Fernando As fotos espalhadas sobre sua mesa não eram nítidas o bastante para saber a quem pertencia o rosto feminino. Mas por alguma razão, não conseguia parar de olhar para elas. Um paparazzi flagrou o ex-marido de Astrid em uma cena na frente de um barzinho na noite passada. Eles eram um casal aparentemente. O que Ícaro Darius estava fazendo com uma mulher gorda como aquela? Fernando pegou uma das fotos. A mulher estava nos ombros do seu maior rival. Ele tinha uma expressão irritada. Pessoas como ele, não sabem se comportar em sociedade. Esse desgraçado mais parecia uma fera selvagem do que um CEO. Acenou para o seu assistente. O homem desembolsou um bolo de notas altas e entregou ao fotógrafo, que pretendia vender as fotos a algum tabloide sensacionalista. Aqueles parasitas adoram fotografar pessoas importantes para extorquir dinheiro. Odiava todos eles, mas sabia como usá-los a seu favor. Diferente deste ignorante sem classe do Darius. Um bom tempo se passou desde qu
Ícaro - Quero que me explique agora que caralhos está acontecendo entre você e a Samantha Bastos! - Boa dia para você também. – Alberto respondeu, se sentando de forma enrijecida na cadeira frente a mesa de Ícaro. - Não te devo explicações sobre minha vida íntima. - Alberto, eu não vou repetir a pergunta. Eu já sei que ela está sofrendo por sua causa. - Está preocupado com ela, ou com a prima dela? - Não fode! - É tanta hipocrisia que chega a me enojar. - De que porra esta falando! Você sempre ferra com tudo. A Samanta é só mais uma. - É curioso você dizer isso. Porque é a mesma opinião que eu tenho sobre você e aquela sua estagiária. - Não fale sobre um assunto que você não conhece. A Amélia não tem nada a ver com essa merda. Ainda estava possesso com o que aconteceu na noite anterior. A acusação dela em relação ao envolvimento de Samanta e Alberto, era plausível. Mas Ícaro não gostou de ser tratado daquela forma, só porque teve que manter aquela porra em segred
Amélia O celular despertou às sete. Virou para o lado, sabendo que a cama estaria vazia. Ícaro acordava duas horas mais cedo para se exercitar. Olhou para o teto pensando em como eles estavam íntimos. Ele era o único homem com quem fez sexo. A quem entregou sua virgindade, e mesmo que tenha pagado um preço alto demais, não se arrependia disso. Se levantou preguiçosamente. O domingo estava chuvoso e fresco, seria um ótimo dia para se sentar ali próximo a janela e trabalhar. O projeto da premiação estava concluído, mas todos os dias ela repassava cada detalhe. Não podia perder, esse prêmio tinha que ser dela. Vestiu o roupão, inalando o cheiro predominante de Ícaro nas roupas que ele deixou dobradas para fora do closet. Era tão familiar e simples estar com ele. Tudo era prático e relaxado. A sua vida como Melissa sempre foi tão regrada e tensa. Era cobrada o tempo todo, principalmente a etiqueta correta para cada momento do dia. Não havia espaço para lazer e tranquilidade, L
- Vou almoçar com o Ticiano fora da empresa. – Comunicou Amélia, assim que Ícaro entrou no elevador que descia para o subsolo. - Não aprendeu nada sobre isso, não é mesmo? – Ele puxou a mão dela para trás de seu corpo, e se colocou atrás dela. As pessoas ao redor deles, passavam pelos andares e corredores, sem nada perceber. O elevador feito de vidro, era uma enorme gaiola de cristal, exposta a todos. - Me solta, alguém pode notar. Ícaro puxou a blusa dela de dentro da saia, enfiando a mão por baixo do tecido fino, se insinuando para frente, agarrou seu seio suculento. - Consigo sentir sua excitação, pequena. O reflexo no vidro era desconcertante. Ninguém que olhasse para ele, imaginaria o que ele estava fazendo naquele momento. Seus olhos cinzentos estavam fixos num ponto qualquer, a expressão firme de sempre, sem o menor constrangimento ou reação. - Estamos expostos... por favor.... - Desista de almoçar com o meu assistente.- ele apertou o mamilo endurecido, sob o te
Ícaro A fenda da saia dela subiu um pouco mais, expondo a coxa grossa gostosa. Se pegou pensando em que efeito esse detalhe teria no seu assistente. As coisas estavam indo longe demais. O aviso que deu a Ticiano não foi levado em consideração. Ele continuava de papo com sua mulher, levando ela para tomar café no quinto andar, almoçando juntos quando Ícaro estava ocupado ou fora da holding. O garoto achava que podia ficar tão perto dela, quanto ele. - Onde estamos indo? – ela perguntou, pela terceira vez. Haviam pegado o caminho para o aeroporto a cerca de quinze minutos. Certamente ela entendeu para onde estavam indo. - Buscar o seu vestido. - Mas, onde? – ela perguntou se voltando. Seus movimentos expunham mais de seu corpo. Podia ver a renda da meia no alto de suas pernas, a cinta liga subindo insinuante. Ficou duro só de sentir o cheiro dela dentro do seu carro, e agora mais essa. - Por que você está tão calado? - Você não deveria ficar andando por aí com o meu a
Vitório As câmeras acompanhavam os movimentos de Lucila enquanto ela se alongava na posição de ioga, no estúdio de pilates que tinham em casa. A curvatura de seu corpo esguio, era tão elegante quanto um gracioso cisne. - Em qual merda você nos meteu dessa vez? Alberto entrou em seu escritório silenciosamente. Estava tão concentrado nas imagens que nem viu seu “irmãozinho” entrar. - Não do que você está falando. – Vitório fechou o computador pessoal. – Mas, muito me surpreende seu estado intempestivo. Você é um cara frio pra porra. - Estou falando sério! O que você fez?! – Alberto se aproximou da mesa dele. - Seja mais específico, irmãozinho. – Vitorio de inclinou contra o encosto da cadeira de couro caramelo. Não era surpresa para ninguém que Alberto, foi o que mais lutou para vetar sua presença de volta a diretoria da Acrópole. Mas isso pouco importava para Vitório. Estava nessa holding por um único objetivo, e ninguém ficaria no seu caminho. - Você fudeu com as neg
Amélia A primeira vez que esteve em Nova York, Amélia tinha apenas seis anos. Se lembrava de como ficou feliz ao saber que passariam o natal na casa do tio Erasmo. O irmão mais velho de seu pai, residia nesse país a mais de uma década na época. Mas todo o encanto de ver a neve e as luzes coloridas foi destruído completamente. Na noite da ceia mal pode tocar na comida, mais tarde foi pega atacando as sobremesas na geladeira, e Leonora acabou deixando-a trancada no quarto de hóspedes em que estava. Ninguém sentiu sua falta nas comemorações e passeios. Foi um dos dias mais tristes de sua vida. Ficou horas olhando a neve cair através da janela. Se lembrava de ver a família da casa da frente brincando na camada fofa e branca, as crianças riam atingindo seus pais com bolas de neve. Fantasiou que estava entre eles, imitando os movimentos das crianças até dormir no parapeito da janela. Amélia se levantou, tinha tirado um cochilo. Essa viagem repentina fez com que ela sonhasse co
- Noivado? – Amélia levantou os olhos para ele. – Está falando sério? - Muito sério. – ele a abraçou forte, beijando seus lábios. – Se você quiser, podemos fazer uma festa. Não achei que você gostaria de algo grandioso, por isso não preparei nada especial. - Esse anel...é .. é mais que especial. – ela abraçou, afundando as mãos nos cabelos dele. - Olha... não precisa pensar demais nisso. – Ícaro mordiscou o pescoço dela, logo abaixo da coleira de diamantes rosa. - Por que me deu um anel de noivado? – perguntou apreensiva. As pessoas ficavam noivas como uma forma de anunciar que logo se casariam. Eles não iriam se casar, portanto qual era a necessidade de um noivado? Por mais que este anel simbolize os sentimentos entre eles, ele não tinha um sentido prático. - Para que todos saibam que você é a minha mulher. - A coleira não foi o suficiente? - Ela tem outro significado. – ele abriu um botão da camisa dela, beijando o vale de seus seios. O arrepio eletrizante provoc