Rose
Estava no meu quarto finalizando meu manuscrito, que preciso entregar na segunda-feira para avaliação. Na terça, os melhores candidatos seriam chamados para uma entrevista, e apenas três teriam a chance de preencher a vaga na nova Editora Rossi, em Nova York. De repente, escuto a porta do meu quarto se abrir e vejo, por cima dos meus óculos, a silhueta de Maxine. — E aí, Rosalie, você ainda não está pronta? — pergunta ela, com uma expressão de desdém. Maxine é ruiva e extremamente magra, parecendo uma modelo. Não é à toa que está trabalhando para um grande estilista de Nova York. Hoje, ela veste um vestido prateado justo que realça todas as suas curvas. — Max, eu preciso entregar esse manuscrito na segunda-feira. Não posso desperdiçar essa oportunidade; preciso de um emprego. Essa é a minha chance! Já se passaram dois anos desde que me formei e ainda não fui chamada para nenhuma vaga nas editoras para as quais enviei currículo. O trabalho na livraria não me paga o suficiente para sustentar este apartamento. O que acha de me sustentar por um tempo? — Ok, ok, senhorita Millar. Vou esperar você terminar. Enquanto isso, vou procurar sua roupa para hoje… — responde ela, entrando em meu closet. Retorno à digitação do meu manuscrito, concentrando-me nas palavras que vêm à mente com agilidade. — Rose, o que você está escrevendo? Outro romance? — pergunta ela, saindo do closet com um vestido nos braços e um par de sandálias de salto. — Sim, mas desta vez estou incluindo um pouco de aventura, ação e uma generosa pitada de… — Sexo! — interrompe ela, cantando. — Exato! Graças a você, tive uma ótima ideia do que incluir. Digo animadamente, lembrando que, como uma virgem, não tenho muita experiência, mas as histórias de Max são empolgantes e repletas de detalhes. Termino meu manuscrito satisfeita comigo mesma. Na editora Rossi, minha função não será como escritora, mas sim avaliando obras de outros escritores. No entanto, teremos oportunidades de escrever de vez em quando. Amo escrever, mas minha verdadeira paixão é ler, pois me permite me aprofundar e imaginar o que está sendo criado. — Já chega, já chega, senhorita! Vamos nos arrumar ,hoje Você vai arrasar com esse vestido! E outra coisa: você deveria ter suas próprias experiências. Max tagarela sem parar enquanto faz minha maquiagem. Ela coloca cílios postiços e finaliza com um batom vermelho cereja, deixando meu cabelo solto que vai até os ombros, com leves cachos. Meu corpo, curvilíneo graças à academia que Maxine insiste que eu frequente, merece o destaque. O vestido que Max escolheu é preto, liso, um pouco abaixo do joelho, com decote quadrado. Ele é soltinho na parte do busto, com alças finas que se amarram nas costas e uma fenda até a coxa. Com saltos finos para completar o look, estou deslumbrante. — Agora tire os óculos e coloque as lentes — diz ela, exigente. — Ok, mamãe! — dou risadas. Max e eu nos conhecemos desde sempre; somos amigas inseparáveis. — O táxi chegou! Está pronta? — ela pergunta, segurando meus ombros e olhando nos meus olhos. — Pronta, super pronta! — respondo, voltando para o quarto. Coloco meu celular e meus óculos na bolsa antes de sair, seguindo a Maxine para uma noite em Nova York. A música vibrante pulsava através do chão enquanto eu e Maxine nos aproximávamos da entrada da boate. As luzes coloridas dançavam em um padrão hipnotizante, refletindo nossas expectativas e a energia contagiante daquela noite. Quando a porta se abriu, o som se intensificou, e um mar de rostos animados surgiu diante de nós. Era como se estivéssemos cruzando um portal para um mundo onde a diversão e a liberdade eram as únicas regras. Maxine, com seu sorriso radiante e cabelo perfeitamente preso em um coque bagunçado, pegou minha mão e me puxou para dentro. O ar estava carregado de um doce perfume misturado com o cheiro da água e do álcool, criando uma atmosfera quase etérea. As paredes eram adornadas com grafites artísticos e luzes de neon que delineavam formas abstratas, enquanto grandes painéis de LED exibiam imagens que mudavam a cada batida da música. As pessoas dançavam desenfreadas, seus corpos movendo-se como se fizessem parte de uma coreografia ensaiada. Eu podia sentir a música vibrando em meu peito, uma mistura de EDM e batidas latinas que me convidavam a me perder na pista. Era impossível não deixar levar, e foi exatamente isso que fiz. Olhei para Maxine, que já havia sumido na multidão, e sorri para mim mesma, sabendo que esta noite seria cheia de momentos inesquecíveis. Enquanto me aventurava pela sala, vi um bar longo e iluminado onde bartenders, com suas camisas justas e rostos concentrados, preparavam coquetéis incríveis que selavam a magia da noite. Decidi me aproximar e pedi algo refrescante, talvez uma caipirinha com maracujá. Enquanto aguardava, observei a pista de dança e a diversidade de pessoas lá. Cada um parecia estar vivendo seu próprio momento de liberdade, suas expressões que variavam entre riso, felicidade e pura euforia. Quando finalmente peguei meu drink e dei o primeiro gole, a mistura doce e azeda explodiu em meu paladar. Senti a água do mar e o calor da festa ao meu redor, energizada e pronta para me juntar à dança. Com o copo na mão, procurei Maxine novamente, e quando a encontrei, ela estava rindo e dançando ao lado de um grupo de estranhos que rapidamente se tornaram amigos na noite. Com o copo vazio em mãos, decidi voltar ao bar para pegar outra bebida. A música pulsava como um convite irresistível, e eu estava completamente imersa na energia da festa. Ao chegar ao bar, fiz meu pedido e, enquanto aguardava, senti uma presença ao meu lado. Virei-me e lá estava ele: um homem bonito, cabelos castanhos, olhos verdes intensos e um corpo musculoso que não passava despercebido entre a multidão. "Posso te ajudar com algo?" ele disse, um sorriso provocante nos lábios. Acelerando meu coração, eu ri suavemente. “Acho que você pode me ajudar a escolher uma bebida mais interessante. O que você recomenda?” “Na verdade, eu acho que você já é o suficiente de interessante”, ele respondeu, seu olhar fixo em mim, como se estivesse decifrando um mistério. Minhas bochechas esquentaram com o elogio. “Eu sou Rose. E você?” "Daniel", ele disse, inclinando-se ligeiramente para mais perto. quando ele foi falar seu sobrenome coloquei meus dedos em seus lábios o parando . Eu estava ousada essa noite , talvez fosse a bebida. "Só o primeiro nome basta, Daniel." Ele levantou uma sobrancelha, surpreso, mas pareceu gostar do que eu disse. “Um toque de mistério, então? Gosto disso.” Com as bebidas em mãos, ele se aproximou ainda mais. "Vamos dançar? Parece que a pista de dança está chamando." “Então vamos!” respondi, sentindo a adrenalina percorrer minhas veias enquanto ele me guiava até a pista. A música “Envolver” começou a tocar, e eu sabia que fazia sentido. Na pista, éramos apenas nós dois, cercados por um mar de corpos se movendo em harmonia com a batida. A diferença de altura entre nós, eu com 1,60 e ele com 1,90, parecia apenas aumentar a química palpável entre nós. Ele segurou minha cintura com firmeza, sua presença me fazendo sentir protegida e ao mesmo tempo excitada. "Você sabe dançar muito bem, Rose," ele sussurrou perto do meu ouvido, fazendo meu coração disparar. "Acredito que a música faça isso por mim", respondi, deixando-me levar pela sensualidade que nos envolvia. Nossos corpos se moviam em perfeita sintonia, e a atmosfera estava carregada de um desejo crescente. Eu podia sentir o calor da sua pele e o toque de suas mãos me guiando em um ritmo que parecia desenhar nossas intenções. O jeito como ele me puxava para mais perto era eletrizante. Em um momento de pura conexão, ele se inclinou e, com um olhar intenso, selou nossos lábios com um beijo inesperado, quente e profundo. Era como se todo o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido. Quando ele se afastou, nossos olhos se encontraram, e a única coisa que eu consegui fazer foi sorrir. “Quer ir a outro lugar?" ele perguntou, sua voz carregada de desejo. “Claro,” eu disse, em meio a uma mistura de emoção e aventura, sem saber onde essa noite nos levaria.RoseEnquanto deixávamos a boate, a noite parecia estar apenas começando, repleta de promessas e possibilidades. Daniel segurou minha mão, seus dedos envolvidos nos meus, como se fosse um elo que nos unia, e a cada passo que dávamos, a tensão entre nós aumentava. Entramos em um táxi, e a cidade iluminada passava rapidamente pela janela. O aroma do perfume dele misturava-se com a adrenalina da noite, e eu mal conseguia conter a expectativa do que estava por vir. Sorríamos um para o outro, trocando olhares que diziam mais do que palavras poderiam expressar. Ao chegarmos ao hotel, Daniel puxou-me para perto de si, e sua presença era avassaladora. Com um gesto delicado, ele pressionou o botão do elevador, e o silêncio reinou entre nós enquanto subíamos. Sua mão ainda segurava a minha, firme e protetora. Quando finalmente chegamos ao nosso andar, Daniel não hesitou. Ele se virou para mim, e antes que eu pudesse pensar, ele já estava me beijando novamente. Seus lábios eram quentes e f
DanielAbro os olhos e me deparo com uma cena perfeita: Rose está dormindo tranquilamente em meus braços. Ela é linda, perfeita. A noite que tivemos juntos foi incrível, e as lembranças dessa experiência invadem minha mente como um furacão, fazendo meu corpo responder instantaneamente. Cuidadosamente, afasto meu braço para não acordá-la e sigo em direção ao banheiro para tomar um banho frio. No chuveiro, luto para afastar as lembranças daquela noite, mas é quase impossível. Meu corpo ainda arde por ela. O que está acontecendo comigo? Nunca me senti assim antes. Será que é porque tirei sua virgindade? Oh não, lá vêm mais lembranças. Acabo me masturbando pensando nela, desejando estar dentro dela, mas imagino que hoje ela esteja dolorida. Isso deve bastar por agora.Termino meu banho e saio com uma toalha enrolada na cintura. Rose deve estar com fome. Ao deixar o banheiro, percebo a cama vazia. Procuro por todo o quarto, mas não a encontro. Ela se foi, sem deixar uma palavra. Sinto-me
**Rose** Chego em casa e já encontro Maxine me esperando. — Ei, ei, senhorita! Pode me contar tudo em detalhes? — Começo a rir enquanto me dirijo ao meu quarto. — Bom... foi bom — respondo, soltando um sorriso, e saio. Ela me segue e segura meu braço. — Não, senhora! Desembucha! Com um homem daquele tamanho, deveria ser mais do que bom! Ele veio direto dos livros eróticos! — Ao ouvir suas palavras, meu rosto se ilumina. — Max, me dê umas duas horas e eu volto para te contar tudo em detalhes — digo antes de entrar no quarto. Tiro minha roupa e tomo um banho longo e relaxante, sentindo-me dolorida, mas extremamente feliz. Depois, visto um pijama confortável, me sento na minha cadeira e ligo o notebook. Vou descrever o que aconteceu no meu manuscrito; toda a noite passada vem em um turbilhão de lembranças que fazem minha intimidade pulsar. Preciso esquecê-lo, foi só uma noite... mas que noite! Finalizo as alterações e envio meu manuscrito, junto com meu currículo, par
**Daniel**Chego à Editora às 08:00 em ponto e logo avisto Suzy nervosa, se contorcendo na cadeira. — O que houve, garota? Não pode ficar assim tão nervosa para algumas entrevistas! Você já passou por isso antes. Como foi que contratou todos os outros funcionários? — pergunto, me aproximando dela.— Não seja insensível, Daniel! Essa parte é crucial. Eles serão meus olhos aqui; preciso dos melhores — responde ela, cautelosa.— Relaxa, estou com você — digo, sentando ao seu lado e explicando alguns sinais que darei se notar potencial em algum candidato.— Michele! — grita ela, chamando sua secretária. — Pode trazer o primeiro candidato, por favor. — Sim, senhora. Com sua licença. — A secretária se retira rapidamente, e logo entra um rapaz todo engomado. Ele se senta com ares de superioridade e começa a falar bobagens; percebo que ele está flertando com minha irmã, e vejo o desconforto dela.— Como é seu nome mesmo, rapaz? — pergunto, mirando-o com severidade, e antes que ele responda,
Rose Chego em casa com o corpo tremendo, sentindo uma turbulência de emoções. “Como pude ser tão irresponsável?” ecoa em minha mente. “Ele tem alguém... E ela é um doce.” Perguntas e desabafos pairam no ar. “Como isso pôde acontecer?” Sou uma pilha de nervos. Me jogo na cama, e as lágrimas começam a cair, enquanto me lembro do quanto fui tola por me entregar a um desconhecido, sem saber de suas obrigações. As lágrimas escorrem pelo meu rosto até que a exaustão me leva ao sono. Sou acordada pelos cutucões insistentes de Max. — Vamos, dorminhoca! Levanta! Me conta como foi! — diz Maxine, balançando-me como uma criança choramingando por doces. Levanto a cabeça e olho para ela, sentindo meu rosto inchado de tanto chorar. Ela me observa com espanto, os olhos arregalados. — Ok, mocinha! O que aconteceu? Por que essa cara de pão? — pergunta, enquanto a abraço e desabo em mais lágrimas. — Max, eu sou horrível! — balbucio entre soluços, enquanto ela acaricia meu cabelo, tentando