— Espere, Rubem! — Francisco exclamou, se sentindo extremamente injustiçado. — Fui ao meio da noite, levei dezenas de pessoas para construir a sua piscina, e você acha errado eu cobrar pelo serviço? Eu nem cobrei o custo do meu trabalho!— Dinheiro, não.Francisco quase chorou: — Rubem, você só pode estar brincando comigo!— Eu nunca brinco com ninguém. — Rubem respondeu friamente. — E mais, de repente, me deu vontade de cultivar flores de novo. Quero que você traga todas as que foram arrancadas e as plante ao longo da cerca da minha mansão.— Ru… Rubem, não faça isso comigo! — Emma já tinha escolhido as de que gostava e plantado em outro lugar, e ele simplesmente jogou fora todas as outras. Provavelmente, já tinham secado. — O que foi que fiz de errado? Me diz!Rubem somente disse:— Conheço todas as flores que plantei. Quero todas de volta em três dias. Se faltar uma sequer, você que se resolva.— Rubem, eu estava errado! Me perdoa!Francisco gritou por um bom tempo, mas não houve re
Mônica não teve outra opção, então abriu o cardápio e pediu algumas opções aleatórias. Só então o rosto de Douglas melhorou.Quando o garçom trouxe a sopa de entrada e se retirou, Mônica pegou uma pasta da bolsa e a entregou a Douglas.— Este contrato contém três milhões, além de uma casa em Jardins do Horizonte e outra em Vila das Palmeiras.Essas duas casas foram as que ela havia recuperado de Marcelo e outros, e Helen ainda lhe devia quatro milhões. No entanto, ela estava com preguiça de cobrar, com medo de ser vingada por Helen mais tarde.Mônica continuou:— Você viu como está a situação do Grupo Pimentel. Não tem como se recuperar. Esses papéis que você tem podem virar lixo qualquer dia.— Eu posso comprar as ações do Grupo Pimentel de você pelo preço justo, se você quiser. As casas e o dinheiro do contrato são seus. Essa é nossa negociação privada.Douglas sorriu ligeiramente e perguntou:— O Sr. Rubem não aguentou, então?— Já não aguentava há muito tempo. — Mônica apertou os l
Ela ligou a gravação.— Douglas, repita o que você acabou de dizer.— Você aprendeu finalmente a ser esperta. — Douglas riu, repetindo suas palavras de antes.Após a gravação, Mônica empurrou o contrato para Douglas.— Eu não vou pegar suas ações de graça, você assina esse contrato.Douglas não recusou. Ele abriu o documento e assinou.O acordo entre eles estava fechado.Depois do jantar, Douglas, alegando que Mônica não poderia dirigir por beber vinho, pediu para o motorista a levar de volta.Quando o carro chegou ao destino, ele perguntou:— Quando partimos?— Depois de amanhã de manhã, nos vemos no aeroporto. — Mônica, claro, queria que os sete dias passassem rapidamente, mas tinha muito trabalho na empresa e precisaria de um motivo para falar com Rubem.— Certo. — Douglas concordou. — Então nos vemos depois de amanhã.Após Mônica entrar na mansão, Douglas retirou finalmente os olhos dela e deu as instruções ao motorista para seguir.Mônica não imaginava que Rubem ainda estivesse na
— Pensando bem, nunca é tarde para ir a algum lugar. — Douglas gostou de ver Mônica assim, livre e despreocupada, o que também o deixou de bom humor. Ele empurrou o laptop na direção dela.— Você procura.— Por que eu? Você não tem mãos?Douglas sorriu levemente.— Quando saímos para viajar, era você quem planejava.— Não é só devido ao seu dinheiro, você vai a qualquer lugar e resolve tudo com dinheiro. É um monte de gente fazendo tudo para você, não tem graça nenhuma!Mônica resmungou, mas logo percebeu que tinha falado demais e fechou a boca.O homem apoiou o queixo na mão e olhou fixamente para a mulher à sua frente, os olhos cheios de afeto e indulgência. Ele queria que o avião nunca chegasse ao destino, que ficasse no ar para sempre.Na verdade, as paisagens de todo o país não eram tão diferentes, não tinha muito o que fazer. Mônica escolheu alguns pontos turísticos menos visitados e perguntou a opinião de Douglas.Douglas respondeu com uma frase só:— Qualquer lugar está bom.Mô
Douglas olhou para baixo e perguntou, muito preocupado:— Está tudo bem?— Está tudo bem. — Mônica respondeu, tentando se ajeitar, mas o trem balançou e, ao tentar se equilibrar, seu corpo foi novamente em direção aos braços dele.— …Era constrangedor demais.Mas Douglas não parecia achar que havia algo de errado. Com uma mão segurando a barra do trem e a outra apoiada em seu ombro, ele a manteve firme.Quando estavam na escola, ele e Mônica costumavam pegar o metrô com frequência. Naquela época, o metrô não estava tão cheio quanto agora. Ali, as pessoas estavam tão apertadas que mais pareciam sardinhas enlatadas sendo empurradas de um lado para o outro.Mas o bom era que ele estava ali com ela.— Vamos descer na próxima, em Rua Vine, são só quatro paradas. — Para tentar quebrar o clima tenso, Mônica disse: — Hoje, sei lá, não consegui pegar nenhum táxi.Uma garota ao lado ouviu e, sem hesitar, falou:— Vocês estavam na Rua do Ácer Dourado, né?— Ah, como sabe?— Eu sabia. A Rua do Ác
De repente, uma garota surgiu correndo e parou na frente de Douglas, oferecendo-lhe algo, com o rosto ligeiramente corado.— Com licença, pode aceitar?Mônica viu que era uma bala embalada com um desenho de coelhinho rosa.Hm?Isso parecia a mesma bala que a garota no metrô havia dado para ela. Teria algum significado?— Não, não posso aceitar. — Douglas respondeu sem olhar para a garota, recusando diretamente, e se virou para Mônica. — Você está com sede? Que tal comprar um sorvete de gelo?A garota, desapontada, se afastou.Mônica olhou para a garota e então perguntou a Douglas:— Por que você não aceitou a bala? Ela te deu de graça…— Tenho medo de ser envenenada.— …Quanto mais se aproximavam do centro da cidade, mais movimentada a rua ficava.Douglas, com sua aparência atraente, atraia olhares por onde passava. Garotas se aproximavam uma a uma, oferecendo-lhe balas embaladas com coelhinho, perguntando se ele aceitaria.— Por que todas estão te oferecendo? — Mônica não entendia. Q
Douglas tratou a bala de coelho como se fosse um tesouro, e Mônica, um pouco desconfortável, comentou:— Só uma bala, não é? Se você gostar tanto, quando encontrar uma loja que venda, eu compro um pacote para você.— Uma só já basta. — Respondeu Douglas.Com aquela única bala, toda a raiva que ele havia acumulado nos últimos tempos desapareceu, e ele se sentiu imensamente satisfeito.Pode?Claro que pode. Posso dizer um milhão de vezes…Mônica não pensou mais nisso, achando que ele só queria experimentar o gosto da bala. Após se sentarem na loja de bebidas por um tempo, continuaram a passear.À medida que a noite caía, a rua ficava cada vez mais movimentada.Não sabia por quê, mas durante todo o trajeto, nenhuma pessoa olhava para Mônica. Em contraste, as jovens garotas continuavam se aproximando de Douglas, oferecendo-lhe uma bala de coelho e perguntando se ele aceitava.Mônica, irritada, entrou na primeira loja de acessórios que encontrou e comprou uma máscara para cobrir o rosto del
Mônica Ramos nunca imaginou que, no dia do primeiro aniversário de casamento, seu marido a trairia!Não, talvez ele já a estivesse traindo há tempos, e ela só descobriu agora.Afinal, pelo plano original, ela deveria estar sentada em um voo para Munique neste momento.Mas, depois de muito pensar, ela decidiu cancelar a viagem de última hora e, em vez disso, encomendou flores, bolo e vinho para fazer uma surpresa ao marido.Agora, surpresa era mesmo o que não faltava...Mônica ouviu novamente a voz da mulher:— Leo, eu já me divorciei. Quando você vai se separar daquela sua esposa? Melhor que seja logo, é melhor uma dor curta do que uma longa.— Divórcio é só questão de tempo, não tem pressa. — Respondeu Leopoldo.Ele sempre acreditou que o amor seria suficiente para manter o casamento, mas com o tempo, tudo o que tinham era um abraço ocasional, e isso começou a cansá-lo.Só que o “divórcio” ainda era uma ideia muito repentina para ele, e ele não sabia como contar a Mônica, muito menos