Em casa, Justine já estava em seu quarto. Ela fitou a tela do celular e verificou o horário, eram quase duas da manhã e Bryan ainda não tinha respondido às suas mensagens.Fortuitamente, o nome de Kevin surgiu na tela. No mesmo instante, ela atendeu à chamada de vídeo. — Como foi a reunião? — Justine tentou ocultar o desconforto quando puxou o assunto.— Extenuante… — Do outro lado, ele apertou a mandíbula e ajeitou as costas na cama. — O que está usando? — Olhou para o decote da camisola e passou a língua no lábio inferior.— Não vamos fazer sexo por telefone, Kevin.— Isso nunca foi um problema para nós dois.— Não estou afim…— Por quê?— Não tem o porquê, só não quero fazer isso agora. Prometo te recompensar quando você voltar. — Deu um suspiro cansado.— Ok, o que está acontecendo, amore mio? — O senhor Harrison contraiu o olhar enquanto reparava na mulher piscando mais rápido do que o habitual.— Bryan saiu depois do jantar e eu nem sei para onde ele foi. — desabafou ela.— Dev
A situação parecia não favorecer Bryan. Embora não demonstrasse qualquer emoção, o coração dele estava acelerado. — Bella é bastante inteligente. — Passou o dedo pela pistola. — Ela acabou de concluir a faculdade e agora quer fazer mestrado em Belas Artes aqui na UCLA. “E o que eu tenho a ver com isso?” Essa era a pergunta que Bryan pensou em fazer, mas ele suprimiu a vontade de retrucar quando Lorenzo ergueu a pistola. — Bella não quer que os seguranças a sigam pelo campus da universidade. — Fitou o guarda-costas de Bryan, que ainda estava rendido lá fora. — Preciso de alguém que cuide da minha filha no Campus da Universidade. — Não sou guarda-costas, senhor e… — Obrigou-se a fazer uma pausa quando Lorenzo pousou a Glock sobre a perna, mas apontada na direção dele. — Tenho que focar nas minhas provas e nos treinos. — A partir de hoje, você vai arrumar um tempo ou eu terei de suspender negócios importantes com o seu pai… Capisce? — O olhar inquisidor de Lorenzo examinou as fe
— Eu não preciso que ninguém cuide de mim. — Bella estava com rosto vermelho quando retrucou. — Você não vai sair dessa casa se continuar agindo dessa maneira. — Na sala, Lorenzo ressaltou a todo pulmão. Todos podiam ouvir os berros do chefe que discutia com a filha. Lá, no fundo, ele continuava a vê-la como uma criança indefesa. — Você sabe que tenho muitos inimigos e o filho do Kevin é o único em que posso confiar. — Mesmo? — Ela cruzou os braços. “Talvez, ele desista dessa ideia estúpida quando souber da maneira como o filho do sócio dele me beijou na noite anterior”. Bella chegou a cogitar, mas logo desistiu; pois sabia dos métodos nada convencionais que o pai utilizava para sumir com os seus desafetos. Alem disso, ela percebeu que a mãe estava gostando de fazer amizade com a estilista francesa. — O senhor não vai me proteger para sempre, pai! — Bella disse isso antes de sair. O olhar profundo fitava a filha que saia da sala. Como ela cresceu tão rápido? Questionou-se
Os dedos do Sr. Harrison mergulharam em seus cabelos, seguindo até a base da nuca, onde apertaram com um toque que demonstraram a necessidade de se unir ao seu corpo. Ele precisava mais do que tocar; queria senti-la completamente. — Você é tudo o que quero — murmurou, puxando suavemente seus cabelos, inclinando a sua cabeça para trás. A boca de Kevin deslizou ao longo do seu pescoço, enquanto as mãos firmes exploravam seus seios com intensidade. — Já estava com saudades do seu cheiro — sussurrou com a voz rouca. Os lábios de Justine se entreabriram e a língua dele invadiu sua boca com maestria, chupando e provocando enquanto seu corpo rígido roçava ao encontro do seu clitóris. O atrito ritmado intensificava o calor entre os dois. Sem hesitar, ela envolveu os braços ao redor do pescoço dele, enquanto os gemidos escapavam entre os beijos ávidos que trocavam. Kevin deslizou o rosto entre seus seios, sua língua desenhando caminhos sensuais sobre a pele dela. — Pensei em você todas
Quando Bella deslizou o dedo sobre a tela e levou o celular ao ouvido, tudo o que recebeu foi o som de respirações abafadas e dos passos distantes. O silêncio foi quebrado apenas por esses ruídos que a deixaram intrigada.— Alô? — Tentou fazer contato outra vez, mas ninguém respondeu. A chamada terminou abruptamente, deixando-a com a sensação incômoda. Ela franziu a testa, encarando o ecrã brilhante do iPhone. Não reconhecia a sequência de dígitos, tampouco lembrava de ter dado seu número para alguém que não conhecesse. Suspirou, sacudindo a cabeça enquanto desligava o celular e o deixava sobre a cômoda ao lado de sua cama.O quarto de Bella era adornado por pinturas abstratas que transbordavam cor e emoção. Uma luminária com design moderno, em forma de espiral, projetava sombras suaves no teto. No canto, havia uma estante improvisada que exibia uma coleção de livros sobre arte e fotografia. Ao lado, havia pincéis desgastados e tubos de tinta esparramados na mesa que ficava perto da
Bryan vacilou. Até aquele momento, não podia dizer que era sua amiga… por outro lado, Bella queria retrucar que ele era apenas um stalker sem noção que a incomodava, mas não o fez. Se dissesse isso, a outra garota perceberia o quão frustrada Bella ficou por vê-los juntos.— Não sou o seu amor! — Ele rebateu, encarando Karen.— Com licença! — Bella olhou para o pulso que ele ainda segurava. — Estou atrasada para minha aula.A mão dele não afrouxou. Ao invés de deixá-la ir, ele entrou no prédio, levando-a consigo.Bella revirou os olhos, mas o seu corpo cedeu a um reflexo totalmente inesperado para aquele momento: sentiu-se levemente excitada com o pensamento de que ele a levaria para alguma sala onde a beijaria selvagemente, como naqueles filmes de romances. Infelizmente, a garota que insistia em segui-lo tornava a sua fantasia impossível.— Vamos conversar! — Qual a parte do “estou atrasada” que você não compreendeu? — Disse ela, irritada. — Você é bonitinha, mas é muito mal-humorada
O sol da tarde californiana aquecia o campus da UCLA, mas o clima entre os três parecia mais frio do que nunca. Bella ajeitou a alça da blusa no ombro enquanto olhava de relance para Bryan. Ele estava com os punhos cerrados e os músculos da mandíbula bem visíveis. Mesmo tentando disfarçar, era impossível ignorar sua expressão rígida enquanto seguia os seus passos. — Só vamos tomar um café, amigo! — comentou Harry, com um sorriso debochado que apenas intensificava a irritação no semblante de Bryan. — Vamos. — Bella respondeu, puxando Harry pelo braço. Sem dizer mais nada, Bryan continuou atrás deles em passos apressados. A tensão em seus ombros era evidente, como se cada músculo estivesse se preparando para se meter numa briga pela donzela. Ele ignorava os olhares curiosos de alguns alunos que passavam. Sua atenção estava fixa na dupla à frente. Chegaram ao Kerckhoff Coffeehouse, um refúgio de cores quentes e aroma de café recém-passado. O ambiente estava movimentado, com estuda
— Bom, a conversa está ótima, — Harry aproveitou a oportunidade para encerrar o assunto — mas eu e Bella temos coisas para fazer. — Ele se levantou, estendendo a mão para ela. — Posso saber para onde vão? — Bryan esquadrinhou os dois. — O Harry vai me apresentar ao Campus e depois, ele vai me levar para conhecer o dormitório dele… — mencionou com intuito de provocar Bryan. — Vamos? — perguntou Harry, enquanto Bella pegava a bolsa. Os olhos de Bryan ficaram mais apertados e rígidos ao ver o amigo abraçando a garota que deveria estar sob a proteção dele. Pondo-se de pé, ela deixou a mesa e sequer olhou para trás. Bryan ficou sentado, dando uma encarada hostil para as costas dos dois que saíram da cafeteria. Apoiando o cotovelo sobre a mesa, ele abria e fechava a mão na frente do rosto com a mandíbula apertada. Olhando para trás, ela esperava ver Bryan, mas desta vez, ele não apareceu. Harry estava levando-a para um local que ela não conhecia. — Para onde estamos indo? — Desconfi