Ao chegar ao prédio, ela estacionou o carro e deu uma última olhada em seu reflexo no retrovisor, ajustando o cabelo com um gesto rápido. Ela estava pronta, mais do que nunca. Desceu do carro e caminhou em direção à entrada principal, os saltos ecoando na entrada vazia do edifício. Dentro, o saguão do prédio era impecável, com mármore polido e móveis elegantes. O som do elevador vindo do fundo era o único ruído que quebrava o silêncio, mas Emma não se distraiu. Seus passos firmes a conduziam até o elevador, onde Eric, seu secretário, estava aguardando.Ele estava de pé perto da porta do elevador, seu terno escuro perfeitamente ajustado, a postura impecável e um sorriso confiante no rosto. Era impossível não notar a energia de confiança que emanava dele, algo que Emma sempre respeitava. Eric tinha uma forma de se apresentar que deixava claro que ele estava no controle de tudo, e sua presença agora era quase um reflexo disso.- Bom dia, senhorita Smith - disse Eric, com um tom de voz ca
- Estou de olho em você.E então ele se foi, deixando o escritório silencioso, mas carregado de tensão.Emma soltou um suspiro longo, sentindo o peso do encontro. Seus dedos apertaram a lateral da mesa com força, sua mandíbula travada. A raiva fervia sob sua pele, mas ela não podia se dar ao luxo de perder o controle.Bruce queria intimidá-la. Queria que ela sentisse medo.Mas ele não sabia com quem estava lidando.Sem hesitar, pegou o celular e discou para seu pai. Assim que Tom atendeu, sua voz soou firme.- Pai, quem esse desgraçado do Bruce pensa que é para vir aqui e me ameaçar? - sua voz carregava indignação. - Você precisa dar um jeito nele antes que eu mesma o faça.Do outro lado da linha, Tom ficou em silêncio por um momento antes de responder, sua voz carregada de um tom perigoso.- O que aconteceu, Emma? - A voz de Tom soou firme, mas com um tom afiado, como se já sentisse que algo grave tinha acontecido.- Bruce esteve aqui. Ele veio me ameaçar, dizer que eu estou sendo ob
- Então é isso? A princesinha precisa que o papai venha defendê-la? - Bruce zombou, a voz carregada de escárnio. Cada palavra era uma lâmina afiada, um veneno projetado para cortar. Ele estava se divertindo, mas não sabia o que estava prestes a desencadear. - Achei que fosse capaz de lidar comigo sozinha.A arrogância na voz dele era palpável, mas antes que pudesse continuar, o mundo de Bruce virou de cabeça para baixo.Emma se moveu com uma velocidade que o fez ter a sensação de estar vendo uma visão turva, como se estivesse perdendo a noção do tempo e do espaço. Ela estava em sua frente, tão repentinamente que ele mal teve tempo de reagir. Seus dedos se fecharam ao redor do pescoço dele com uma força esmagadora, e a dor foi imediata. O ar, que antes parecia abundante, desapareceu, deixando um vazio horrível em seu peito.Ela não era mais a Emma que ele conhecia. As veias em sua pele, que até então pareciam normais, agora se espalhavam como fios de relâmpagos negros, uma tempestade d
Emma estava sentada em seu espaço minimalista e impecável no escritório da Smith Enterprises, ainda sentindo o peso do confronto anterior. O ar ao seu redor parecia carregado, como se a energia que irradiava de seu corpo ainda não tivesse se dissipado completamente. Sua respiração era lenta, mas seus pensamentos estavam em turbilhão.O celular vibrou sobre a mesa, a tela iluminando-se com uma mensagem de Liam:— Paris não é a mesma sem você aqui.As palavras simples, mas cheias de sentimento, atravessaram o muro que Emma havia erguido em torno de si mesma. Um calor suave invadiu seu peito, suavizando a tensão que a envolvia. Mas antes que pudesse responder, outra notificação chegou: a localização de Liam. Central Park.O coração de Emma acelerou. Era como se ele soubesse exatamente o que ela precisava naquele momento. O som de um pigarro trouxe-a de volta à realidade. Tom a observava de pé, com as mãos nos bolsos, mas seu humor havia mudado drasticamente. O olhar severo que antes a re
Foi um beijo leve no início, como um sussurro. Mas à medida que a música se intensificava, também aumentava a necessidade entre eles. Emma segurou o rosto dele, aprofundando o beijo, sentindo cada nota da canção vibrar em sua pele. Era um encaixe perfeito, uma dança silenciosa entre desejo e ternura, como se tivessem sido feitos para aquele instante.Quando se afastaram, Liam sorriu contra os lábios dela, o olhar brilhando em puro encantamento. Emma mordeu o lábio, tentando conter a onda de emoções que a tomava, mas o brilho em seus olhos entregava tudo.— Eu poderia passar a eternidade aqui — Liam murmurou, deslizando os dedos pelo rosto dela.Emma fechou os olhos, permitindo que a intensidade do momento a consumisse. O toque de Liam ainda ardia em sua pele, e o beijo, doce e profundo, reverberava em sua mente como uma chama que se recusava a se apagar. Ela respirou fundo, sentindo o aroma dele misturado ao perfume floral que o vento trazia.Liam acariciou seu rosto com ternura, mas
Os dedos dele deslizaram lentamente pelo braço de Emma até entrelaçarem-se aos dela. Um toque tão simples, mas que a fazia sentir-se viva, humana, mesmo quando tudo dentro dela gritava o contrário.— Não precisa ser forte o tempo todo – ele disse, quebrando o silêncio que apenas as ondas ousavam preencher. – Não comigo.Emma assentiu, mas a culpa pulsava em seu peito. Ela queria contar sobre Varyon, sobre o poder que queimava sob sua pele, mas o medo a impedia.— Eu não quero que você se machuque por minha causa – ela confessou, a voz falhando.— Eu corro o risco. Por você, sempre.Liam encarou Emma por um momento, um sorriso suave nos lábios.— O que acha de irmos para o meu apartamento? Só nós dois.Emma assentiu com um leve sorriso. — Eu adoraria.Ao saírem, Liam avistou o Porsche Cayenne estacionado. Ele ergueu as sobrancelhas, impressionado.— Esse é o seu carro favorito? — perguntou, apontando para o SUV luxuoso.Emma sorriu e confirmou com um aceno de cabeça. Em seguida, estend
— Liam! Eu tô tentando assistir! — ela reclamou entre risos, mas não conseguiu resistir ao toque gentil dele.— Ah, eu sei... Mas você não quer parar um pouquinho? Só pra me dar mais um beijinho? — ele sussurrou, aproximando-se de novo.Emma revirou os olhos, mas logo se entregou, puxando-o para outro beijo, enquanto o filme seguia em segundo plano, completamente ignorado.— Você é impossível... — Emma murmurou entre beijos, seu coração acelerado.— E você adora isso. — Liam sorriu contra os lábios dela, o olhar brilhando de diversão.Emma suspirou, fingindo derrota, e encostou a testa na dele. — Tá, talvez um pouquinho...Liam riu suavemente, deslizando as mãos pela cintura dela, o toque leve como uma pluma. — Só um pouquinho?— Tá bom... muito. — Ela riu, e ele a puxou ainda mais para perto.O silêncio confortável entre eles foi quebrado apenas pelo som distante do filme. Emma fechou os olhos por um instante, aproveitando a sensação de segurança que Liam trazia, como se o mundo compl
A porta da sala se abriu com força, batendo contra a parede, fazendo Emma e Laura se virarem bruscamente.Tom entrou, o rosto rígido, os olhos brilhando com uma fúria contida que Emma raramente via. Sua presença preencheu o ambiente como uma tempestade prestes a explodir.— Emma! — A voz dele era grave, cortante. — O que diabos você estava pensando?Emma sentiu o coração acelerar, mas manteve a postura firme. — Pai...— Não! — Tom interrompeu, apontando para ela. — Eu vi! Eu senti! — Ele passou a mão pelos cabelos, exasperado. — Você estava com aquele humano! Beijando-o! Como se isso fosse... aceitável! — Ele deu um passo à frente, os olhos cravados nos dela. — Você sabe o que isso significa? O que o Conselho fará quando descobrir?— Tom... — Laura tentou intervir, mas ele ergueu a mão, pedindo silêncio.— Você é mais do que isso, Emma! — Tom continuou, a voz carregada de decepção. — Você carrega dentro de si um poder que nem conseguimos compreender ainda, e está arriscando tudo... po