- Eu também vou voltar para Nova York. - Ele disse, com um sorriso calmo. - Mas só depois das minhas merecidas férias.Liam reduziu a velocidade ao se aproximar da pequena cafeteria. A fachada simples e acolhedora parecia como uma extensão da própria essência de Liam, algo familiar e com um toque de aconchego. Ele estacionou o carro na frente e, com um sorriso tranquilo, desligou o motor.Emma suspirou, sentindo que aquele momento marcava uma despedida, ainda que temporária. Assim que saiu do carro, virou-se para Liam e o envolveu em um abraço apertado, sentindo o calor reconfortante.— Se cuida, tá? — disse ela, com um sorriso suave.Liam riu e bagunçou de leve os cabelos dela.— Até logo, vampirinha. — Seu tom era brincalhão, e ele soltou uma risada antes de se afastar.Emma revirou os olhos, mas acabou sorrindo. Então, entrou no carro e, antes de dar a partida, pegou o celular e digitou rapidamente uma mensagem para Chris.Emma: Onde você está? Vou até você.A resposta não demorou
Quando Emma terminou de arrumar tudo, pegou as malas e desceu as escadas, onde Jacob a aguardava. Ela se aproximou dele, um sorriso suave no rosto.- Foi incrível esses dias aqui com você. - Emma disse, tocando o braço dele de maneira afetuosa.Jacob apenas a olhou, sem palavras, mas com um olhar que transparecia um carinho silencioso. Ele abriu os braços para ela e a abraçou.- O almoço está pronto, ma petite. - Ele disse, com um sorriso leve, guiando-a até a sala de jantar.O aroma do almoço francês preenchia o ar. Era uma refeição preparada com cuidado. Quando se sentaram à mesa, Emma sentiu uma sensação de conforto no ambiente acolhedor da casa de seu tio, mas sua mente não conseguia parar de pensar em Nova York, em tudo o que estava por vir.Após o almoço, Emma se levantou e se dirigiu ao campo de treinamento. Não tinha planos, apenas queria sentir o ar ao redor, ficar em silêncio por um momento. Ela se posicionou no meio do círculo, mas não fez nenhum movimento. Ficou ali, olhan
O zunido constante das turbinas do avião preenchia o espaço silencioso da cabine. Emma repousava contra o assento de couro macio, o corpo entregue ao cansaço da viagem. Seus olhos estavam fechados, e sua respiração serena contrastava com a tempestade que estava prestes a se formar em sua mente.A escuridão tomou conta de sua consciência, e, de repente, ela estava em um lugar que já conhecia. O chão sob seus pés era de terra seca e áspera, exalando o cheiro de poeira antiga misturada à umidade do rio que corria ao lado. O som da água era suave, um sussurro no silêncio denso que a envolvia. Ao longe, um banco de pedra solitário emergia da paisagem enevoada, e sobre ele, uma figura imponente aguardava.Varyon estava sentado ali, os cotovelos apoiados nos joelhos, os olhos dourados fixos nela com uma intensidade que a fez prender a respiração. Havia algo de solene naquele momento, como se o próprio tempo hesitasse diante do encontro. Seu coração bateu mais forte.Engolindo em seco, ela av
Quando a porta do avião foi aberta, o ar fresco invadiu a cabine. Ela podia sentir o cheiro característico da cidade - uma mistura de concreto e asfalto, mas também o perfume sutil de algo mais, algo novo. Ela não se importava com o olhar atento dos paparazzis ali, aguardando para capturar cada passo de sua chegada. A fama fazia parte de sua vida, e ela estava acostumada.Mas ao ver os flashes cegando momentaneamente seus olhos, Emma não pôde evitar de se sentir um pouco incomodada. Instintivamente, cobriu o rosto com a mão, como se pudesse se esconder atrás do véu invisível da sua própria privacidade. Tom e Laura, seus pais, fizeram o mesmo, embora com um gesto mais calmo, mais elegante. Laura virou-se para Emma, a expressão de quem sabia que isso fazia parte do preço que a filha pagava por seu sucesso, mas sem perder a classe.- Nos vemos amanhã na empresa - Emma disse com um sorriso suave, se despedindo dos pais. Ela podia sentir que a distância era necessária naquele momento, os p
Ela se vestiu com elegância, escolhendo um conjunto sofisticado e luxuoso: uma blusa de seda preta que abraçava sua silhueta e uma saia lápis de couro de alta costura, ajustada na medida certa, exibindo seu estilo impecável. Para completar, ela escolheu um par de saltos altos que acrescentavam um toque de confiança ao seu caminhar. Mas o detalhe final, o que realmente deu a ela uma aura de mistério e poder, foi o par de óculos de sol escuros que colocou cuidadosamente sobre os olhos. Eles não só protegiam seus olhos, mas também adicionavam uma camada de distanciamento, como se ela estivesse no controle de sua própria narrativa.Ela saiu do quarto e desceu para o café da manhã. A casa estava silenciosa, com exceção do suave som das xícaras e talheres que se encontravam na mesa de jantar. O aroma do café fresco se espalhava pelo ambiente, e a mesa estava cuidadosamente posta: pães recém-assados, frutas frescas e uma seleção de queijos finos. Porém, o toque especial estava em sua frente:
Ao chegar ao prédio, ela estacionou o carro e deu uma última olhada em seu reflexo no retrovisor, ajustando o cabelo com um gesto rápido. Ela estava pronta, mais do que nunca. Desceu do carro e caminhou em direção à entrada principal, os saltos ecoando na entrada vazia do edifício. Dentro, o saguão do prédio era impecável, com mármore polido e móveis elegantes. O som do elevador vindo do fundo era o único ruído que quebrava o silêncio, mas Emma não se distraiu. Seus passos firmes a conduziam até o elevador, onde Eric, seu secretário, estava aguardando.Ele estava de pé perto da porta do elevador, seu terno escuro perfeitamente ajustado, a postura impecável e um sorriso confiante no rosto. Era impossível não notar a energia de confiança que emanava dele, algo que Emma sempre respeitava. Eric tinha uma forma de se apresentar que deixava claro que ele estava no controle de tudo, e sua presença agora era quase um reflexo disso.- Bom dia, senhorita Smith - disse Eric, com um tom de voz ca
- Estou de olho em você.E então ele se foi, deixando o escritório silencioso, mas carregado de tensão.Emma soltou um suspiro longo, sentindo o peso do encontro. Seus dedos apertaram a lateral da mesa com força, sua mandíbula travada. A raiva fervia sob sua pele, mas ela não podia se dar ao luxo de perder o controle.Bruce queria intimidá-la. Queria que ela sentisse medo.Mas ele não sabia com quem estava lidando.Sem hesitar, pegou o celular e discou para seu pai. Assim que Tom atendeu, sua voz soou firme.- Pai, quem esse desgraçado do Bruce pensa que é para vir aqui e me ameaçar? - sua voz carregava indignação. - Você precisa dar um jeito nele antes que eu mesma o faça.Do outro lado da linha, Tom ficou em silêncio por um momento antes de responder, sua voz carregada de um tom perigoso.- O que aconteceu, Emma? - A voz de Tom soou firme, mas com um tom afiado, como se já sentisse que algo grave tinha acontecido.- Bruce esteve aqui. Ele veio me ameaçar, dizer que eu estou sendo ob
- Então é isso? A princesinha precisa que o papai venha defendê-la? - Bruce zombou, a voz carregada de escárnio. Cada palavra era uma lâmina afiada, um veneno projetado para cortar. Ele estava se divertindo, mas não sabia o que estava prestes a desencadear. - Achei que fosse capaz de lidar comigo sozinha.A arrogância na voz dele era palpável, mas antes que pudesse continuar, o mundo de Bruce virou de cabeça para baixo.Emma se moveu com uma velocidade que o fez ter a sensação de estar vendo uma visão turva, como se estivesse perdendo a noção do tempo e do espaço. Ela estava em sua frente, tão repentinamente que ele mal teve tempo de reagir. Seus dedos se fecharam ao redor do pescoço dele com uma força esmagadora, e a dor foi imediata. O ar, que antes parecia abundante, desapareceu, deixando um vazio horrível em seu peito.Ela não era mais a Emma que ele conhecia. As veias em sua pele, que até então pareciam normais, agora se espalhavam como fios de relâmpagos negros, uma tempestade d