— Não, ganhei em um sorteio. — Respondeu Mônica.Mônica contou toda a história para ele e, depois de uma pausa, acrescentou:— A Emma ia vir comigo, mas a tia dela ligou no meio do caminho. Então precisei deixá-la lá.Lucas soltou um suspiro discreto de alívio. Ainda bem que aquela garota não veio. Ele só conversava com Emma por consideração à Mônica, mas, na verdade, não tinha o menor interesse. Além disso...Enquanto pensava nisso, o celular em sua mão começou a vibrar. Era um número familiar. O mesmo que já tinha ligado inúmeras vezes nos últimos dias. Ele franziu o cenho e desligou o aparelho sem pensar duas vezes.— Por que não atende? — Mônica olhou de relance para o celular dele e conseguiu ver o nome “Princesinha” piscando na tela. Na mesma hora, caiu na risada. — E ainda diz que não tá namorando? Tá escondendo de mim, é?— Não é nada disso. É só uma amiga. — Lucas tentou se justificar.— Ah, é? E desde quando você tem uma amiga chamada “Princesinha”? — Mônica perguntou, com um
A escola não era pobre, mas eram bem mão de vaca. Esse dinheiro foi o que ele ganhou fazendo uns "bicos". Lucas fez um som de concordância e continuou:— Foi por causa do meu desempenho. Minhas notas são excelentes, estou entre os cinco melhores da escola. Além disso, participei de um projeto de pesquisa que deu muito certo, então a escola decidiu me dar um bônus.— Olha só, tá bem melhor que eu na sua idade. — Comentou Mônica, com um sorriso no rosto. Lucas sempre foi muito inteligente, ela sabia disso desde pequeno. Era muito melhor do que Noêmia, com certeza.Os três irmãos pareciam todos promissores. Pelo menos, nenhum deles virou um perdido na vida.Mônica, por sua vez, já tinha acumulado um bom patrimônio. Tinha alguns milhões investidos, duas propriedades herdadas de Marcelo e Ronaldo, além de uma pequena participação na empresa de Ronaldo. Poderia muito bem ser chamada de uma "pequena ricaça".Mesmo assim, ao ver Lucas tão preocupado com a mãe, ela decidiu não dizer nada. Levo
— Eu sabia que estava reconhecendo aquele rosto! Só podia ser ele, com essa pele tão escura! — Resmungou Íris, irritada. — Muito bem, aquela vagabunda tá mesmo jogando com dois ao mesmo tempo! Agora tá dando em cima do Lobo!Ela estava furiosa. Aquele idiota do Lobo não tinha o menor senso! Será que ele não percebia o quanto a “namorada” dele era uma falsiane? Bonita? Bonita o quê! Não chegava nem aos pés dela, nem a um milésimo!Quanto mais olhava para as roupas deles, combinando nas cores, mais raiva Íris sentia.De repente, um homem com uma camisa amarrada na cintura passou ao lado dela. Íris o puxou pelo braço, arrancou a camisa dele e enfiou um maço de dinheiro na mão do homem.— Essa camisa agora é minha!O homem ficou parado, sem entender nada, segurando o dinheiro e olhando para ela como se tivesse visto uma louca.Íris se escondeu atrás de uma coluna, esperando uma oportunidade. Finalmente, quando viu Mônica ir ao banheiro, não perdeu tempo. Assim que a mulher desapareceu de v
Íris arrancou o copo de suco de laranja da mão de um pedestre e jogou uma nota na direção dele. Sem pensar duas vezes, virou o suco inteiro na camiseta de Lucas. — Agora tá suja.Puta merda! Lucas não acreditava no que acabara de acontecer.Sem ter outra escolha, ele foi até um canto mais discreto e trocou a camiseta pela camisa xadrez que Íris tinha dado. Quando voltou, ela o olhou de cima a baixo, satisfeita, e sem aviso prévio jogou a bolsa na direção do peito dele.— Vamos, eu tenho uma gravação de comercial pra fazer! — Disse, com o tom autoritário de sempre.— Vai na frente. Estou esperando alguém. — Respondeu Lucas, tentando evitar mais confusão.— Eu quero você comigo! — Íris retrucou, emburrada, agarrando a barra da camisa dele e tentando puxá-lo para fora. Ela não queria nem passar perto de Mônica, aquela "vagabunda". — Manda uma mensagem pra ela e pronto.Lucas sabia que não podia perder a paciência. Não podia bater, nem gritar. Então, resignado, pegou o celular e enviou um
A notícia veio de repente e Mônica não tinha preparado nenhum presente. Lembrou-se de que Rubem parecia gostar de pudim de manga, então tirou uma caixinha rosa do bolso da sua bolsa e a estendeu para ele.— Sr. Rubem, eu não sabia que hoje era seu aniversário, então não tive tempo de preparar nada. Isso aqui é um pudim de manga que minha mãe fez. Se não se importar, fique com ele. Ah, e... Feliz aniversário.A caixinha rosa, em contraste com os dedos delicados de Mônica, parecia uma joia rara. A cena tinha algo de encantador.Rubem sorriu de leve. Essa mulher era mesmo peculiar. Toda vez que entregava algo, era sempre algo simples, mas com um toque pessoal que ele achava curioso.Vendo que ele demorava para aceitar, Mônica começou a ficar insegura. Afinal, ele era um homem que tinha de tudo, e um simples pudim parecia um presente inapropriado. Quando estava prestes a recolher a mão, Rubem pegou o pudim.— Obrigado. É um ótimo presente. Gostei muito. — Disse ele, com um tom leve.O rost
Mônica tinha certeza de que Rubem tinha bebido algum conhaque ou outra bebida com alto teor alcoólico. Sem pensar muito, respondeu rápido: — Fique de olho no Sr. Rubem e não deixe ele beber mais. Qual é o clube? Vou até aí agora! — Muito obrigada, Diretora. No caminho para o clube, Mônica começou a recuperar a lucidez. Ela bateu na testa e murmurou consigo mesma: — Eu devo estar maluca. Por que estou indo até lá? Era só mandar a Kelly resolver isso! Com essa atitude, parecia até que ela estava preocupada demais com Rubem. Mas, já passando pelo túnel e quase chegando ao destino, não fazia sentido voltar atrás. Ela respirou fundo e seguiu em frente. Estacionou na rua e entrou no clube com passos apressados. Ao encontrar o camarote, Mônica abriu a porta e deu de cara com Kelly, que tentava, em vão, controlar a situação. Ela sorria sem graça para os convidados, enquanto lutava para tirar o copo da mão de Rubem que, teimoso, insistia em continuar bebendo. — Desculpem, mas o
Mônica ficou com as bochechas quentes, completamente envergonhada. Era só nesses momentos que ela conseguia ouvir elogios de Rubem. — Não fala mais nada. — Disse, tentando parecer calma, embora sentisse que seu rosto estava pegando fogo. — Vou te levar para casa. Você dorme, e amanhã tudo estará bem. — Você vai ficar comigo? Claro que não! Como Mônica não respondeu, Rubem insistiu: — Hoje é meu aniversário. Você não vai comemorar comigo? — Aqueles empresários já não estavam comemorando com você? — Resmungou ela, desviando o olhar. Mas, ao encará-lo de relance, percebeu que Rubem a observava com aquela intensidade que fazia seu coração disparar. Os olhos dele, profundos e cheios de expectativa, deixaram Mônica ainda mais nervosa. Ele estava esperando algo dela? O plano inicial de Mônica era simples: deixá-lo na porta da mansão e ir para casa. Mas era raro ver Rubem assim, tão calmo e gentil. O olhar afiado e distante que ele costumava ter havia desaparecido completamente.
— Não, a roda-gigante é muito alta e pode ser perigosa. Além disso, acidentes acontecem o tempo todo. Tudo bem, Mônica cedeu. Não ia insistir. Quando viu a fila para os carrinhos de bate-bate, pensou em tentar aquilo, mas, antes mesmo de dar o primeiro passo, Rubem a cortou novamente: — De jeito nenhum. As pessoas ficam dirigindo e batendo umas nas outras. Pode machucar o bebê. Mônica bufou, irritada: — Isso não pode, aquilo também não. Então entramos aqui para quê? Só para andar? — Não disse que não pode brincar. Estou só pedindo para evitar os brinquedos perigosos. — Ele respondeu, apontando para o lado. — Olha aquele ali. Parece perfeito para você. Mônica seguiu o olhar dele e, ao perceber do que se tratava, ficou sem expressão. Um carrossel. Claro que era seguro. Só ficava girando devagar, sem nenhum risco. Ainda frustrada, Mônica cruzou os braços, mas Rubem já havia pagado pelos ingressos. Antes que ela pudesse protestar, ele se abaixou, a pegou no colo e, com cuidad