Olhei ao meu redor. Um quarto de um branco enjoativo, que então me deixava nauseado. Quarto de hospital. A maca que me servia como cama era desconfortável e eu me sentia com a cabeça latejando um pouco e... Que porra é essa? Por que o meu braço direito estava engessado? Ótimo.
- Está tão ruim para que faça caretas, White? – pirracei e ela rolou os olhos.
- Samuel, você é louco? – ela perguntou, mas em tom mais de afirmação do que de qualquer outra coisa. – Você invadiu a outra pista. Poderia ter morrido...
- Não achei que se importasse tanto... – falei, até meio surpreso, mas tentando a irritar. – Não que eu esteja reclamando, mas o que está fazendo aqui, Marcela? – ela abriu a boca e depois a fechou. – Claro, estou reclamando por você
Marcela Gear WhiteEu não acreditava naquilo. Eu não tinha dito que bastava daquilo? Por que meu corpo não obedecia à razão? Era para lá de difícil ignorar aquele homem perfeito, sarcástico, canalha, prepotente, egocêntrico, cafajeste, que a adorava irritar, cuja voz lhe fazia tremelicar e cujo corpo lhe fazia andar sobre nuvens, sabia. Mas me ter assim tão à sua mercê era me deixar prestar um papel ridículo.Na antessala, o médico conversava com a família de Samuel falando mais uma vez, por certo, da fratura em seu braço e de sua pequena contusão na cabeça – me causava um enorme espanto que não tivessem descoberto o dano cerebral que ele, definitivamente, tinha.Agora com a minha blusa já no lugar depois dos movimentos ousados de Bass, informei à fam&iac
- O que temos aqui? – a sua voz soprou contra o meu ouvido. – Não consegue mais ficar longe de mim, White?Mesmo tendo me afastado tão abruptamente hoje?- Não sabia que estaria aqui, senão jamais viria. – falei muito sincera, tendo os meus nervos à flor da pele. Por que ele simplesmente não me deixava em paz?- Claro que não... – ele falou irônico, deslizando seus lábios mais para baixo de minha orelha, beijando o meu pescoço lenta e sedutoramente. – Deveríamos resolver essa sua birra de outro modo, Marcela.Tremi, levantando-me de supetão enquanto senti a sua mão subindo por minha coxa. Onde estava o seu senso de lógica? E o meu? Meu... Enfim, Liam estava ali. Aliás, onde estava Liam? Quis percorrer os meus olhos pela casa para acha-lo, mas n&atild
Duas batidinhas na porta fizeram com que ele se afastasse de mim. Eu tinha um enorme sorriso no rosto e me senti bem por tê-lo. Ele se levantou, arrumando a sua camisa – à qual eu antes me agarrava – e indo abrir a porta do quarto. Eu me ajeitei na cama, deixando-me suspirar com o alívio que se implantava em meu peito. Alívio pela certeza de estar fazendo o que era correto, o mais certo.Eu não acreditei em meus olhos quando a porta aberta revelou quem estava do outro lado. Não acreditei de modo algum e quase decidi arrancá-los para que eles não me enganassem nunca mais, para que meu corpo decidisse obedecer a minha mente de uma vez por todas – afinal, era ela que mandava naquilo tudo.- É muita cara de pau estar aqui! – Liam falou rancoroso. – Dê meia volta e volte para a vagabunda que bateu na minha garota, Samuel.
- Hm. Interrompi alguma coisa? – era Samuel com seu tom para lá de irônico.Liam passou os braços por meu torso, tentando impedir que Samuel tivesse qualquer visão de mim. Um completo cavalheiro. Eu só não gritei para que Samuel caísse fora daquele quarto porque ele tinha a minha amiga desmaiada pela bebedeira em seu ombro do braço bom. Droga! Eu tinha me esquecido.- Droga! – eu grasnei.- Certo. Pode nos dar licença por um minuto, Samuel? – Li falou e Samuel o olhou cético. – Nós estamos seminus, se não percebeu. Mads precisa se vestir. – falou como quem tentava proteger a mim. Um amor.Samuel me olhou com uma carga imensa de ironia – bem mais do que achei possível um olhar carregar. No canto de seus lábios, um sorrisinho cruel se formou e eu me sen
- Marcela! – ele grasnou. – Não me negue novamente.- Samuel, já basta. Isso é loucura! – eu falei ainda tentando colocar a minha mente em ordem. – Isso não vai acontecer.- Quando vai perceber que é o que quer? Não teríamos vindo até aqui tantas vezes se não fosse. – ele falou sério. Ele acreditava naquilo mesmo?- Eu amo Liam. – ele rolou os olhos.- O amor... Tão superestimado. – ele riu. – Você ama Liam, mas quer ter prazer comigo. Qual o problema nisso?– perguntou, me trazendo para perto, sussurrando em meu ouvido. – Eu adorarei te dar o que quer.- Não posso fazer isso... – comecei, fechando meus olhos e tentando respirar.- Não? – ele falou ba
Ele voltou a me beijar fervorosamente, fazendo o meu pobre corpo entrar em uma espécie de combustão. Os seus dedos foram ágeis ao se livrar de minha blusa e de meu sutiã, dessa vez. Ele parou de me beijar apenas para me olhar, como se apreciasse uma obra de arte em uma exposição.- Nada de Samuel, nada que possa nos interromper. – ele sorriu, animado. Ele entendia, então? Nem se o apartamento estivesse pegando fogo sairia dali. – Tem certeza disso, Maddie? – eu respirei fundo. A maior do mundo. – Você não está... – ele pareceu pensar na palavra. – Dolorida pela briga?- Estou aqui, não estou? – ele arqueou as sobrancelhas. – Tenho total certeza, Li. Eu amo você e quero que isso aconteça.- Espero que saiba que não falei nada daquilo para lhe apressar. – eu concordei com a cabeça. – Eu posso esperar o s
Samuel Lewis MorrisDroga! Cacete de menina! Aqui estava eu, revirando-me entre os meus lençóis de um lado para o outro enquanto imaginava o que ela estava a fazer com o filho de uma boa mãe do Liam Harrison. Por que eu não podia simplesmente dormir e deixar que ela desse para quem bem entendesse em paz? Era pedir muito que a minha mente abandonasse a imagem de Marcela White apenas por alguns segundos? Era doença?Bem, doença era imaginar os tipos de movimentos que ela estava a fazer e me sentir excitado com aquilo. O que eu não daria, apenas por alguns minutos, para tomar o lugar de Liam Harrison ali? Claro! Não estava esperando que ela tivesse ido apenas dormir na casa dele. Eu tinha noção, né? Por mais que alguns lados meus desejassem muito que eu estivesse terrivelmente enganado e eles estivessem em meio a uma DR definitiva porque ele estava se
Eu olhei para a menina com uma pontada de desdém e outra de irritação. Ela encolheu os ombros e sorriu na tentativa de ser cativante. O sorriso forçado lhe caiu mal no rosto e me fez desejar não ter saído do meu devaneio e ter continuado a tentar exprimir qualquer coisa sobre Marcela apenas olhando para ela.- Pois não, senhorita...? – não quis me esforçar para lembrar. Se ela não ficasse contente por eu ter esquecido, que fosse ao psicólogo.- Taylor. – ela falou, ofendida. – Queria perguntar se o relatório não pode ser entregue outro dia por que... – eu não prestei atenção ao motivo.- Por que não conversamos sobre isso mais tarde, senhorita Taylor? – a menina teve um sorriso enorme se formando em seu rosto. Ela tinha entendido errado...Os meus olhos se lançaram para Marcela White, como se eu quises