Deixando mais um capítulo para vocês... Quem vocês escolheriam se estivessem no lugar de Bella? PS: "A pianista do mafioso - Uma sinfonia perigosa" já está disponível no app de leitura da Buenovela.
O pigarro ecoou pelo hall como um sino discreto, trazendo Bella de volta à realidade. Ela se desvencilhou dos braços de Bryan com um gesto rápido, quase envergonhado, e deu um passo para trás antes de virar-se para Rosa, a tia que sempre aparecia nos momentos mais inapropriados. — Esse não é o seu noivo! — O tom reprovador de Rosa comentou. Bella tentou sustentar um semblante impassível, mas a acusação não passou despercebida. Bryan, por sua vez, exibiu um sorriso despreocupado, como se estivesse imune ao desconforto da situação. — Sou Bryan Harrison Giordano, senhora. — Ele inclinou levemente a cabeça em um cumprimento polido, os olhos brilhando com uma confiança que parecia desconcertar qualquer um. Rosa arqueou as sobrancelhas. — Ele é filho do sócio do meu pai — explicou Bella, como se isso pudesse dissipar o julgamento da tia. — Na verdade, sou o vice-presidente do Grupo Harrison Giordano — corrigiu Bryan, com um meio sorriso que se expandia lentamente, como se ele estiv
Bryan mantinha os dedos firmes ao redor dos pulsos de Bella, que se contorciam numa tentativa frustrada de escapar. Seus olhos estavam fixos nela, a mandíbula apertada diante de uma profunda exasperação e do arrependimento. Gradualmente, a tensão muscular cedeu e ele a soltou, recostando-se no assento. O silêncio pesado instalou-se entre eles, como uma barreira invisível, enquanto Bella desviava o olhar para fora, deixando sua atenção vagar pelas ruas históricas de Florença. No banco ao lado, Bryan começou a tamborilar os dedos no joelho. O ritmo irregular traía a onda de pensamentos que o assolava. O peso da culpa era esmagador, não sabia como consertar o que havia quebrado. Por um instante, ele olhou para Bella de soslaio, tentando interpretar a expressão dela, mas desviou o olhar rapidamente, temendo encontrar apenas desprezo. Por fim, ele rompeu o silêncio com uma confissão inesperada: — Fui um babaca e irresponsável quando fiz aquela estúpida aposta. Bella não desviou o olhar
Bella seguiu o homem alto pelos corredores do luxuoso hotel Four Seasons, movida por um impulso que mesclava raiva e desejo de escapismo. Os passos ecoavam suavemente sobre o mármore impecável, e ela evitava olhar para trás, como se temesse que a realidade pudesse alcançá-la. Tudo o que queria era desaparecer por algumas horas, longe do noivo, longe dos pais, longe de tudo.Quando Bryan abriu a porta da suíte master, ela foi envolvida pelo esplendor do ambiente. Um lustre de cristal pendia majestosamente, lançando reflexos suaves sobre as paredes em tons de dourado e creme. Móveis de mogno polido reluziam sob a iluminação. Ela se aproximou das janelas arqueadas, cercadas por pesadas cortinas de veludo que davam um vislumbre dos jardins floridos do hotel. Em seguida, fitou o centro do enorme quarto, onde uma cama de dossel com colunas entalhadas parecia saída de um conto de fadas.Bryan se dirigiu ao minibar, pegando uma garrafa de Cabernet Sauvignon. Ele tirou a rolha com um moviment
Bella continuava a desfrutar do prazer nos braços do homem que a possuía com vigor pela segunda vez. Estava completamente alheia ao que ocorria fora das paredes da suíte. Do outro lado da cidade, os seus pais caminhavam pelos salões da Gallerie Degli Uffizi. As mãos entrelaçadas, os sorrisos trocados demonstravam o vínculo inabalável. A luz suave refletia nas obras-primas ao redor, mas Marie ficou particularmente absorta ao parar diante de uma das mais icônicas, “O Nascimento de Vênus”, de Sandro Botticelli. Seus olhos brilhavam enquanto observava os detalhes delicados da figura central. — Lorenzo, olhe isso! — exclamou, apontando para a pintura. — A suavidade do traço, a expressão de serenidade… É como se ela estivesse realmente emergindo do mar agora mesmo. Lorenzo sorriu, observando mais a esposa que a obra. Ele sempre admirou a maneira como Marie encontrava beleza em cada detalhe. Entretanto, o momento de tranquilidade foi interrompido quando o celular dele vibrou no bolso do pa
Na suíte, Bryan a fuzilava com os olhos durante o embate silencioso. Inesperadamente, a campainha da porta começou a tocar insistentemente. — Deveria atender. — Bella olhou para o hall que levava à porta. Ao invés de se mover, Bryan continuou parado, com os olhos cravados nela. Do lado de fora, Lorenzo apertava o botão da campainha sem parar, deixando a sua impaciência evidente. — Espere! — Marie segurou o braço do marido, tentando acalmá-lo. — E se ela não estiver aqui? — Cazzo, o segurança disse que ela está no quarto de Bryan há quase duas horas. — Lorenzo bufou, passando a mão pelos cabelos grisalhos. O olhar dele oscilava entre o botão da campainha e a porta fechada, como se tentasse decidir entre esperar ou arrombá-la imediatamente. — Eles devem estar conversando… — sugeriu Marie, buscando justificar a situação. — Sério? — Nervoso, o senhor Gambino praticamente berrou a pergunta. — Todos estão olhando, Lorenzo. — Não importa! — Os punhos cerraram ao lado do corpo. —
Após dar uma última olhada, Bella deu as costas e andou apressada pelo Hall. Assim que cruzou a saída, ela fechou a porta da suíte com um estalo seco. Seu peito subiu e desceu rapidamente, como se tentasse expurgar as emoções que fervilhavam dentro de si, mas ela manteve a cabeça erguida, recusando-se a demonstrar o quanto estava abalada. No segundo em que as portas do elevador abriram, ela entrou no elevador. — Bella! — Ele a chamou quando surgiu do outro lado do amplo corredor. Parada, ela se limitou a olhá-lo enquanto ele corria para alcançar as portas do elevador, que se fechavam antes que Bryan pudesse alcançá-la. Ao chegar ao andar onde seus pais estavam hospedados, ela saiu e acabou encontrando o noivo saindo da suíte deles. Ele fechou a porta com suavidade antes de virar-se e perceber sua presença. Seus olhos percorreram Bella de cima a baixo, e uma ruga surgiu entre suas sobrancelhas. — Onde estava? — perguntou, estreitando os olhos e franzindo levemente a testa, reparando
Don Gambino estava parado no meio da sala, o rosto contorcido em uma expressão de fúria. Ryan, com o olhar fixo no chão, evitando o peso do julgamento do pai.— O que diabos passou pela sua cabeça? — A voz grave de Lorenzo tomou conta da ampla sala da suíte. Seus gestos eram rápidos, as mãos ora apontando para o filho, ora cruzadas contra o peito.Ryan deu um passo para trás, mas permaneceu em silêncio. Instintivamente, Marie abraçou o filho.— Lorenzo, ele já entendeu. — Ela interveio com suavidade. — Não precisamos prolongar isso.Os olhos de Don Gambino faiscaram quando voltaram para a mulher.— Você acha mesmo que ele entendeu? Marie, esse garoto fugiu sem pensar nas consequências. Esqueceu o que sequestraram Bella anos atrás?— Claro que não esqueci. — Marie manteve o tom calmo. — Mas Ryan é adolescente, só queria sair com os amigos.Antes que Lorenzo pudesse responder, a porta da sala se abriu. Bella entrou acompanhada do noivo. O casal trazia uma aura de tensão contida, mas o c
— Senhor Gambino, podemos conversar? — Bryan perguntou após bater mais uma vez. Do corredor, podia ouvir uma discussão. Lorenzo estava discutindo com a filha. Ele respirou fundo, reuniu coragem e ergueu o punho, batendo outra vez, mas ainda assim nenhuma resposta veio. Nesse meio tempo, a porta se abriu bruscamente, ele mal teve tempo de reagir. Lorenzo aparece com os ombros largos projetando uma sombra ameaçadora na entrada. Dava para ver uma intensidade feroz nos olhos do homem carregado pelo ódio. — Eu queria falar com o senhor sobre o noivo da sua filha. — É mesmo? — Inquiriu com um desprezo velado e, de repente, segurou Bryan pelo colarinho com uma força surpreendente, os dedos firmes como garras, enquanto seus dentes cerrados revelavam o tamanho de sua indignação. Antes que Bryan entendesse o que acontecia, foi lançado com violência contra a parede do quarto. O impacto o deixou atordoado, e sua visão demorou a focar. Ele piscou algumas vezes e avistou Bella, que tentava co