E aí, amadas! Os ânimos entre pai e filho estão bastante exaltados. Como será que Justine vai lidar com isso? Será que ela vai ficar contra o marido e apoiar o filho?
Após a acalorada discussão no escritório, Bryan subiu ao quarto e, sem demora, tomou um banho. A água morna escorria por seu rosto enquanto ele tentava apagar as palavras ríspidas que haviam sido trocadas com o pai. Assim que terminou, vestiu-se, pegou o celular, as chaves do carro e saiu. Ao surgir no corredor, deparou-se com a mãe, que o aguardava com uma expressão preocupada. — Bryan, aonde vai? — perguntou ela, cruzando os braços. — Vou encontrar uns amigos. Justine suspirou profundamente. — Você devia estudar e tentar recuperar suas notas. — Para quê? — Bryan parou e, com um olhar desafiador, retorquiu. — A senhora quer que eu viva estressado com o trabalho, igual ao meu pai? A resposta a pegou de surpresa, mas ela manteve a serenidade. — Meu filho, se não está gostando de cursar economia, escolha outro curso. Não é tarde para mudar de caminho. Bryan balançou a cabeça, claramente impaciente. — Quero jogar futebol, mãe. É isso que quero fazer da minha vida.
Bryan caminhava apressado, ignorando as pessoas que por ali passavam. Com um sotaque italiano inconfundível, e olhar altivo, a garota havia despertado algo que nenhuma outra conseguiu. O modo como ela o ignorou feriu seu ego, como também o instigou. Não era apenas desejo, era um desafio. — Espere! — Ele exclamou. Tentou alcançar a jovem que andava sem olhar para trás, como se não o ouvisse ou, pior, como se ele fosse invisível. — Pare de me seguir… — respondeu ela, sem sequer virar o rosto. Por mais segura que ela parecesse, algo naquele encontro também mexeu com ela. Antes que pudesse insistir, dois homens robustos desceram de um carro preto estacionado na esquina. Outro, que parecia mais jovem, surgiu atrás dele e, sem aviso, torceu-lhe o braço, prendendo-o em um movimento rápido e preciso. Bryan sentiu a dor irradiar pelo ombro, mas manteve o semblante duro. — Esse rapaz está te incomodando, senhorita Gambino? — perguntou o segurança, fitando Bella com respeito quase servil.
No quarto, Justine terminou de se maquiar e ajeitar os cabelos num penteado que realçou as maçãs proeminentes de seu rosto. Terminou de colocar os brincos, mas teve dificuldades de ajustar o fecho do colar com uma pedra de diamante na ponta. A porta abriu, e no instante em que ouviu o suave clique da porta ao fechar-se, ela virou o pescoço brevemente para ver o marido entrando. O semblante severo indicava que ele teve um daqueles dias em que tudo à sua volta o irritava. Ele tirou lentamente o blazer de seu terno negro, exibindo seus enormes ombros. — Problemas? — Justine voltou a olhar a bela mulher de meia-idade refletida no espelho. Apesar de os anos terem passado, ela mantinha a boa aparência com ajuda de cuidados estéticos e com uma boa alimentação. — Bryan! — Já conversei e pedi para ele melhorar as notas e… — Não! — Ergueu a mão para interrompê-la. — Desta vez, ele conseguiu aborrecer alguém que não devia. — Lorenzo ligou e disse que Bryan estava perseguindo a filha dele.
Bryan estava inquieto enquanto esperava pela mãe no corredor. Seus olhos estavam fixos na porta fechada à sua frente, enquanto ele verificava a hora no celular. A ansiedade e o incômodo transpareciam em seu rosto. — Posso entrar? — Bryan questionou, impaciente. — Não! Estou me vestindo… espere um pouco, Bryan. — A resposta veio rápida e cortante. Ele bufou, irritado com a demora, e saiu em direção ao seu quarto. Sem hesitar, pegou o celular e começou a olhar as mensagens recebidas. Os comentários sarcásticos dos amigos não ajudaram a aliviar o mal-estar que sentia. Harry havia deixado um áudio debochado, enquanto Will enviou uma mensagem de texto sugerindo que ele “admitisse a derrota”. Aqueles meninos pareciam divertir-se à custa de seu desconforto.Bryan jogou-se na cama, esticando as pernas, ainda absorto nas palavras dos amigos. A maneira como foi tratado por Bella ainda o incomodava. Ele pensou em algo mais profundo, algo que explicasse o desprezo daquela garota. Contudo, não
Bella estava tão absorta que não se deu conta de que, no momento em que desequilibrou do salto alto, os seus óculos escorregaram de seu rosto e caíram no chão, tornando-se irrelevantes. Bella piscou, tentando reorganizar os pensamentos. Estava tão imersa naquele contato visual que sentia como se as pupilas dele fossem dois oceanos cristalinos, onde mergulhava sem perceber, sentindo-se como uma folha flutuando na correnteza. — Você está bem? — A voz dele era levemente rouca. Quando voltou a si, Bella sentia a pressão da mão grande segurando os antebraços dela, enquanto a ajudava a ficar de pé. Estava sem graça, não tanto pelo tropeço, mas porque Bryan estava tão perto, que o perfume de sua loção pós-barba entrava em suas narinas, causando um efeito inesperado em cada ligamento de seu ser. — Sim! — A adrenalina em suas veias continuava a pulsar, mas ela fingiu controlar. — Consigo andar. Os saltos altos que usava eram uma tortura, mas não ousaria desobedecer à mãe, que sempre insisti
— Temos que conversar! — A todo custo, Bryan queria se entender com a garota arisca. — Não há mais nada para falar. — Com a cara fechada, Bella voltou para a mansão. Quando os passos cessaram, ela olhou por cima do ombro direito e tropeçou no tapete vermelho que estendia no hall de entrada. Desta vez, ela acabou caindo no chão. — A senhorita está bem? — Perguntou ao segurança quando correu para ajudá-la. — Estou, é que não enxergo muito bem sem os meus óculos. Ao levantar-se, ela ajeitou o sapato no pé. — Onde fica o toalete. — Só queria se esconder por alguns minutos antes de encontrar a mãe. — Primeira à direita, senhorita. — Grazie. — A garota retomou suas passadas desequilibradas no salto alto. Na sala de estar, Justine contava a Marie sobre as ideias para os figurinos de seu show. — Depois do jantar, vou te levar até meu estúdio para te mostrar os croquis. — Estou ansiosa… Erguendo os olhos, Justine viu o filho que adentrou. Havia uma marca vermelha no rosto dele e got
Em casa, Justine já estava em seu quarto. Ela fitou a tela do celular e verificou o horário, eram quase duas da manhã e Bryan ainda não tinha respondido às suas mensagens.Fortuitamente, o nome de Kevin surgiu na tela. No mesmo instante, ela atendeu à chamada de vídeo. — Como foi a reunião? — Justine tentou ocultar o desconforto quando puxou o assunto.— Extenuante… — Do outro lado, ele apertou a mandíbula e ajeitou as costas na cama. — O que está usando? — Olhou para o decote da camisola e passou a língua no lábio inferior.— Não vamos fazer sexo por telefone, Kevin.— Isso nunca foi um problema para nós dois.— Não estou afim…— Por quê?— Não tem o porquê, só não quero fazer isso agora. Prometo te recompensar quando você voltar. — Deu um suspiro cansado.— Ok, o que está acontecendo, amore mio? — O senhor Harrison contraiu o olhar enquanto reparava na mulher piscando mais rápido do que o habitual.— Bryan saiu depois do jantar e eu nem sei para onde ele foi. — desabafou ela.— Dev
A situação parecia não favorecer Bryan. Embora não demonstrasse qualquer emoção, o coração dele estava acelerado. — Bella é bastante inteligente. — Passou o dedo pela pistola. — Ela acabou de concluir a faculdade e agora quer fazer mestrado em Belas Artes aqui na UCLA. “E o que eu tenho a ver com isso?” Essa era a pergunta que Bryan pensou em fazer, mas ele suprimiu a vontade de retrucar quando Lorenzo ergueu a pistola. — Bella não quer que os seguranças a sigam pelo campus da universidade. — Fitou o guarda-costas de Bryan, que ainda estava rendido lá fora. — Preciso de alguém que cuide da minha filha no Campus da Universidade. — Não sou guarda-costas, senhor e… — Obrigou-se a fazer uma pausa quando Lorenzo pousou a Glock sobre a perna, mas apontada na direção dele. — Tenho que focar nas minhas provas e nos treinos. — A partir de hoje, você vai arrumar um tempo ou eu terei de suspender negócios importantes com o seu pai… Capisce? — O olhar inquisidor de Lorenzo examinou as fe