Dominic dirige pelas ruas da cidade com uma calma controlada, embora seu ímpeto seja ignorar toda a civilidade e cruzar a cidade como uma tempestade. O trânsito, entretanto, parece deliberadamente desafiar sua urgência.— Que demonstração patética para testar minha paciência. — Dominic murmura, com sarcasmo, golpeando o volante ao parar em um engarrafamento. — Droga! — Resmunga, seus dedos deslizando pela multimídia, enquanto busca rotas alternativas. — Uma obra-prima do planejamento viário. — Reclama, ao constatar que precisará desperdiçar trinta preciosos minutos para alcançar um desvio ridiculamente próximo. O toque do celular interrompe sua contemplação do caos urbano. — A que devo o desprazer? — Pergunta, com frieza calculada ao atender.— Negociar. — Noah articula, precariamente, através da mandíbula imobilizada. — Uma visita fraternal seria apropriada?— Negociar? — Repete, sua voz carregada de uma raiva contida que vibra em cada sílaba. — Permita-me declinar dessa proposta abs
Sua consciência oscila perigosamente, a escuridão ameaça engoli-lo num abismo sem fim, mas um pensamento atravessa sua mente. Vivienne e seus filhos precisam dele e falhar não é uma opção. Seus olhos encontram a caixa, perturbadoramente intacta no banco do passageiro, sua presença, uma provocação silenciosa que o impulsiona.Com dedos que tremem incontrolavelmente, toca a testa sentindo o sangue quente e viscoso escorrer. Sem se importar com a destruição do tecido fino, usa a manga da camisa para limpar o líquido que não para de fluir. Força-se a se ajeitar no banco, recostando a cabeça, enquanto sente sua mente explodir em ondas de dor e sua respiração tornar-se um exercício cada vez mais difícil. Os sons ao redor se transformam numa sinfonia caótica de vozes e buzinas. Fecha os olhos, tentando conter a vertigem que ameaça dominá-lo, e num movimento desesperado vasculha o porta-luvas atrás de qualquer coisa que amenize a dor lancinante. Encontra um comprimido que engole a seco, enqua
Dominic fixa seu olhar autoritário no único homem que lhe importa naquela sala. Grant permanece em sua posição de poder absoluto na cabeceira da mesa, a personificação da arrogância. Sem hesitar, Dominic aproxima-se com determinação, pousando a caixa sobre a mesa e empurrando-a com força, observando-a deslizar até parar sob o toque deliberadamente casual das mãos do avô.— O que temos aqui, filho? — Grant pergunta, como se não reconhecesse sua própria crueldade meticulosamente arquitetada. — Hoje, você terá o prazer de se juntar ao seu neto preferido. — Dominic dispara, a fúria guiando seus passos, enquanto avança na direção do avô, cego por um ódio que queima em suas veias.— Dominic, pelo amor de Deus! — Louis intercepta seu caminho, o horror nos olhos ao ver o sangue seco manchando a testa do sobrinho. Instintivamente, estende a mão para tocá-lo, mas a tentativa é cortada por um tapa, uma advertência clara e cortante para manter distância. — Mantenha-se fora disso, tio. — Adverte
Os braços e pernas de Dominic começam a sacudir violentamente, como se uma força invisível e cruel estivesse dilacerando seu corpo em direções opostas. Os movimentos são brutais, descontrolados, quase desumanos em sua intensidade. Sua mandíbula trava com força suficiente para fazer os dentes rangerem, enquanto um som primitivo, escapa de sua garganta. Louis se ajoelha rapidamente ao lado do sobrinho, tirando seu paletó e o colocando sob a cabeça de Dominic, tentando protegê-lo de ferimentos ainda mais graves.A pele de Dominic, antes apenas febril, agora exibe uma palidez alarmante, enquanto seus lábios azulados fazem o coração de Louis congelar por um instante. Seus olhos reviram, deixando à mostra apenas o branco, e seu corpo, em espasmos violentos, se contorce contra o chão gelado.— Estou aqui, filho. — Louis sussurra, sua voz tensa enquanto verifica as vias aéreas com precisão, virando-o de lado para evitar que se afogue em sua própria saliva. — Uma ambulância, agora! — Grita, pa
Instintivamente, Vivienne desliza as mãos para a barriga num gesto desesperadamente protetor, como se pudesse abraçar seus bebês através da pele. Gradualmente, sua respiração começa a normalizar conforme a realidade retoma seu lugar, embora o horror do pesadelo ainda pulse em suas veias. A visão grotesca parece ter sido gravada em sua retina com precisão cruel, não apenas um sonho nascido do medo da ameaça recebida, mas algo mais profundo, quase uma memória enterrada em algum canto escuro de sua mente.— Foi tão real, terrivelmente real. — Vivienne murmura, com voz embargada, deixando-se cair novamente no sofá, enquanto tremores insistentes percorrem seu corpo. — Como se já tivesse acontecido, como se eu já tivesse vivido aquele momento. — Continua, sua voz falhando, enquanto seus olhos encontram a lua brilhando imponente através da janela. — Que horas são? — Pergunta, abruptamente, levantando-se num movimento brusco para alcançar seu celular. Seu coração parece congelar ao ver que já
Dominic desliza a mão pelo próprio corpo, sentindo o tecido áspero da vestimenta hospitalar contra sua pele. Seus olhos percorrem o ambiente até identificar o familiar logotipo da clínica de seu tio. Com movimentos ainda letárgicos, observa o quarto em busca de seus pertences, localizando seu celular e relógio sobre uma cômoda adjacente à cama. Estica o braço, alcançando os objetos com dedos trêmulos.— Droga, era exatamente o que eu precisava para completar meu estresse. — Pronuncia, ao constatar que já são dez horas da manhã. Seu maxilar tenciona ao visualizar a tela do celular repleta de chamadas perdidas e mensagens de Vivienne. — Como se eu já não tivesse problemas suficientes. — Murmura, deslizando para fora da cama, irritado consigo mesmo por deixá-la sozinha. Quando seus pés encontram o chão frio, a porta do quarto se abre abruptamente, revelando Louis acompanhado de uma enfermeira, ambos com expressões preocupadas.— Dominic, presumo que esteja tentando adicionar mais uma con
Ali está Vivienne, seu corpo se movendo em um espreguiçar inconsciente e provocante, os olhos pesados de sono piscando lentamente sob os cílios longos. Um momento suspenso no tempo em que Dominic a observa, completamente hipnotizado pela forma como a camisola de seda branca desliza sobre suas curvas, revelando mais do que ocultando. Seus olhares finalmente se encontram através do vapor do banho, o dela ainda sonolento e inocente, o dele intenso e cheio de desejo. Então, como se guiados por uma força irresistível, os olhos dela percorrem inevitavelmente o corpo exposto dele, cada músculo definido brilhando sob a água, cada gota traçando caminhos tentadores sobre sua pele, descendo por seu abdômen esculpido até desaparecerem em um ponto que deveria vir com aviso de censura. O grito de surpresa que escapa de seus lábios ecoa pelo banheiro e, em poucos segundos, ela desaparece, deixando apenas um Dominic atônito, dividido entre o desejo ardente que pulsa em suas veias e o prazer com a reaç
Vivienne cede aos toques ardentes, seu corpo delicado molda-se ao corpo de Dominic com perfeição. As mãos fortes dele exploram sua cintura com firmeza, os dedos pressionando a seda fina contra sua pele sensível, enquanto ela desliza as unhas suavemente por sua nuca, arrancando-lhe suspiros roucos de prazer contido.Seus lábios permanecem unidos em beijos profundos e provocantes, cada movimento de suas línguas aumentando a tensão entre eles. Cada carícia trocada é uma provocação silenciosa, um convite para mais, enquanto o calor de seus corpos se intensifica perigosamente. Ele desliza os dedos pela linha delicada de seu pescoço num toque torturantemente lento, e ela arqueia o corpo em resposta instintiva, seus lábios entreabertos num gemido suave que escapa sem permissão. O som é suficiente para fazê-lo intensificar os movimentos, seu corpo movendo-se contra o dela com uma firmeza que a deixa à beira da rendição.O tecido fino da camisola dela, agora colado à sua pele quente, denuncia