Quando a porta do avião foi aberta, o ar fresco invadiu a cabine. Ela podia sentir o cheiro característico da cidade - uma mistura de concreto e asfalto, mas também o perfume sutil de algo mais, algo novo. Ela não se importava com o olhar atento dos paparazzis ali, aguardando para capturar cada passo de sua chegada. A fama fazia parte de sua vida, e ela estava acostumada.Mas ao ver os flashes cegando momentaneamente seus olhos, Emma não pôde evitar de se sentir um pouco incomodada. Instintivamente, cobriu o rosto com a mão, como se pudesse se esconder atrás do véu invisível da sua própria privacidade. Tom e Laura, seus pais, fizeram o mesmo, embora com um gesto mais calmo, mais elegante. Laura virou-se para Emma, a expressão de quem sabia que isso fazia parte do preço que a filha pagava por seu sucesso, mas sem perder a classe.- Nos vemos amanhã na empresa - Emma disse com um sorriso suave, se despedindo dos pais. Ela podia sentir que a distância era necessária naquele momento, os p
Ela se vestiu com elegância, escolhendo um conjunto sofisticado e luxuoso: uma blusa de seda preta que abraçava sua silhueta e uma saia lápis de couro de alta costura, ajustada na medida certa, exibindo seu estilo impecável. Para completar, ela escolheu um par de saltos altos que acrescentavam um toque de confiança ao seu caminhar. Mas o detalhe final, o que realmente deu a ela uma aura de mistério e poder, foi o par de óculos de sol escuros que colocou cuidadosamente sobre os olhos. Eles não só protegiam seus olhos, mas também adicionavam uma camada de distanciamento, como se ela estivesse no controle de sua própria narrativa.Ela saiu do quarto e desceu para o café da manhã. A casa estava silenciosa, com exceção do suave som das xícaras e talheres que se encontravam na mesa de jantar. O aroma do café fresco se espalhava pelo ambiente, e a mesa estava cuidadosamente posta: pães recém-assados, frutas frescas e uma seleção de queijos finos. Porém, o toque especial estava em sua frente:
Ao chegar ao prédio, ela estacionou o carro e deu uma última olhada em seu reflexo no retrovisor, ajustando o cabelo com um gesto rápido. Ela estava pronta, mais do que nunca. Desceu do carro e caminhou em direção à entrada principal, os saltos ecoando na entrada vazia do edifício. Dentro, o saguão do prédio era impecável, com mármore polido e móveis elegantes. O som do elevador vindo do fundo era o único ruído que quebrava o silêncio, mas Emma não se distraiu. Seus passos firmes a conduziam até o elevador, onde Eric, seu secretário, estava aguardando.Ele estava de pé perto da porta do elevador, seu terno escuro perfeitamente ajustado, a postura impecável e um sorriso confiante no rosto. Era impossível não notar a energia de confiança que emanava dele, algo que Emma sempre respeitava. Eric tinha uma forma de se apresentar que deixava claro que ele estava no controle de tudo, e sua presença agora era quase um reflexo disso.- Bom dia, senhorita Smith - disse Eric, com um tom de voz ca
- Estou de olho em você.E então ele se foi, deixando o escritório silencioso, mas carregado de tensão.Emma soltou um suspiro longo, sentindo o peso do encontro. Seus dedos apertaram a lateral da mesa com força, sua mandíbula travada. A raiva fervia sob sua pele, mas ela não podia se dar ao luxo de perder o controle.Bruce queria intimidá-la. Queria que ela sentisse medo.Mas ele não sabia com quem estava lidando.Sem hesitar, pegou o celular e discou para seu pai. Assim que Tom atendeu, sua voz soou firme.- Pai, quem esse desgraçado do Bruce pensa que é para vir aqui e me ameaçar? - sua voz carregava indignação. - Você precisa dar um jeito nele antes que eu mesma o faça.Do outro lado da linha, Tom ficou em silêncio por um momento antes de responder, sua voz carregada de um tom perigoso.- O que aconteceu, Emma? - A voz de Tom soou firme, mas com um tom afiado, como se já sentisse que algo grave tinha acontecido.- Bruce esteve aqui. Ele veio me ameaçar, dizer que eu estou sendo ob
- Então é isso? A princesinha precisa que o papai venha defendê-la? - Bruce zombou, a voz carregada de escárnio. Cada palavra era uma lâmina afiada, um veneno projetado para cortar. Ele estava se divertindo, mas não sabia o que estava prestes a desencadear. - Achei que fosse capaz de lidar comigo sozinha.A arrogância na voz dele era palpável, mas antes que pudesse continuar, o mundo de Bruce virou de cabeça para baixo.Emma se moveu com uma velocidade que o fez ter a sensação de estar vendo uma visão turva, como se estivesse perdendo a noção do tempo e do espaço. Ela estava em sua frente, tão repentinamente que ele mal teve tempo de reagir. Seus dedos se fecharam ao redor do pescoço dele com uma força esmagadora, e a dor foi imediata. O ar, que antes parecia abundante, desapareceu, deixando um vazio horrível em seu peito.Ela não era mais a Emma que ele conhecia. As veias em sua pele, que até então pareciam normais, agora se espalhavam como fios de relâmpagos negros, uma tempestade d
Emma estava sentada em seu espaço minimalista e impecável no escritório da Smith Enterprises, ainda sentindo o peso do confronto anterior. O ar ao seu redor parecia carregado, como se a energia que irradiava de seu corpo ainda não tivesse se dissipado completamente. Sua respiração era lenta, mas seus pensamentos estavam em turbilhão.O celular vibrou sobre a mesa, a tela iluminando-se com uma mensagem de Liam:— Paris não é a mesma sem você aqui.As palavras simples, mas cheias de sentimento, atravessaram o muro que Emma havia erguido em torno de si mesma. Um calor suave invadiu seu peito, suavizando a tensão que a envolvia. Mas antes que pudesse responder, outra notificação chegou: a localização de Liam. Central Park.O coração de Emma acelerou. Era como se ele soubesse exatamente o que ela precisava naquele momento. O som de um pigarro trouxe-a de volta à realidade. Tom a observava de pé, com as mãos nos bolsos, mas seu humor havia mudado drasticamente. O olhar severo que antes a re
Foi um beijo leve no início, como um sussurro. Mas à medida que a música se intensificava, também aumentava a necessidade entre eles. Emma segurou o rosto dele, aprofundando o beijo, sentindo cada nota da canção vibrar em sua pele. Era um encaixe perfeito, uma dança silenciosa entre desejo e ternura, como se tivessem sido feitos para aquele instante.Quando se afastaram, Liam sorriu contra os lábios dela, o olhar brilhando em puro encantamento. Emma mordeu o lábio, tentando conter a onda de emoções que a tomava, mas o brilho em seus olhos entregava tudo.— Eu poderia passar a eternidade aqui — Liam murmurou, deslizando os dedos pelo rosto dela.Emma fechou os olhos, permitindo que a intensidade do momento a consumisse. O toque de Liam ainda ardia em sua pele, e o beijo, doce e profundo, reverberava em sua mente como uma chama que se recusava a se apagar. Ela respirou fundo, sentindo o aroma dele misturado ao perfume floral que o vento trazia.Liam acariciou seu rosto com ternura, mas
Os dedos dele deslizaram lentamente pelo braço de Emma até entrelaçarem-se aos dela. Um toque tão simples, mas que a fazia sentir-se viva, humana, mesmo quando tudo dentro dela gritava o contrário.— Não precisa ser forte o tempo todo – ele disse, quebrando o silêncio que apenas as ondas ousavam preencher. – Não comigo.Emma assentiu, mas a culpa pulsava em seu peito. Ela queria contar sobre Varyon, sobre o poder que queimava sob sua pele, mas o medo a impedia.— Eu não quero que você se machuque por minha causa – ela confessou, a voz falhando.— Eu corro o risco. Por você, sempre.Liam encarou Emma por um momento, um sorriso suave nos lábios.— O que acha de irmos para o meu apartamento? Só nós dois.Emma assentiu com um leve sorriso. — Eu adoraria.Ao saírem, Liam avistou o Porsche Cayenne estacionado. Ele ergueu as sobrancelhas, impressionado.— Esse é o seu carro favorito? — perguntou, apontando para o SUV luxuoso.Emma sorriu e confirmou com um aceno de cabeça. Em seguida, estend