanhado com a data "01/07/1997". A segunda foto mostrava Hera, quando tinha ainda tenra idade. Esta estava abraçada a uma senhora negra e de cabelos crespos. E por último, a terceira foto mostrava Peter e Zuleika na primeira vez que estiveram juntos. Mas como essa moça teve acesso a essas fotos todas? Os jovens estavam confusos e para piorar, dentro do envelope não tinha mais nada. Ao virar a última foto, eles observam um coração desenhado coberto de sangue. Seria aquilo uma ameaça de morte aos dois? Contudo, Peter não relevou assim tanto aqu
As horas passam mas parecem demorar uma eternidade. Na cama, Peter e Zu estavam abraçados e num clima aconchegante. Eles desfrutam das horas calmas que restam, pois o dia que estava por vir seria de fortes emoções e turbulências. Todavia, Elizabeth não conseguia dormir. Ela não parava de pensar naquela senhora angolana. Beatriz Moquelo, apesar de ser dona de um império riquíssimo, raramente aparecia ao público. Isto fazia que a sra. Willard pensasse em duas possibilidades: aquela podia ser a tia de Zuleika ou ser uma família próxima dela. Para aumentar ainda mais nas dúvidas, o nome dela nunca foi pronunciado em nenhuma das reuniões, apenas citando que ela é "uma das grandes forças angolanas para alavancar os seus negócios".Elizabeth tomava o seu café preto e investigava mais sobre a estória da família Moquelo. Ela encontra poucas coisas na internet. As informações foram expostas de modo a que não se descobrisse a sua verdadeira identidade. Não se podia dar ao luxo das autori
Com o número em sua mão, Zuleika ficou alguns segundos a pensar em como convencer a sua tia a marcar um encontro com ela. Peter abraçava a sua amada, expressando o seu apoio. Por mais que fosse aquilo que ela mais queria, ela nunca tinha falado com ela e não sabia que tipo de pessoa era Beatriz Moquelo. Pelo que recolheu no centro de informações, ela apenas sabia que foi "abandonada" pela sua tia. Segundo os artigos da internet, os seus pais faleceram quando ela era uma criança e a senhora se tornou herdeira da fortuna de seu pai, misteriosamente, visto que a filha, Zuleika Moquelo, tinha desaparecido de uma maneira estranha e inexplicável, sendo dada como morta.Ela pega no telemóvel fixo da casa onde estavam e decide discar os números que estavam no papel. Cada vez que assentava os seus dedos num dos números, ela lembrava de Richard. O seu pai adotivo fazia muita falta nesses momentos. Apesar das atitudes que Hera havia demonstrado recentemente, ela amava muito a sua m
Estava explicada a versão de Beatriz. Era este o verdadeiro relato do que tinha acontecido. Zuleika continuava inconsolável. No entanto, um alívio tomava conta de seu peito e de seus pensamentos. Peter e Elizabeth continuavam a tentar consolar a jovem. Já Beatriz, pediu que preparassem um chá para a sua sobrinha. Esta rejeita e decide dizer: — Não preciso, muito obrigada! – rejeitando a chávena de chá.— Tia, eu agradeço pela sua sinceridade mas eu preciso de ir embora. — Tens a certeza minha sobrinha? Podes ficar para jantar! – diz Beatriz, triste. — Muito obrigada pela hospitalidade mas preciso de ir. – diz Zuleika. — Ok, eu entendo. Mas tu serás bem-vinda para sempre. Tu és sangue do meu sangue, minha filha. – diz a senhora, tentando levantar o astral de sua sobrinha. Então, Elizabeth, Peter e Zuleika retiram-se da mansão de Beatriz. Eles vão com o motorista que os aguardava fora para levá-lo de regresso a casa. No caminho, Z