Capítulo 38

Lukke Rock

Assim que saí do prédio de Atena, avistei o carro de Arthur estacionado do outro lado da rua. Ele estava no volante, absorto no celular, e só levantou o olhar quando bati no vidro, exibindo um sorriso cheio de provocação. Ele destravou a porta para que eu entrasse, e assim que me acomodei no banco, ele guardou o celular, estreitando os olhos enquanto me encarava, curioso.

— Então, quer me dizer o que veio fazer aqui? — perguntou, com aquele ar de quem já sabe que eu não responderia de forma direta.

Dei de ombros, inclinando a cabeça e lançando um sorriso despreocupado.

— Fui lá me divertir um pouco — respondi, dando-lhe um tapinha nas costas.

Ele soltou um riso contido, balançando a cabeça como quem está acostumado às minhas respostas vagas, mas ainda assim insatisfeito.

— E o que você considera diversão, Lukke? Tirar a paciência de uma pessoa que está trabalhando? Porque, conhecendo você, é a única coisa que deve ter feito — Arthur disse, engatando a marcha enquanto saíamo
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