Daniel
Abro os olhos e me deparo com uma cena perfeita: Rose está dormindo tranquilamente em meus braços. Ela é linda, perfeita. A noite que tivemos juntos foi incrível, e as lembranças dessa experiência invadem minha mente como um furacão, fazendo meu corpo responder instantaneamente. Cuidadosamente, afasto meu braço para não acordá-la e sigo em direção ao banheiro para tomar um banho frio. No chuveiro, luto para afastar as lembranças daquela noite, mas é quase impossível. Meu corpo ainda arde por ela. O que está acontecendo comigo? Nunca me senti assim antes. Será que é porque tirei sua virgindade? Oh não, lá vêm mais lembranças. Acabo me masturbando pensando nela, desejando estar dentro dela, mas imagino que hoje ela esteja dolorida. Isso deve bastar por agora. Termino meu banho e saio com uma toalha enrolada na cintura. Rose deve estar com fome. Ao deixar o banheiro, percebo a cama vazia. Procuro por todo o quarto, mas não a encontro. Ela se foi, sem deixar uma palavra. Sinto-me perplexo e irritado. Pego meu celular e ligo para Jhon; ele deve conseguir uma forma de encontrá-la. — Jhon, não tenho muito a acrescentar. O nome dela é Rose. Verifique as imagens da câmera de segurança aqui do hotel e procure por ela, rápido. Visto-me e sigo para a casa dos meus pais para almoçar. Eles me adotaram quando eu tinha três anos, e devo minha vida a eles. Ao entrar na sala, vejo minha irmã correndo em minha direção para me abraçar. Ela é alta e esbelta, seus cabelos ruivos e curtos lhe dão um charme especial. — Suzy, vejo que você está animada. — Claro! Meu irmão está me ajudando com minha editora — ela diz, olhando para mim como um gato pidão. — Humm, sei. O que mais? — digo, desconfiado, conhecendo essa pestinha desde que nasceu. — Bom, preciso da sua ajuda... — ela responde, sorrindo. — Haha, eu sabia que sempre há mais... — digo, me dirigindo para a minha mãe, que observa nossa interação com um sorriso. A beijo na bochecha; ela é linda, com seus cabelos ruivos, pele clara e aqueles olhos que transbordam amor materno. — Como a senhora está? — Estou bem, meu querido — ela diz, batendo carinhosamente no meu ombro. — Escute, Dani, eu preciso de sua ajuda na terça para escolher os melhores revisores. Eles precisam ser bons, não apenas com o básico, mas também com escrita. Pedi que enviassem os manuscritos até amanhã. Já li vários e encontrei muitas pessoas com potencial, mas quero comprometimento. Você tem um bom olhar para isso; suas empresas sempre decolam. Me ajuda, vai? — Como posso negar algo para essa garota? — respondo. — Ok, ok. Que horas preciso chegar lá? — Às 8h em ponto. Começaremos às 8h30. Amanhã, vou terminar os últimos dois manuscritos que foram enviados hoje e já terei meus 10 selecionados. Só precisarei de três. -Estarei lá, pequena.- Essa palavra me deixou desconfortável; esse apelido é dela, da mulher que fugiu com o meu coração. — Algum problema, querido? — minha mãe pergunta. — Não, mãe, só tenho muitas coisas para resolver — respondo, tentando não transparecer minha irritação. — Olá, crianças! — meu pai chega da pescaria. — Vejo que meus filhos estão reunidos. Quanto tempo sem isso, hein, meu amor? — ele diz, beijando minha mãe na bochecha. — Que drama, velhinho! Semana passada estávamos aqui! — minha irmã provoca, afastando-se dele e tampando o nariz. Ele a persegue, enquanto ela ri e grita. Eu amo minha família. Depois do almoço, ligo para o John, perguntando se ele encontrou algo. — Ainda não. As imagens da câmera de ontem serão entregues na segunda — ele responde. Minha paciência está se esgotando. Vou direto para minha cobertura para terminar de ler alguns contratos para segunda-feira. Tento me concentrar ao máximo, mas as lembranças dela me frustram. Recebo uma ligação do Antony, me chamando para ir a uma nova boate. Confirmei, me arrumei e saí em busca dela. A segunda feira passa rapidamente, mas não consigo encontrá-la. Estou realmente irritado; ela desapareceu, deixando apenas uma lembrança.**Rose** Chego em casa e já encontro Maxine me esperando. — Ei, ei, senhorita! Pode me contar tudo em detalhes? — Começo a rir enquanto me dirijo ao meu quarto. — Bom... foi bom — respondo, soltando um sorriso, e saio. Ela me segue e segura meu braço. — Não, senhora! Desembucha! Com um homem daquele tamanho, deveria ser mais do que bom! Ele veio direto dos livros eróticos! — Ao ouvir suas palavras, meu rosto se ilumina. — Max, me dê umas duas horas e eu volto para te contar tudo em detalhes — digo antes de entrar no quarto. Tiro minha roupa e tomo um banho longo e relaxante, sentindo-me dolorida, mas extremamente feliz. Depois, visto um pijama confortável, me sento na minha cadeira e ligo o notebook. Vou descrever o que aconteceu no meu manuscrito; toda a noite passada vem em um turbilhão de lembranças que fazem minha intimidade pulsar. Preciso esquecê-lo, foi só uma noite... mas que noite! Finalizo as alterações e envio meu manuscrito, junto com meu currículo, par
**Daniel**Chego à Editora às 08:00 em ponto e logo avisto Suzy nervosa, se contorcendo na cadeira. — O que houve, garota? Não pode ficar assim tão nervosa para algumas entrevistas! Você já passou por isso antes. Como foi que contratou todos os outros funcionários? — pergunto, me aproximando dela.— Não seja insensível, Daniel! Essa parte é crucial. Eles serão meus olhos aqui; preciso dos melhores — responde ela, cautelosa.— Relaxa, estou com você — digo, sentando ao seu lado e explicando alguns sinais que darei se notar potencial em algum candidato.— Michele! — grita ela, chamando sua secretária. — Pode trazer o primeiro candidato, por favor. — Sim, senhora. Com sua licença. — A secretária se retira rapidamente, e logo entra um rapaz todo engomado. Ele se senta com ares de superioridade e começa a falar bobagens; percebo que ele está flertando com minha irmã, e vejo o desconforto dela.— Como é seu nome mesmo, rapaz? — pergunto, mirando-o com severidade, e antes que ele responda,
Rose Chego em casa com o corpo tremendo, sentindo uma turbulência de emoções. “Como pude ser tão irresponsável?” ecoa em minha mente. “Ele tem alguém... E ela é um doce.” Perguntas e desabafos pairam no ar. “Como isso pôde acontecer?” Sou uma pilha de nervos. Me jogo na cama, e as lágrimas começam a cair, enquanto me lembro do quanto fui tola por me entregar a um desconhecido, sem saber de suas obrigações. As lágrimas escorrem pelo meu rosto até que a exaustão me leva ao sono. Sou acordada pelos cutucões insistentes de Max. — Vamos, dorminhoca! Levanta! Me conta como foi! — diz Maxine, balançando-me como uma criança choramingando por doces. Levanto a cabeça e olho para ela, sentindo meu rosto inchado de tanto chorar. Ela me observa com espanto, os olhos arregalados. — Ok, mocinha! O que aconteceu? Por que essa cara de pão? — pergunta, enquanto a abraço e desabo em mais lágrimas. — Max, eu sou horrível! — balbucio entre soluços, enquanto ela acaricia meu cabelo, tentando
Rose Estava no meu quarto finalizando meu manuscrito, que preciso entregar na segunda-feira para avaliação. Na terça, os melhores candidatos seriam chamados para uma entrevista, e apenas três teriam a chance de preencher a vaga na nova Editora Rossi, em Nova York. De repente, escuto a porta do meu quarto se abrir e vejo, por cima dos meus óculos, a silhueta de Maxine. — E aí, Rosalie, você ainda não está pronta? — pergunta ela, com uma expressão de desdém. Maxine é ruiva e extremamente magra, parecendo uma modelo. Não é à toa que está trabalhando para um grande estilista de Nova York. Hoje, ela veste um vestido prateado justo que realça todas as suas curvas. — Max, eu preciso entregar esse manuscrito na segunda-feira. Não posso desperdiçar essa oportunidade; preciso de um emprego. Essa é a minha chance! Já se passaram dois anos desde que me formei e ainda não fui chamada para nenhuma vaga nas editoras para as quais enviei currículo. O trabalho na livraria não me paga o suficie
RoseEnquanto deixávamos a boate, a noite parecia estar apenas começando, repleta de promessas e possibilidades. Daniel segurou minha mão, seus dedos envolvidos nos meus, como se fosse um elo que nos unia, e a cada passo que dávamos, a tensão entre nós aumentava. Entramos em um táxi, e a cidade iluminada passava rapidamente pela janela. O aroma do perfume dele misturava-se com a adrenalina da noite, e eu mal conseguia conter a expectativa do que estava por vir. Sorríamos um para o outro, trocando olhares que diziam mais do que palavras poderiam expressar. Ao chegarmos ao hotel, Daniel puxou-me para perto de si, e sua presença era avassaladora. Com um gesto delicado, ele pressionou o botão do elevador, e o silêncio reinou entre nós enquanto subíamos. Sua mão ainda segurava a minha, firme e protetora. Quando finalmente chegamos ao nosso andar, Daniel não hesitou. Ele se virou para mim, e antes que eu pudesse pensar, ele já estava me beijando novamente. Seus lábios eram quentes e f