HENRICO ZATTANI
Todo esse tempo e achei que o desgraçado era só um cretino safado.
— Que porra! — Bato meu punho contra o volante, irritado o suficiente para quebrar a cara do merdinha com um só golpe.
— Você precisa se acalmar, cara. — Guilhermino resmunga do meu lado, segurando firme em seu assento.
Amélia LealMeu sobrinho dorme tranquilo em sua cadeirinha no banco de trás, alheio as atitudes do pai e isso me deixa mais protetora. Coberta de coragem e decidida a não facilitar as coisas, tento distrair Pedro para descobrir nosso destino. Ele não facilita e me dá respostas evasivas. — Aurora não desmaiou, não foi? — Faço a pergunta para Pedro, mas observo o rosto pálido e adormecido da minha irm&at
HENRICO ZATTANI— Eu só posso ter enlouquecido por acreditar em você! — Rosno, me segurando ao máximo para não pular em cima do homem e assumir a direção.— Você está roubando minha concentração, rapaz. Mantenha sua boca fechada.—Augusto esbraveja ao meu lado, dirigindo como a porra de uma tartaruga. Amélia LealDivido minha atenção entre minha irmã, meu sobrinho e a porta do quarto onde Pedro acabou de nos trancar. Graças a Deus ele não se trancou conosco. Arthur resmunga fazendo barulhos típicos de be HENRICO ZATTANIQuando cheguei naquele quarto e a vi nos braços dele, aterrorizada por ter uma arma em seu rosto fiquei sem saber o que fazer por algum tempo. Minha mente estava perdida, cheia de medo. Então, quando finalmente disse alguma coisa e o desgraçado nos viu, a reação dele foi mais rápida que a minha e seu dedo deslizou pelo gatilho antes que o meu.—Droga.CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
Amélia LealTento abrir meus lábios e dizer que sim, ela pode entrar, mas não consigo. Parece que desaprendi a falar e tudo que consigo fazer são barulhos. Barulhos constrangedores. Os médicos me explicaram que isso é devido a minha situação, faz quase dois dias que acordei do coma e ainda preciso exercitar minha falar, reaprender a me comunicar. Então, tudo que faço é balançar a cabeça de fo
HENRICO ZATTANIEu jurei pra mim mesmo que não sairia do lado dela, mas se antes meus pesadelos envolviam beliches barulhentas, grades e criminosos, agora sou levado para a noite em que o carro dela capotou mais de cinco vezes até finalmente explodir, mas, ao invés, de tirá-la como fiz, simplesmente assisto a cena paralisado e sem conseguir fazer nada para ajudá-la. E, droga!A porra desses pesadelos estão levando t
HENRICO ZATTANIUm ano depois…Deslizo meus dedos pela pele lisa de suas costas, atento a cada pelo que se arrepia em seu corpo.&mda
HENRICO ZATTANITrês meses depois…Inclino-me no assento até sentir minhas costas encontrarem apoio na parede. Sopro a fumaça do cigarro e tento relaxar enquanto encaro a m*****a porta do consultório médico. Que porra! Quanto tempo mais eu vou ter que esperar?— Com licença, senhor. Não pode fumar aqui. — Ergo meu olhar para a enfermeira que me encara com desgosto, ela aponta para a placa com um cigarro desenhado e dou um sorriso fraco, libero a fumaça presa na minha garganta e faço o que. Apago com as pontas dos dedos o único remédio que consegue me deixar calmo além de Amélia. A mulher se vira e vai embora.Será que ela não percebeu que estou nervoso? Além dessa consulta misteriosa que fui ridiculamente cortado, estou lidando sozinho com a parte administrativa da fazenda, agora que Guilhermino saiu em lua de mel com Marisa, bem, na verdade, ele foi atrás da mulher após ela fugir com a irmã mais nova. Porém, não a culpo, aquele irmão dela é um sádico e pelo que Guilhermino contou a ga