**Rose**
Chego em casa e já encontro Maxine me esperando. — Ei, ei, senhorita! Pode me contar tudo em detalhes? — Começo a rir enquanto me dirijo ao meu quarto. — Bom... foi bom — respondo, soltando um sorriso, e saio. Ela me segue e segura meu braço. — Não, senhora! Desembucha! Com um homem daquele tamanho, deveria ser mais do que bom! Ele veio direto dos livros eróticos! — Ao ouvir suas palavras, meu rosto se ilumina. — Max, me dê umas duas horas e eu volto para te contar tudo em detalhes — digo antes de entrar no quarto. Tiro minha roupa e tomo um banho longo e relaxante, sentindo-me dolorida, mas extremamente feliz. Depois, visto um pijama confortável, me sento na minha cadeira e ligo o notebook. Vou descrever o que aconteceu no meu manuscrito; toda a noite passada vem em um turbilhão de lembranças que fazem minha intimidade pulsar. Preciso esquecê-lo, foi só uma noite... mas que noite! Finalizo as alterações e envio meu manuscrito, junto com meu currículo, para a Editora Rossi. Torço para ser escolhida. Ao sair do quarto, encontro Max com um pote de sorvete na mão. Sento-me ao lado dela e começo a contar tudo sobre a noite. — Garota, você foi incrível! Como você se sente? — Ela diz, colocando uma colherada de sorvete na boca. — Eu me sinto incrível, Max! Ele foi maravilhoso, sexy e sedutor... ai, Deus! Estou ficando quente! — Rimos juntas. Na segunda-feira, fico uma pilha de nervos. Nenhuma mensagem da editora... Será que não vão me chamar? E se mais uma editora me recusar? "Calma, Rose. Eles mandaram mensagem até as 17h30," me repreendo mentalmente. De repente, Maxine entra correndo no meu quarto. — E aí? Alguma novidade? — pergunta, ansiosa. — Nada! Já são 17h29! Eles não vão me chamar, Max! Antes que ela possa dizer algo, o som de uma notificação de e-mail ecoa pelo quarto. Fico paralisada por uns 10 segundos, depois vou andando devagar até o notebook. Abro meu e-mail e lá está: **Cara senhorita Millar, Amamos o seu manuscrito e seu currículo é excepcional. Esperamos você amanhã às 08h30 para a entrevista. Atenciosamente, Editora Rossi Ltda.** Gritos e pulos! Essa é a cena no meu quarto enquanto eu e Max comemoramos freneticamente. A terça chega mais rápido do que esperado , amarro meu cabelo num coque bagunçado faço uma leve maquiagem vesti uma calça de alfaiataria justa nas pernas , e um camiseta branca com uma estampa minimalista e calço meus tênis brancos , coloco meus óculos, e pego minha bolsa , Max já havia saído para o trabalho , me deixando um bilhete de boa sorte. pego as chaves do carro e dirijo até a editora que fica cerca de 20 min do meu apartamento. Cheguei à editora às 8h20 e peguei a senha; sou a última da fila para a entrevista. Ótimo, minha ansiedade vai adorar isso. Havia dez pessoas esperando, algumas vestindo roupas casuais e outras mais formais. Perto delas, não me sentia tão mal assim. Um a um, eram chamados; alguns saíam com grandes sorrisos, outros pareciam irritados, e alguns, cabisbaixos. A ansiedade me consumia até que ouvi: “Rosalie Millar”. Uma senhora de cabelos loiros me chamou, seu sorriso contagiante me fez sentir mais tranquila, pelo menos até entrar na sala. Sentada à mesa do escritório, estava uma jovem mulher ruiva, de olhos grandes e verdes. Seu cabelo curto a fazia parecer mais jovem do que realmente era. Ela se apresentou como Suzany Rossi, a dona da editora. O que realmente me surpreendeu foi quem estava ao seu lado: Daniel. Como isso era possível? Será que ele me reconheceria? Pensei mentalmente que, se o super-homem conseguia se disfarçar apenas com um óculos, eu também poderia. Suzany o apresentou como Daniel Rossi, coproprietário e sócio da editora. Seu olhar sobre mim me fez corar, e eu estava tão vermelha quanto um pimentão. “Por favor, que ele não me reconheça”, rezei em silêncio. Ao olhar para os dois, percebi a intimidade entre eles. Eles não eram parecidos, mas poderia ser...? Meu Deus, não! Será que eram casados? “Não, não! Para de pensar nele, Rose. Concentre-se”, me repreendi mentalmente. — Então, senhorita Millar? — perguntou Daniel com uma voz rouca que fez meu coração disparar. Céus, esse homem seria a minha perdição. — Já nos conhecemos? — ele indagou, coçando o queixo, enquanto Suzany o olhava com uma expressão de interrogação. “Merda, merda! Eles têm algo, com certeza!” — Então, senhorita? — ele disse, fixando o olhar nos meus olhos. — Oh, senhor Rossi, acredito que não. Tenho uma ótima memória e tenho certeza de que nunca o vi antes — respondi, esboçando um meio sorriso, enquanto percebia seu queixo se contrair. — Muito bem, então vamos prosseguir — disse ele, voltando o olhar para Suzany. Suzany me fez várias perguntas, e eu respondi com seriedade. Ela sorria com as minhas respostas, às vezes olhando para Daniel. Era como se houvesse uma comunicação telepática entre eles. -Estou muito feliz em lhe conhecer , senhorita Millar. Terminarei a avaliação de todos os candidatos e entrarei em contato assim que obtiver uma resposta. Agradeço pela sua presença.-" Oh meu Deus, essa mulher é tão doce! Se eles forem um casal, nunca vou me perdoar. Dou um sorriso para ela e me despeço. Meu coração está acelerado. Quando chego ao elevador, percebo que deixei minha bolsa e corro de volta para a sala. Lá, vejo-o beijar a mão dela e dizer que a ama. Meus olhos se enchem de lágrimas; como pude ser tão imprudente? Tento sair discretamente, mas Suzany me vê. — Senhorita Millar? Algum problema? — pergunta ela. Tento mudar minha expressão, colocando um sorriso no rosto antes de me virar novamente para a sala. — Desculpe interromper, senhora Suzany, eu esqueci minha bolsa. Me perdoe — digo, apontando para a cadeira que antes ocupei. — Oh, claro! Entre, por favor. Pode me chamar de Suzy; não sou tão velha assim! — ela responde, e eu penso: por favor, pare de ser tão doce. Enquanto pego minha bolsa e me preparo para sair, a voz de Daniel me detém. — Senhorita Millar, tem certeza de que nunca nos vimos antes? — ele pergunta. Estou tão furiosa que respondo de forma ríspida: — Senhor Rossi, já disse que nunca nos vimos. E se nos encontramos, não foi tão especial assim, pois não me lembro de você. — Viro-me e saio sem esperar por uma resposta.**Daniel**Chego à Editora às 08:00 em ponto e logo avisto Suzy nervosa, se contorcendo na cadeira. — O que houve, garota? Não pode ficar assim tão nervosa para algumas entrevistas! Você já passou por isso antes. Como foi que contratou todos os outros funcionários? — pergunto, me aproximando dela.— Não seja insensível, Daniel! Essa parte é crucial. Eles serão meus olhos aqui; preciso dos melhores — responde ela, cautelosa.— Relaxa, estou com você — digo, sentando ao seu lado e explicando alguns sinais que darei se notar potencial em algum candidato.— Michele! — grita ela, chamando sua secretária. — Pode trazer o primeiro candidato, por favor. — Sim, senhora. Com sua licença. — A secretária se retira rapidamente, e logo entra um rapaz todo engomado. Ele se senta com ares de superioridade e começa a falar bobagens; percebo que ele está flertando com minha irmã, e vejo o desconforto dela.— Como é seu nome mesmo, rapaz? — pergunto, mirando-o com severidade, e antes que ele responda,
Rose Chego em casa com o corpo tremendo, sentindo uma turbulência de emoções. “Como pude ser tão irresponsável?” ecoa em minha mente. “Ele tem alguém... E ela é um doce.” Perguntas e desabafos pairam no ar. “Como isso pôde acontecer?” Sou uma pilha de nervos. Me jogo na cama, e as lágrimas começam a cair, enquanto me lembro do quanto fui tola por me entregar a um desconhecido, sem saber de suas obrigações. As lágrimas escorrem pelo meu rosto até que a exaustão me leva ao sono. Sou acordada pelos cutucões insistentes de Max. — Vamos, dorminhoca! Levanta! Me conta como foi! — diz Maxine, balançando-me como uma criança choramingando por doces. Levanto a cabeça e olho para ela, sentindo meu rosto inchado de tanto chorar. Ela me observa com espanto, os olhos arregalados. — Ok, mocinha! O que aconteceu? Por que essa cara de pão? — pergunta, enquanto a abraço e desabo em mais lágrimas. — Max, eu sou horrível! — balbucio entre soluços, enquanto ela acaricia meu cabelo, tentando
Rose Estava no meu quarto finalizando meu manuscrito, que preciso entregar na segunda-feira para avaliação. Na terça, os melhores candidatos seriam chamados para uma entrevista, e apenas três teriam a chance de preencher a vaga na nova Editora Rossi, em Nova York. De repente, escuto a porta do meu quarto se abrir e vejo, por cima dos meus óculos, a silhueta de Maxine. — E aí, Rosalie, você ainda não está pronta? — pergunta ela, com uma expressão de desdém. Maxine é ruiva e extremamente magra, parecendo uma modelo. Não é à toa que está trabalhando para um grande estilista de Nova York. Hoje, ela veste um vestido prateado justo que realça todas as suas curvas. — Max, eu preciso entregar esse manuscrito na segunda-feira. Não posso desperdiçar essa oportunidade; preciso de um emprego. Essa é a minha chance! Já se passaram dois anos desde que me formei e ainda não fui chamada para nenhuma vaga nas editoras para as quais enviei currículo. O trabalho na livraria não me paga o suficie
RoseEnquanto deixávamos a boate, a noite parecia estar apenas começando, repleta de promessas e possibilidades. Daniel segurou minha mão, seus dedos envolvidos nos meus, como se fosse um elo que nos unia, e a cada passo que dávamos, a tensão entre nós aumentava. Entramos em um táxi, e a cidade iluminada passava rapidamente pela janela. O aroma do perfume dele misturava-se com a adrenalina da noite, e eu mal conseguia conter a expectativa do que estava por vir. Sorríamos um para o outro, trocando olhares que diziam mais do que palavras poderiam expressar. Ao chegarmos ao hotel, Daniel puxou-me para perto de si, e sua presença era avassaladora. Com um gesto delicado, ele pressionou o botão do elevador, e o silêncio reinou entre nós enquanto subíamos. Sua mão ainda segurava a minha, firme e protetora. Quando finalmente chegamos ao nosso andar, Daniel não hesitou. Ele se virou para mim, e antes que eu pudesse pensar, ele já estava me beijando novamente. Seus lábios eram quentes e f
DanielAbro os olhos e me deparo com uma cena perfeita: Rose está dormindo tranquilamente em meus braços. Ela é linda, perfeita. A noite que tivemos juntos foi incrível, e as lembranças dessa experiência invadem minha mente como um furacão, fazendo meu corpo responder instantaneamente. Cuidadosamente, afasto meu braço para não acordá-la e sigo em direção ao banheiro para tomar um banho frio. No chuveiro, luto para afastar as lembranças daquela noite, mas é quase impossível. Meu corpo ainda arde por ela. O que está acontecendo comigo? Nunca me senti assim antes. Será que é porque tirei sua virgindade? Oh não, lá vêm mais lembranças. Acabo me masturbando pensando nela, desejando estar dentro dela, mas imagino que hoje ela esteja dolorida. Isso deve bastar por agora.Termino meu banho e saio com uma toalha enrolada na cintura. Rose deve estar com fome. Ao deixar o banheiro, percebo a cama vazia. Procuro por todo o quarto, mas não a encontro. Ela se foi, sem deixar uma palavra. Sinto-me