Dominic permanece sereno, enquanto aprecia seu suco, um leve sorriso de satisfação nos lábios. Garantir que Claire e Natasha não se unam para perturbar sua paz é um alívio estratégico, ele entende muito bem a natureza manipuladora de Natasha e a tendência de Claire de seguir opiniões.— Sério, por que fez isso? — Finn pergunta, assumindo um tom grave. — Por que expor abertamente essa situação? Todos conhecem os sentimentos da Natasha. — Completa, tentando decifrar as motivações do amigo.— Creio que minha resposta anterior foi suficientemente clara. — Dominic responde, com tranquilidade, mas seus olhos denunciam um incômodo crescente. — Mas já que precisa de uma explicação mais detalhada, que seja, Natasha é uma manipuladora nata e sua prima uma marionete perfeita. Não necessito de nenhuma das duas interferindo em meu tempo nesta cidade insuportável. — Afirma, deixando transparecer sua irritação. — Que, devo acrescentar, será consideravelmente longo desta vez. — Complementa, um traço
Dominic o encara com uma seriedade eloquente, a seriedade em seus olhos exigindo uma explicação que Henrik hesita em fornecer, como se cada segundo de demora apenas inflamasse a irritação crescente dentro dele.— Na minha sala, agora! — Dominic ordena, retomando sua caminhada controlada, contendo sua fúria elegantemente para não criar uma cena no corredor.— Sim, senhor Muller. — Henrik responde, em voz baixa, visivelmente perturbado pela aura ameaçadora que emana de seu superior.Dominic abre a porta do escritório com força incontida, assumindo sua posição atrás da mesa imponente. Seus olhos frios analisam meticulosamente a postura evidentemente retraída de Henrik, que fecha a porta com cautela excessiva antes de aproximar-se da mesa como quem se aproxima de uma fera prestes a atacar.— Qual a justificativa? — Dominic pergunta, finalmente, sua voz controlada mal disfarçando a irritação latente.— Justificativa? — Henrik repete, num sussurro audível o suficiente para fazer Dominic arq
O beijo dele é intenso, carregado de uma urgência possessiva que a envolve, e Vivienne, sem resistir, se entrega com a mesma intensidade. Mas, subitamente, uma inquietação em seu íntimo a faz recuar, afastando-se com o peito arfando, em busca de fôlego e clareza enquanto tenta retomar o controle da situação.— Acho melhor não seguirmos com isso. — Vivienne murmura, as palavras saindo incertas, enquanto uma tensão desconfortável começa a se formar, refletindo o conflito interno que seus sentimentos contraditórios despertam.— Não resista. — A voz dele soa sedutora e baixa, quase um comando, enquanto a empurra com firmeza, em direção ao sofá. Seus olhos brilham com um desejo insaciável. — Sei que você também quer isso. — Declara, a voz profunda e provocadora, ocasionando uma reação involuntária em Vivienne, enquanto ele se inclina sobre ela, o calor de seu corpo aumentando a intensidade do momento.— Para com isso. — Murmura, seu coração batendo tão forte que parece querer escapar do pe
Grant observa Dominic se contorcer na cadeira, claramente incomodado. A mão dele desliza com frequência pelo pescoço, como se tentasse aliviar uma tensão persistente, enquanto a expressão em seu rosto revela um desconforto que ele mal consegue disfarçar.— Você bebeu, Dominic? — Grant pergunta, sua expressão endurecendo diante da possibilidade.— Sabe que não seria uma má ideia nesse momento! — Dominic rebate, com um sorriso irônico. Mesmo tentando se esconder atrás do sarcasmo, seu desconforto é notório. — Então, senhor Muller, que tal irmos direto ao ponto? Qual o motivo dessa adorável reunião familiar? — Pergunta, mas sua mente está distante, totalmente imersa em pensamentos sobre Vivienne.— Devido à sua inconstância em permanecer na cidade, a partir de amanhã, você irá treinar Noah para os negócios.— O quê? — Noah e Dominic perguntam simultaneamente, a surpresa estampada em seus rostos. O ambiente logo se enche com uma risada sarcástica de Dominic.— Ah, claro que não! — Dominic
Dominic permanece estático, o lado do rosto queimando como brasa viva. O choque pela audácia dela supera a própria dor física, enquanto sua mente tenta processar o que acabou de acontecer. Sua raiva, momentaneamente esquecida pela surpresa, retorna como uma avalanche avassaladora, fazendo seu sangue ferver nas veias e sua respiração ficar irregular. Em todos seus anos de provocações e conflitos, ninguém, absolutamente ninguém, havia ousado levantar a mão para ele e mais uma vez Vivienne o fez, mais uma vez ela conseguiu quebrar todas as suas barreiras. Ele observa seus dedos tremendo, uma mistura de fúria e frustração correndo por seu corpo, e fecha a mão em punho, desferindo um golpe na porta com tanta força que o som ecoa pelo corredor. O estrondo faz Vivienne se sobressaltar violentamente do lado de dentro, seu coração disparando, enquanto recua alguns passos instintivamente.— Senhorita Bettendorf, seria muito gentil da sua parte abrir essa porta agora! — Dominic pronuncia, cada p
Dominic permanece imóvel, seu maxilar travado com tanta força que chega a doer. A compreensão do que aconteceu, do que seu próprio irmão fez, começa a tomar forma em sua mente como um veneno se espalhando. Suas mãos se fecham em punhos ao lado do corpo, numa tentativa desesperada de manter o controle que ameaça escapar a cada segundo.— O que exatamente. — Dominic começa, cada palavra carregada de uma raiva contida. — Aconteceu quando ele esteve aqui? — Pergunta, dando um passo em direção a ela, seus olhos escurecidos de uma forma que faz Vivienne recuar instintivamente, entrando rapidamente no apartamento.— Acho melh…— Não! — Corta, erguendo a mão num gesto brusco. — Quero cada maldito detalhe. — Exige, suas palavras saindo entre dentes cerrados.— Eu realmente pensei que fosse você. — Vivienne afirma, sua voz tremendo ligeiramente. — O perfume, a maneira de se ex… — Interrompe, percebendo que cada palavra parece apenas aumentar a fúria dele.Dominic se vira bruscamente, socando a
A mão de Dominic traça um caminho lento e torturante pelo rosto de Vivienne até encontrar sua nuca. Seus dedos deslizam entre os fios de cabelo numa carícia proposital que a faz suspirar. Cada reação dela é minuciosamente observada por ele, o tremor sutil em seus lábios, a maneira como sua respiração fica mais pesada, o rubor que tinge suas bochechas. Quando os olhos dela se fecham em rendição, ele sente seu próprio corpo reagir. Seus dedos se entrelaçam possessivamente nos cachos dela, trazendo-a para mais perto enquanto sua outra mão firma-se em sua cintura, sentindo o calor da pele dela mesmo através do tecido. Seus olhos escurecem de desejo ao fixarem-se nos lábios avermelhados e entreabertos dela, tão convidativos que despertam seus desejos mais profundos.— Dominic. — Vivienne suspira o nome dele, num tom quase suplicante, as mãos subindo até a nuca dele num toque que o faz estremecer. Seus dedos delicados se entrelaçam em seus cabelos, arrancando um suspiro profundo de sua garg
Vivienne observa a porta se fechar e o ar que parecia preso escapa pelos seus lábios num suspiro pesado. Suas mãos tremem levemente ao tocarem o rosto quente, um sorriso involuntário surgindo, enquanto a intensidade dos beijos ainda pulsa em sua memória. Cada toque dele parece ter deixado uma marca invisível em sua pele, reativando as lembranças daquela noite compartilhada. Mesmo com o álcool tendo nublado parte de suas recordações, a intensidade dos toques dele permanece vívida, fazendo seu corpo vibrar com um desejo que ela tenta, sem sucesso, ignorar.— Como posso estar tão atraída por ele? — Questiona-se, a incredulidade evidente em sua voz. Há pouco mais de um mês, suspirava pelo Noah como uma adolescente apaixonada, mas agora o simples pensamento do toque dele lhe causa repulsa, talvez pela traição, pela maneira cruel como brincou com seus sentimentos. Enquanto Dominic parece conhecer cada ponto sensível de seu corpo, cada reação, como se tivesse um mapa particular de seus desej