- Estou de olho em você.E então ele se foi, deixando o escritório silencioso, mas carregado de tensão.Emma soltou um suspiro longo, sentindo o peso do encontro. Seus dedos apertaram a lateral da mesa com força, sua mandíbula travada. A raiva fervia sob sua pele, mas ela não podia se dar ao luxo de perder o controle.Bruce queria intimidá-la. Queria que ela sentisse medo.Mas ele não sabia com quem estava lidando.Sem hesitar, pegou o celular e discou para seu pai. Assim que Tom atendeu, sua voz soou firme.- Pai, quem esse desgraçado do Bruce pensa que é para vir aqui e me ameaçar? - sua voz carregava indignação. - Você precisa dar um jeito nele antes que eu mesma o faça.Do outro lado da linha, Tom ficou em silêncio por um momento antes de responder, sua voz carregada de um tom perigoso.- O que aconteceu, Emma? - A voz de Tom soou firme, mas com um tom afiado, como se já sentisse que algo grave tinha acontecido.- Bruce esteve aqui. Ele veio me ameaçar, dizer que eu estou sendo ob
- Então é isso? A princesinha precisa que o papai venha defendê-la? - Bruce zombou, a voz carregada de escárnio. Cada palavra era uma lâmina afiada, um veneno projetado para cortar. Ele estava se divertindo, mas não sabia o que estava prestes a desencadear. - Achei que fosse capaz de lidar comigo sozinha.A arrogância na voz dele era palpável, mas antes que pudesse continuar, o mundo de Bruce virou de cabeça para baixo.Emma se moveu com uma velocidade que o fez ter a sensação de estar vendo uma visão turva, como se estivesse perdendo a noção do tempo e do espaço. Ela estava em sua frente, tão repentinamente que ele mal teve tempo de reagir. Seus dedos se fecharam ao redor do pescoço dele com uma força esmagadora, e a dor foi imediata. O ar, que antes parecia abundante, desapareceu, deixando um vazio horrível em seu peito.Ela não era mais a Emma que ele conhecia. As veias em sua pele, que até então pareciam normais, agora se espalhavam como fios de relâmpagos negros, uma tempestade d
Emma estava sentada em seu espaço minimalista e impecável no escritório da Smith Enterprises, ainda sentindo o peso do confronto anterior. O ar ao seu redor parecia carregado, como se a energia que irradiava de seu corpo ainda não tivesse se dissipado completamente. Sua respiração era lenta, mas seus pensamentos estavam em turbilhão.O celular vibrou sobre a mesa, a tela iluminando-se com uma mensagem de Liam:— Paris não é a mesma sem você aqui.As palavras simples, mas cheias de sentimento, atravessaram o muro que Emma havia erguido em torno de si mesma. Um calor suave invadiu seu peito, suavizando a tensão que a envolvia. Mas antes que pudesse responder, outra notificação chegou: a localização de Liam. Central Park.O coração de Emma acelerou. Era como se ele soubesse exatamente o que ela precisava naquele momento. O som de um pigarro trouxe-a de volta à realidade. Tom a observava de pé, com as mãos nos bolsos, mas seu humor havia mudado drasticamente. O olhar severo que antes a re
Foi um beijo leve no início, como um sussurro. Mas à medida que a música se intensificava, também aumentava a necessidade entre eles. Emma segurou o rosto dele, aprofundando o beijo, sentindo cada nota da canção vibrar em sua pele. Era um encaixe perfeito, uma dança silenciosa entre desejo e ternura, como se tivessem sido feitos para aquele instante.Quando se afastaram, Liam sorriu contra os lábios dela, o olhar brilhando em puro encantamento. Emma mordeu o lábio, tentando conter a onda de emoções que a tomava, mas o brilho em seus olhos entregava tudo.— Eu poderia passar a eternidade aqui — Liam murmurou, deslizando os dedos pelo rosto dela.Emma fechou os olhos, permitindo que a intensidade do momento a consumisse. O toque de Liam ainda ardia em sua pele, e o beijo, doce e profundo, reverberava em sua mente como uma chama que se recusava a se apagar. Ela respirou fundo, sentindo o aroma dele misturado ao perfume floral que o vento trazia.Liam acariciou seu rosto com ternura, mas
Os dedos dele deslizaram lentamente pelo braço de Emma até entrelaçarem-se aos dela. Um toque tão simples, mas que a fazia sentir-se viva, humana, mesmo quando tudo dentro dela gritava o contrário.— Não precisa ser forte o tempo todo – ele disse, quebrando o silêncio que apenas as ondas ousavam preencher. – Não comigo.Emma assentiu, mas a culpa pulsava em seu peito. Ela queria contar sobre Varyon, sobre o poder que queimava sob sua pele, mas o medo a impedia.— Eu não quero que você se machuque por minha causa – ela confessou, a voz falhando.— Eu corro o risco. Por você, sempre.Liam encarou Emma por um momento, um sorriso suave nos lábios.— O que acha de irmos para o meu apartamento? Só nós dois.Emma assentiu com um leve sorriso. — Eu adoraria.Ao saírem, Liam avistou o Porsche Cayenne estacionado. Ele ergueu as sobrancelhas, impressionado.— Esse é o seu carro favorito? — perguntou, apontando para o SUV luxuoso.Emma sorriu e confirmou com um aceno de cabeça. Em seguida, estend
— Liam! Eu tô tentando assistir! — ela reclamou entre risos, mas não conseguiu resistir ao toque gentil dele.— Ah, eu sei... Mas você não quer parar um pouquinho? Só pra me dar mais um beijinho? — ele sussurrou, aproximando-se de novo.Emma revirou os olhos, mas logo se entregou, puxando-o para outro beijo, enquanto o filme seguia em segundo plano, completamente ignorado.— Você é impossível... — Emma murmurou entre beijos, seu coração acelerado.— E você adora isso. — Liam sorriu contra os lábios dela, o olhar brilhando de diversão.Emma suspirou, fingindo derrota, e encostou a testa na dele. — Tá, talvez um pouquinho...Liam riu suavemente, deslizando as mãos pela cintura dela, o toque leve como uma pluma. — Só um pouquinho?— Tá bom... muito. — Ela riu, e ele a puxou ainda mais para perto.O silêncio confortável entre eles foi quebrado apenas pelo som distante do filme. Emma fechou os olhos por um instante, aproveitando a sensação de segurança que Liam trazia, como se o mundo compl
A porta da sala se abriu com força, batendo contra a parede, fazendo Emma e Laura se virarem bruscamente.Tom entrou, o rosto rígido, os olhos brilhando com uma fúria contida que Emma raramente via. Sua presença preencheu o ambiente como uma tempestade prestes a explodir.— Emma! — A voz dele era grave, cortante. — O que diabos você estava pensando?Emma sentiu o coração acelerar, mas manteve a postura firme. — Pai...— Não! — Tom interrompeu, apontando para ela. — Eu vi! Eu senti! — Ele passou a mão pelos cabelos, exasperado. — Você estava com aquele humano! Beijando-o! Como se isso fosse... aceitável! — Ele deu um passo à frente, os olhos cravados nos dela. — Você sabe o que isso significa? O que o Conselho fará quando descobrir?— Tom... — Laura tentou intervir, mas ele ergueu a mão, pedindo silêncio.— Você é mais do que isso, Emma! — Tom continuou, a voz carregada de decepção. — Você carrega dentro de si um poder que nem conseguimos compreender ainda, e está arriscando tudo... po
Emma caminhava pelas ruas vibrantes de Nova York, mas sua mente estava longe dali. Os pensamentos fervilhavam como um vendaval indomável quando, de repente, três vampiros surgiram das sombras. Moviam-se com a precisão de predadores, os olhos brilhando com um brilho faminto. O carro preto e luxuoso estacionado à beira da calçada era um convite silencioso, uma armadilha arquitetada com precisão.Sem hesitar, Emma entrou.O prédio do Conselho erguia-se como um monólito imponente, suas paredes de vidro refletindo a cidade insone. As portas douradas se abriram lentamente, e um salão vasto se revelou diante dela. Lustres majestosamente pendiam do teto, lançando um brilho dourado sobre a mesa oval de mármore, onde a silhueta de Bruce já a aguardava. Ele era um predador à espreita