Hello, amadas! Deixei outro capítulo para vocês. Será que o super Bryan chegará a tempo de salvá-la ou, depois de tanto desprezo, ele dará as costas para ela?
Depois que deixou a cafeteria, Bryan tentou não pensar no que acontecia entre Harry e Bella. Estava imerso em seus próprios pensamentos, planejando a rotina de treino, quando ouviu passos rápidos aproximando-se por trás.— Cadê a garota? — indagou um homem, surgindo ao lado dele. Era robusto, vestido com um uniforme de segurança que mal disfarçava a postura autoritária.— Não posso cuidar da filha do seu chefe agora, estou indo para o treino. — Sua voz soava ríspida, quase desdenhosa.Bryan virou a cabeça apenas o suficiente para olhar de soslaio. O homem não parecia disposto a deixá-lo em paz.— O chefe está te ligando… — mencionou, com o tom carregado de exigência.— Por quê?— A filha dele não está atendendo o telefone. Bryan parou abruptamente, girando sobre os calcanhares para encarar o capanga do senhor Gambino. Seus olhos brilhavam de irritação. Tinha tentando cuidar dela, mas não podia negar que estava zangado porque a garota fez questão de sair com seu amigo e desprezá-lo o
Instintivamente, Bryan estancou, seus olhos varreram o ambiente em busca da origem do ruído. Ele se virou abruptamente e agarrou a gola da camisa azul de Harry.— Que barulho foi esse? — A pergunta cortou o ar pesado.Com um sorriso, Harry ergueu as mãos como quem não quer problema. — Deve ter sido o vento que derrubou alguma coisa — redarguiu, mas havia algo em seu tom que não convencia.Bryan juntou as sobrancelhas e olhou em direção ao quarto. A inquietação o corroía por dentro, e um instinto primal o fazia sentir que algo estava errado. Sem pensar duas vezes, ele empurrou Harry para o lado, o gesto brusco fazendo o outro cambalear, e deu um chute na porta.— Bella! — ele exclamou ao encontrar a cena que o fez congelar por um instante.A jovem estava amarrada à cama, os olhos marejados de pavor e um pedaço de tecido abafando sua voz. A meia suja foi arrancada de sua boca com pressa enquanto Bryan se ajoelhava ao lado dela, o olhar fixando-se na marca avermelhada de uma mordida em s
Bryan estava sentado em uma cadeira desconfortável no canto da sala, sob a luz fria e direta de uma luminária. As paredes sem adornos pareciam esmagá-lo, intensificando a pressão crescente em seu peito. Ele olhou para as mãos, que ainda tremiam levemente, e tentou controlar a respiração, mas sua mente insistia em repetir os eventos que o levaram até ali.A porta se abriu com um ranger, e um policial de meia-idade entrou. Seus olhos eram astutos, como se já tivessem visto todas as versões possíveis de histórias mal contadas. Ele colocou um gravador na mesa e sentou-se com um ar calculado de superioridade.— Bryan, certo? — começou o policial, cruzando os braços sobre a mesa. — Sou o policial Smith e, antes de te levar para a delegacia, quero esclarecer as coisas. Por que você atacou Harry Velentzas?— Não tive escolha. — Tentou alinhar as palavras, mas tudo saiu em um tom apressado e nervoso. — O Harry estava machucando Bella. Eu… eu precisava impedir.O policial inclinou-se para frente
O corredor estava envolto em um silêncio, apenas interrompido pelo som compassado dos passos de Harrison Giordano. Kevin ia de um lado para o outro à medida que os pensamentos mergulhavam em uma lembrança que o fazia apertar os olhos de maneira quase involuntária. Ele se recordava do garotinho frágil e pálido lutando pela vida, enquanto estendia o braço para doar uma fração de si para salvar o primogênito. Anos depois, ele estava diante da possibilidade de ver o filho perder a liberdade. Novamente, Kevin sentia o peso de um pai desesperado. Ao longe, Justine observava o marido inquieto até que a sua atenção desviou-se para um homem alto e imponente entrar em seu campo de visão. Era impossível não notar Eros Velentzas. Ele parecia ter saído diretamente de um quadro clássico, com a pele naturalmente bronzeada e os traços marcadamente gregos. Os músculos sob a camisa bem ajustada sugeriam um homem acostumado à luta e ao esforço físico. Com quase dois metros de altura e uma postura impecá
Enquanto isso, o campus fervilhava com boatos. Em questão de horas, vídeos da agressão entre Bryan e Harry circularam pelos grupos de mensagens e redes sociais. As imagens, ainda que desfocadas e sem áudio claro, mostravam Bryan desferindo socos com raiva contida, enquanto Harry tentava se defender de maneira desajeitada. Estudantes se dividiam em opiniões polarizadas: alguns condenavam Bryan pela violência, enquanto outros acreditavam que ele agiu por razões justificáveis para defender uma garota. Ao sair do andar da reitoria, Bella sentia o peso de cada olhar e cochichos. — Ouvi dizer que ele era violento desde o colégio. — Uma garota comentava com um tom de superioridade. — Não acredito nisso. Bryan nunca faria algo assim sem motivo. — Outro retrucava, soando mais como uma prece do que como convicção. Bella apertou as mãos sobre a alça da bolsa, o maxilar travado enquanto os pensamentos borbulhavam. Sentia-se impotente. O pior veio quando recebeu uma mensagem em seu celular: um
De volta ao campus, os rumores continuavam a se espalhar como fogo em palha seca. Grupos de estudantes debatiam acaloradamente nos corredores e praças. Alguns mostravam apoio incondicional a Bryan, citando sua reputação como alguém íntegro e leal. Outros se deixavam levar pelas acusações e o julgavam culpado antes mesmo de qualquer conclusão oficial. Depois de uma semana, Bella vagava pelo campus como uma sombra. A pressão sobre ela era esmagadora. Sentia-se dividida entre a lealdade a Bryan e a crescente percepção pública de que ela era culpada por tudo o que acontecia.— Foi por causa dela que ele se meteu nessa enrascada… — uma garota acusou.— Coitado do Harry… — outra falou. — Ele é um cara tão legal. Cansada de ouvir os burburinhos por onde passava, Bella foi embora. No meio do caminho, ela olhou para o guarda-costas que dirigia.— Leve-me para casa da Família Harrison Giordano.— Devia ir para casa, senhorita. O seu pai não vai gostar disso.— Faça o que mandei, depois eu me
Decidida a ajudá-lo. Bella secou as lágrimas e correu atrás de Bryan. Com as suas passadas longas e descompromissadas, ele se afastava do jardim.— Espere... — A voz feminina ecoou.Bryan não diminuiu o ritmo. Enfiou as mãos nos bolsos da calça e apenas manteve o olhar fixo na trilha de pedras à sua frente. Com um jeans ajustado e um suéter confortável, dava-lhe a liberdade necessária para não tropeçar, como aconteceu anteriormente, quando usava saltos altos.— Vá embora! — Ordenou ele, sem sequer olhar para trás.— Você não pode desistir dos seus sonhos.Bryan parou abruptamente e se empertigou antes que ela o alcançasse.— Você quer construir sua carreira no futebol e vai desistir no primeiro obstáculo? — Inquiriu ela.Dando um passo à frente, inclinou o rosto, permitindo que seus olhos claros se fixassem nos dela.— Não tenho mais o que fazer neste país. — A resposta de Bryan veio repleta de hostilidade. — É melhor você voltar para a sua casa. — Comentou, apontando para o céu ond
Bryan entrou no quarto, batendo a porta com força, o som ecoando pelas paredes como uma declaração de sua raiva. Ele moveu a mão para girar a chave, mas foi interrompido pela presença de Kevin, que entrou logo atrás. O pai avançou, mas sem o mesmo furor que emanava do filho. Ele parou junto à porta, observando Bryan por um momento, enquanto este permanecia de costas, os ombros tensos, encarando a janela com uma intensidade que sugeria que o mundo lá fora estava desmoronando.— Sai daqui, pai. Eu não quero falar com você — proferiu Bryan, deixando óbvio a sua cólera.Kevin não se moveu. Ele fechou a porta calmamente. Seus ombros estavam ligeiramente curvados, e ele soltou um suspiro pesado ao se dirigir à cama. Sentou-se lentamente, apoiando os cotovelos nos joelhos e entrelaçando os dedos. Seus olhos caíram para o chão por um instante, enquanto passava uma das mãos pelo rosto em um gesto exausto, como se precisasse ordenar os pensamentos antes de falar. Passou as mãos pelo rosto, como