VOLTEI ALGUNS ANOS NO TEMPO, Jerusalém estava intacta, como se fosse um amanhecer do dia seguinte, mas nem mesma eu sonharia que seria a mais fantástica de todas as minhas aventuras. Já tinha presenciado muitas coisas fantásticas com Paulo, à qual nem mesmo olhando dava para acreditar que tudo aquilo estava acontecendo. Cientificamente falando era impossível ressuscitar mortos, curar enfermos sem medicamentos, mas tudo isso acontecia diante dos meus olhos.
Perguntei para alguns, mas ninguém conhecia Jesus, lembrei então de perguntar por João Batista que era seu primo, e nesse tempo ele estava no rio Jordão batizando as pessoas.
E ASSIM EU VOLTEI PARA CASA, pois estava com muitas saudades de vocês...–– Mas minha filha, porque você não voltou antes? – Disse a mãe.–– Não sei mãe, estava tão entretida com todas as experiências que estava vivendo, fui deixando as coisas acontecerem naturalmente, como se o próprio destino estivesse me levando a isso.–– Mas você sabe que não podemos cuidar de você a
ANTES MESMO DE SABER que existia um livro chamado “O mundo de Sofia”, escrito pelo autor norueguês Jostein Gaarder em que se mostrava uma viagem maravilhosa ao mundo da filosofia, eu tive a ideia, quase infantil de retratar de forma bem resumida o que estava aprendendo nas aulas com meu professor Clóvis durante a faculdade de Direito.A ideia, até mesmo porque neste período ainda era um aspirante a escritor, foi a mais simples possível, mas ficou algo que me agradou muito, então, mesmo que não seja um carro-chefe de minhas obras, é algo que me orgulho em ter feito.
O DR. FABIAN STRAUSBACKIE, brincava sempre com sua filha em meio ao seu mundo de invenções – e no mundo da filosofia – ao qual ele sempre contava todos os dias histórias fascinantes sobre todos os filósofos à Sofia – sua única filha.Histórias sobre Sócrates, Tales de Mileto, Platão, Aristóteles, entre outros, que sempre a deixava muito instigada para que chegasse logo à noite e seu pai contasse a ela mais uma extraordinária história antes que ela dormisse – e pudesse sonhar mais e mais com todos aqueles personagens fascinantes.
ASSIM QUE CHEGUEI NA GRÉCIA... – pois a máquina estava programada para esse ser o seu primeiro destino (no ano de 490 a.C), parei em uma das encostas, sem saber onde estava, fui até uma praça e percebi que estava na Grécia.Acabei chegando a uma pequena praça, onde tinha um senhor muito simpático pregando seus ensinamentos, ele me puxou carinhosamente no colo.–– Como você se chama pequenina? – Perguntou ele.&nd
FOI COMO NUM PISCAR de olhos, a primeira viagem ainda tinha demorado uns cinco minutos, mas a segunda viagem foi extraordinariamente rápida papai.Cheguei em 583 a.C, como já falava grego muito bem, não demorei para encontrar Tales, sabia que era ele a segunda pessoa que você procuraria, sempre me falou muito dele, ele é realmente uma pessoa extraordinária, é o que chamamos de cientista no mais puro sentido, tinha o rosto engraçado, meio abobalhado, mas era muito inteligente, apesar de muito ingênuo, mas acho que era isso o que encantava nele, ele parecia uma pessoa de total confiança.
ACABEI CHEGANDO APENAS alguns anos mais tarde, nessa mesma escola de Mileto à qual eu tinha deixado, encontrei Anaximandro já idoso, perguntei a ele sobre Pitágoras, ele riu falando que eu não gostaria de conhecê-lo, que se eu fosse realmente aquela Sophie que ele conhecera anos atrás, eu detestaria conhecer Pitágoras, e realmente, ele estava certo.De todas as minhas viagens, conhecer Pitágoras foi a mais chata das aventuras, apesar de ter aprendido matemática com ele, pois era um gênio matemático, ele só pensava em matemática e em sua religião, a mais sem sentido que já vi em toda a minha vida...
VOLTEI ENTÃO PARA A GRÉCIA, para falar com meu meio-irmão Platão, mas ele já estava adulto e muito conhecido em todo o mundo como o sucessor das ideias de Sócrates. Era muito bom revê-lo depois de anos sem partilharmos da presença um do outro, ele estava muito bem, me contou de tudo que aprendera no Egito e de tudo que passou com os dois Dionísios, por causa de seus ensinamentos.Também contei de todas as minhas aventuras com Tales e com Pitágoras, ambos entramos em acordo que algumas de suas ideias eram realmente chatas e demos muito risada, que às vezes não basta ser um gênio, tem que se ter carisma também, aproveitar a vida, e isso S&oacut
ACABEI VOLTANDO PARA MILETO, reconheci logo por causa da escola, eles não tinham mudado nada.Quando fui conversar com o professor, era Anaxímenes, um jovem extraordinário e muito legal, aberto a diálogos, foi muito bom conversar com ele.Anaxímenes começou a me explicar as teorias do seu professor Anaximandro, sem ele saber que eu já o tinha conhecido anos atrás junto com Tales. Ele me falou que seu mestre falava que oArquê, é tudo aquilo que é arcano, antigo, e oApeiron, é o infinito, e que tudo no mundo