Nesse momento, Mônica, que estava no banco de trás, soltou um gemido de dor. Sem aviso, seu corpo tombou de lado e acabou caindo no colo de Rubem, encolhendo-se como uma criança. — Mônica? — Rubem percebeu imediatamente que algo estava errado. O rosto dela estava pálido, quase sem cor. Ele bateu levemente em sua bochecha, franzindo as sobrancelhas. — O que aconteceu? — Minha barriga... Dói. — Mônica respondeu com a voz trêmula e queixosa, enquanto pressionava o abdômen com uma das mãos. Rubem ia ordenar que Kelly dirigisse direto para o hospital, mas então notou algo. Um pequeno borrão vermelho aparecia na saia cinza dela, e no ar, um leve cheiro metálico de sangue começava a se espalhar. Ele ficou completamente imóvel por um segundo, ligando os pontos. “Ah... É a menstruação.” Rubem massageou as têmporas, exasperado. Era só o que faltava. Da última vez, ela havia vomitado no carro dele, agora, havia manchado o estofado. — Parece que eu devo alguma coisa pra você, hein? — Mu
Emma rapidamente pediu que Rubem entrasse no apartamento e mostrou a ele onde ficava o quarto de Mônica.Rubem carregou a mulher até o quarto e, quando estava prestes a colocá-la na cama, sentiu algo pegajoso no braço. Seu rosto escureceu imediatamente, e ele deu meia-volta, levando-a direto para o banheiro.Emma o seguiu, preocupada.— O que houve, Sr. Rubem? — Ela está menstruada. — Rubem colocou Mônica dentro da banheira. Ao levantar o braço, viu que sua camisa branca estava manchada de vermelho. Ele franziu levemente a testa, visivelmente incomodado.Depois de lavar rapidamente o braço e tentar limpar a mancha, ele se dirigiu a Emma:— Cuide dela, por favor. Eu já estou indo.— Claro, Sr. Rubem. Boa noite.Rubem saiu, fechando a porta atrás de si. A manga da camisa ainda estava úmida, grudando em sua pele, com um leve traço avermelhado que não saiu por completo. Ele arregaçou as mangas, revelando os músculos firmes de seus braços.Enquanto descia pelo elevador, sua mente vagava at
Ela falou enquanto se virava para pegar um copo de água, sem perceber que, ao mencionar a relação entre Rubem e Mônica, uma fúria intensa passou rapidamente pelo rosto de Douglas, desaparecendo quase no mesmo instante.— Ah, lembrei. — Kelly olhou para Douglas com curiosidade. — Ouvi dizer que você teve um caso com a Mônica no passado. O que achou dela?— Foi algo breve, nada relevante. — Douglas sorriu de leve. — Com o histórico dela, nem mesmo seria aceita como empregada na Mansão Keslier. Por que eu me interessaria por alguém assim?— É mesmo? — Kelly lançou um olhar discreto para ele, mas manteve o tom casual. — Pois eu acho que ela é bem esperta. Pense bem, Rubem, com o tipo de posição que ocupa, por que seria tão acessível com ela? Aposto que quer usá-la para alguma coisa.— O vice-presidente do Grupo Pimentel, o João, tem um poder enorme, quase absoluto. — Kelly continuou, pensativa. — Mas Rubem não toma nenhuma atitude. Diz que o João é um veterano da empresa e parece deixá-lo
Mônica Ramos nunca imaginou que, no dia do primeiro aniversário de casamento, seu marido a trairia!Não, talvez ele já a estivesse traindo há tempos, e ela só descobriu agora.Afinal, pelo plano original, ela deveria estar sentada em um voo para Munique neste momento.Mas, depois de muito pensar, ela decidiu cancelar a viagem de última hora e, em vez disso, encomendou flores, bolo e vinho para fazer uma surpresa ao marido.Agora, surpresa era mesmo o que não faltava...Mônica ouviu novamente a voz da mulher:— Leo, eu já me divorciei. Quando você vai se separar daquela sua esposa? Melhor que seja logo, é melhor uma dor curta do que uma longa.— Divórcio é só questão de tempo, não tem pressa. — Respondeu Leopoldo.Ele sempre acreditou que o amor seria suficiente para manter o casamento, mas com o tempo, tudo o que tinham era um abraço ocasional, e isso começou a cansá-lo.Só que o “divórcio” ainda era uma ideia muito repentina para ele, e ele não sabia como contar a Mônica, muito menos
O Aqua Bar era conhecido como o covil de extravagâncias, o mais notório local de diversões noturnas. Homens e mulheres de todos os tipos frequentavam o local.Mônica estava sentada no balcão, já havia bebido alguns copos de uísque, e um pensamento perigoso começava a crescer cada vez mais rápido em sua mente.Ter um filho... Que diferença faria com quem fosse? Se encontrasse um homem bonito, o filho ainda seria mais bonito!Com essa ideia em mente, seu olhar vagou pela pista de dança, até que de repente fixou-se em uma alta figura não muito distante.Embora não conseguisse ver o rosto do homem, sua altura e postura destacavam-se na multidão. Ele estava praticamente cercado por várias pessoas, todas bem vestidas, e sua presença impunha respeito.“É ele!” Decidida, Mônica respirou fundo, ajeitou o cabelo e, cambaleando em seus saltos altos, começou a caminhar em direção ao grupo.— Ai, que tontura! — Na passagem, ela fingiu perder o equilíbrio e caiu direto nos braços do homem.Uma mão f
A atuação daquela mulher era tão ruim que qualquer um perceberia de imediato, mas, ainda assim, havia algo de interessante.— Tio Rubem... Tio... O olhar afiado do homem parecia atravessar Mônica, como se ele pudesse ver através de suas pequenos truques, fazendo o coração dela tremer, um pouco intimidada.No entanto, no segundo seguinte, Mônica sentiu seus pés se levantarem do chão, seus olhos se arregalaram de surpresa. Ela havia sido pega no colo, como uma princesa, por Rubem!A sensação de perda de peso a fez agarrar o pescoço dele instintivamente. O peito de Rubem era largo e quente, e todo o ar estava impregnado com o cheiro dele, fazendo seu rosto esquentar e seu coração bater aceleradamente.Tão direto assim? Não era ele quem estava se fazendo de cavalheiro alguns minutos atrás?— Ainda dói o pé? — A voz sem emoção de Rubem soou acima de sua cabeça.— Hã... — Mônica engoliu em seco. — Não... Não dói mais...Ela ficou encantada, incapaz de desviar o olhar do perfil impecável de
— Não precisa se preocupar, tem ali na mesa. — Rubem achou que ela estava falando de camisinha, e inclinou o queixo na direção do criado-mudo, onde uma elegante cesta guardava várias opções de modelos.Mônica ficou sem palavras. Agora os hotéis estavam tão atenciosos assim?— En...então eu vou tomar um banho. — Mônica tentou empurrar Rubem de cima dela, sentindo seu coração bater descontroladamente.Ela já conseguia prever o que Rubem faria a seguir.Droga, ela não era quem deveria estar no controle da situação? Como é que, no fim, ela se tornou a presa indefesa, à mercê dele?Será que Rubem estava, o tempo todo, fingindo ser um cordeirinho só para atacá-la no momento certo?Ela o olhou com desconfiança, seus olhos revelando um toque de pânico.Rubem percebeu cada nuance da expressão dela e, sem esforço, adivinhou seus pensamentos. Ele já conhecia muitas mulheres que ambicionavam o lugar ao seu lado, e provavelmente essa era a única mulher que queria desistir na última hora.Isso estav
Ao sair do lobby do hotel, o coração de Mônica ainda batia acelerado. A brisa fresca que acariciava seu rosto ajudou a clarear um pouco sua mente.Ela realmente havia passado uma noite com Rubem, essa grande figura! Não era um sonho, era a realidade!Como ela pôde fazer isso?Mônica deu um soco na própria testa e, com um suspiro de resignação, retirou a última nota da carteira e pegou um táxi.Não havia mais nada a fazer além de voltar para a casa da família Pimentel.Antes de entrar em casa, Mônica certificou-se mais uma vez de que não havia deixado nenhum vestígio suspeito em sua roupa e só então entrou.Ao entrar, Mônica encontrou a sogra na mesa de café da manhã.— Bom dia, sogra. — Ela disse, tentando manter a voz suave.— Você ainda tem coragem de voltar! — Talita Gonçalves, lembrando da discussão no telefone na noite anterior, estava cheia de raiva ao ver Mônica. — Divórcio! Vá e se separe do meu filho imediatamente!Vendo o desprezo da sogra, como se desejasse que ela sumisse d