Oi, amadas! Aqui termina a parte 1. A parte 2 do livro começará no próximo capítulo. Há uma passagem de tempo e, além de contar mais um pouco sobre Kevin e Justine, o foco da segunda parte está na vida de Bryan e dos problemas que ele arrumou antes de conhecer sua futura noiva. Não deixem de comentar, quero muito saber a opinião de vocês. Prometo responder a todas. Gratidão e muito amor e luz para as minhas preciosas leitoras.
Justine estava acompanhando um marido numa festa onde viu uma bela cantora se apresentando. Kevin toma bebida enquanto conversa com o sócio de longa data. — Aqui está o cartão do meu ateliê e de uma das minhas lojas, — disse Justine para a senhora, tentando desconversar.Só queria sair dali e saber o porquê de Kevin olhar tanto para a italiana loira que cantarolava. “Quem era ela e de onde ele a conhece?” Perguntou-se, franzindo o cenho enquanto caminhava com graciosidade na direção do marido.— Com licença! — Justine sorriu para o outro homem alto e depois olhou para o marido.— Oi, amore mio. — Kevin enlaçou-a pela cintura numa atitude possessiva. — Quero te apresentar o meu sócio Lorenzo Gambino.Assim como o senhor Harrison, o sócio também liderava alguns dos negócios escusos no submundo do crime.— Ela canta muito bem, não é mesmo? — Perguntou Justine.— Marie é divina, perfeita. — Lorenzo manteve os olhos focados na italiana loira que desceu do palco e veio devagar na direção de
Bryan havia acabado de chegar de viagem. O rapaz tinha o corpo bem exercitado devido aos treinos na academia e no campo de futebol. Ele mal colocou os pés na casa quando foi avisado por Dona Laura que o pai o esperava no escritório. — Ele está zangado, vó? — Bastante. — A mulher de cabelos brancos respondeu. — Eu deveria estar aborrecido porque ele não mandou o dinheiro e não pagou os cartões esse mês. — Bryan, vá com calma, — a voz calma aconselhou o neto. — Não discuta com o seu pai. — Onde está a mamãe? — Justine foi atender uma cliente importante no ateliê. — Cadê a Giovanna? — Está fazendo o trabalho na casa das amigas. — Sei! — Bryan riu e coçou a nuca. Na certa, ela estava se divertindo com as amigas e tapeou dona Laura. — Vá ao escritório e não discuta com o seu pai… — a voz crepitante da idosa deu o conselho. Sem pressa alguma, Bryan rumou pelos corredores da mansão. Mentalmente, ele já estava se preparando para tomar uma bronca. Antes de bater, cerrou os olhos e
Após a acalorada discussão no escritório, Bryan subiu ao quarto e, sem demora, tomou um banho. A água morna escorria por seu rosto enquanto ele tentava apagar as palavras ríspidas que haviam sido trocadas com o pai. Assim que terminou, vestiu-se, pegou o celular, as chaves do carro e saiu. Ao surgir no corredor, deparou-se com a mãe, que o aguardava com uma expressão preocupada. — Bryan, aonde vai? — perguntou ela, cruzando os braços. — Vou encontrar uns amigos. Justine suspirou profundamente. — Você devia estudar e tentar recuperar suas notas. — Para quê? — Bryan parou e, com um olhar desafiador, retorquiu. — A senhora quer que eu viva estressado com o trabalho, igual ao meu pai? A resposta a pegou de surpresa, mas ela manteve a serenidade. — Meu filho, se não está gostando de cursar economia, escolha outro curso. Não é tarde para mudar de caminho. Bryan balançou a cabeça, claramente impaciente. — Quero jogar futebol, mãe. É isso que quero fazer da minha vida.
Bryan caminhava apressado, ignorando as pessoas que por ali passavam. Com um sotaque italiano inconfundível, e olhar altivo, a garota havia despertado algo que nenhuma outra conseguiu. O modo como ela o ignorou feriu seu ego, como também o instigou. Não era apenas desejo, era um desafio. — Espere! — Ele exclamou. Tentou alcançar a jovem que andava sem olhar para trás, como se não o ouvisse ou, pior, como se ele fosse invisível. — Pare de me seguir… — respondeu ela, sem sequer virar o rosto. Por mais segura que ela parecesse, algo naquele encontro também mexeu com ela. Antes que pudesse insistir, dois homens robustos desceram de um carro preto estacionado na esquina. Outro, que parecia mais jovem, surgiu atrás dele e, sem aviso, torceu-lhe o braço, prendendo-o em um movimento rápido e preciso. Bryan sentiu a dor irradiar pelo ombro, mas manteve o semblante duro. — Esse rapaz está te incomodando, senhorita Gambino? — perguntou o segurança, fitando Bella com respeito quase servil.
No quarto, Justine terminou de se maquiar e ajeitar os cabelos num penteado que realçou as maçãs proeminentes de seu rosto. Terminou de colocar os brincos, mas teve dificuldades de ajustar o fecho do colar com uma pedra de diamante na ponta. A porta abriu, e no instante em que ouviu o suave clique da porta ao fechar-se, ela virou o pescoço brevemente para ver o marido entrando. O semblante severo indicava que ele teve um daqueles dias em que tudo à sua volta o irritava. Ele tirou lentamente o blazer de seu terno negro, exibindo seus enormes ombros. — Problemas? — Justine voltou a olhar a bela mulher de meia-idade refletida no espelho. Apesar de os anos terem passado, ela mantinha a boa aparência com ajuda de cuidados estéticos e com uma boa alimentação. — Bryan! — Já conversei e pedi para ele melhorar as notas e… — Não! — Ergueu a mão para interrompê-la. — Desta vez, ele conseguiu aborrecer alguém que não devia. — Lorenzo ligou e disse que Bryan estava perseguindo a filha dele.
Bryan estava inquieto enquanto esperava pela mãe no corredor. Seus olhos estavam fixos na porta fechada à sua frente, enquanto ele verificava a hora no celular. A ansiedade e o incômodo transpareciam em seu rosto. — Posso entrar? — Bryan questionou, impaciente. — Não! Estou me vestindo… espere um pouco, Bryan. — A resposta veio rápida e cortante. Ele bufou, irritado com a demora, e saiu em direção ao seu quarto. Sem hesitar, pegou o celular e começou a olhar as mensagens recebidas. Os comentários sarcásticos dos amigos não ajudaram a aliviar o mal-estar que sentia. Harry havia deixado um áudio debochado, enquanto Will enviou uma mensagem de texto sugerindo que ele “admitisse a derrota”. Aqueles meninos pareciam divertir-se à custa de seu desconforto.Bryan jogou-se na cama, esticando as pernas, ainda absorto nas palavras dos amigos. A maneira como foi tratado por Bella ainda o incomodava. Ele pensou em algo mais profundo, algo que explicasse o desprezo daquela garota. Contudo, não
Bella estava tão absorta que não se deu conta de que, no momento em que desequilibrou do salto alto, os seus óculos escorregaram de seu rosto e caíram no chão, tornando-se irrelevantes. Bella piscou, tentando reorganizar os pensamentos. Estava tão imersa naquele contato visual que sentia como se as pupilas dele fossem dois oceanos cristalinos, onde mergulhava sem perceber, sentindo-se como uma folha flutuando na correnteza. — Você está bem? — A voz dele era levemente rouca. Quando voltou a si, Bella sentia a pressão da mão grande segurando os antebraços dela, enquanto a ajudava a ficar de pé. Estava sem graça, não tanto pelo tropeço, mas porque Bryan estava tão perto, que o perfume de sua loção pós-barba entrava em suas narinas, causando um efeito inesperado em cada ligamento de seu ser. — Sim! — A adrenalina em suas veias continuava a pulsar, mas ela fingiu controlar. — Consigo andar. Os saltos altos que usava eram uma tortura, mas não ousaria desobedecer à mãe, que sempre insisti
— Temos que conversar! — A todo custo, Bryan queria se entender com a garota arisca. — Não há mais nada para falar. — Com a cara fechada, Bella voltou para a mansão. Quando os passos cessaram, ela olhou por cima do ombro direito e tropeçou no tapete vermelho que estendia no hall de entrada. Desta vez, ela acabou caindo no chão. — A senhorita está bem? — Perguntou ao segurança quando correu para ajudá-la. — Estou, é que não enxergo muito bem sem os meus óculos. Ao levantar-se, ela ajeitou o sapato no pé. — Onde fica o toalete. — Só queria se esconder por alguns minutos antes de encontrar a mãe. — Primeira à direita, senhorita. — Grazie. — A garota retomou suas passadas desequilibradas no salto alto. Na sala de estar, Justine contava a Marie sobre as ideias para os figurinos de seu show. — Depois do jantar, vou te levar até meu estúdio para te mostrar os croquis. — Estou ansiosa… Erguendo os olhos, Justine viu o filho que adentrou. Havia uma marca vermelha no rosto dele e got