Amélia Leal
— Achei você.
Um grunhido deixa meus lábios assim que mãos tampam minha boca e me puxam. O corredor do hospital está vazio, mas de longe avisto uma enfermeira e grito por ajuda, não funciona, pois, nada, nenhum um mísero pedido de socorro, sai da minha boca. Começo a me debater contra
HENRICO ZATTANIApoio seu pé esquerdo na minha coxa e finalizo o laço do cadarço, assim como fiz no sapato do pé direito. Sinto seus olhos queimarem em mim o tempo todo, mas me demoro na simples tarefa para adiar o momento terei que encontrar seus olhos e falar com ela.Agora que nós fodemos, não tenho certeza se estou pronto para uma conversa. Nem ao menos, sei
Amélia Leal— Bom dia.— A voz sedutora e levemente enrouquecida chega até meus ouvidos como uma perfeita melodia, esticando meus braços eu ergo meu tronco e me sento sobre a cama, ainda sonolenta o encaro sorrindo.— Bom dia. — O respondo, não resistindo e descendo meus olhos pelo seu corpo parcialmente desnudo e molhado.Que visão. Seus lábios estão curvados em um sorriso prepotente, porque ele sabe que domina minha mente tanto quanto domina meu corpo. Seus braços e peitos estão descobertos e gotas de água do seu banho recente descem por
HENRICO ZATTANI “A depressão pós-parto é comum entre mães de primeira viagem e é geralmente ocasionada por alterações dos hormônios estrogênio e progesterona, responsáveis pelas alterações no corpo da mulher desde a puberdade e costumam trabalhar com mais intensidade no período gestacional. Algumas mães podem ser afetadas ao fim da gravidez e sentirem tristeza e desesperança logo após o parto, estas mudanças junto de um estado psicológ
Amélia LealO taxista estaciona no portão de casa assim como peço e desço de forma discreta, observando sem acreditar a cena que desenrola bem à frente, do lado de dentro do portão. Minha mãe está beijando o rosto de Guilhermino como se eles fossem amigos íntimos, ele à envolve em um abraço e lhe entrega uma pasta com documentos. HENRICO ZATTANIFoi na madrugada de ontem que a verdade veio em forma de sonho, eu lembrei exatamente de tudo que aconteceu naquela noite desde o momento que sai de casa até a hora de ser preso, devo ter apagado as informações da mente devido à adrenalina do memento, o choque e a decepção devem ter sua parte também. Puta quCAPÍTULO 47
Amélia Leal—O que está acontecendo aqui, porra?A voz de papai faz Pedro se afastar de forma abrupta e respiro mais aliviada, dando graças ao santíssimo por isso. Olho agradecida na direção do meu progenitor, mas, tudo que vejo é o rosto ranzinza ainda mais fechado, sério, completamente irado.— Pedr
HENRICO ZATTANITodo esse tempo e achei que o desgraçado era só um cretino safado.— Que porra! — Bato meu punho contra o volante, irritado o suficiente para quebrar a cara do merdinha com um só golpe.— Você precisa se acalmar, cara. — Guilhermino resmunga do meu lado, segurando firme em seu assento.
Amélia LealMeu sobrinho dorme tranquilo em sua cadeirinha no banco de trás, alheio as atitudes do pai e isso me deixa mais protetora. Coberta de coragem e decidida a não facilitar as coisas, tento distrair Pedro para descobrir nosso destino. Ele não facilita e me dá respostas evasivas. — Aurora não desmaiou, não foi? — Faço a pergunta para Pedro, mas observo o rosto pálido e adormecido da minha irm&at