Vivienne se encolhe no sofá, abraçando uma almofada com força contra o peito, enquanto lágrimas incessantes escorrem por seu rosto e soluços dolorosos ecoam pela pequena sala. O peso daquela única palavra a destrói completamente, e naquele momento de vulnerabilidade, ela não é mais uma mulher adulta, mas apenas uma criança que sempre ansiou pelo amor dos pais. Mergulhada em sua dor profunda, seus olhos finalmente cedem ao cansaço emocional e ela adormece.Enquanto isso, Dominic arqueia a sobrancelha ao adentrar o luxuoso bar, sentindo os olhares hostis das duas mulheres sobre si. Mantém sua postura impecável, enquanto caminha até a mesa reservada.— Ideia genial me atrair para essa convenção de bruxas! — Dominic reclama, ajustando o punho da camisa enquanto assume seu lugar.— Asseguro que desconhecia a presença delas. — Finn responde, reprimindo um sorriso diante da acidez do amigo, enquanto observa discretamente a mesa onde Claire está acompanhada de Natasha. — Pelos olhares mortífe
Dominic permanece sereno, enquanto aprecia seu suco, um leve sorriso de satisfação nos lábios. Garantir que Claire e Natasha não se unam para perturbar sua paz é um alívio estratégico, ele entende muito bem a natureza manipuladora de Natasha e a tendência de Claire de seguir opiniões.— Sério, por que fez isso? — Finn pergunta, assumindo um tom grave. — Por que expor abertamente essa situação? Todos conhecem os sentimentos da Natasha. — Completa, tentando decifrar as motivações do amigo.— Creio que minha resposta anterior foi suficientemente clara. — Dominic responde, com tranquilidade, mas seus olhos denunciam um incômodo crescente. — Mas já que precisa de uma explicação mais detalhada, que seja, Natasha é uma manipuladora nata e sua prima uma marionete perfeita. Não necessito de nenhuma das duas interferindo em meu tempo nesta cidade insuportável. — Afirma, deixando transparecer sua irritação. — Que, devo acrescentar, será consideravelmente longo desta vez. — Complementa, um traço
Dominic o encara com uma seriedade eloquente, a seriedade em seus olhos exigindo uma explicação que Henrik hesita em fornecer, como se cada segundo de demora apenas inflamasse a irritação crescente dentro dele.— Na minha sala, agora! — Dominic ordena, retomando sua caminhada controlada, contendo sua fúria elegantemente para não criar uma cena no corredor.— Sim, senhor Muller. — Henrik responde, em voz baixa, visivelmente perturbado pela aura ameaçadora que emana de seu superior.Dominic abre a porta do escritório com força incontida, assumindo sua posição atrás da mesa imponente. Seus olhos frios analisam meticulosamente a postura evidentemente retraída de Henrik, que fecha a porta com cautela excessiva antes de aproximar-se da mesa como quem se aproxima de uma fera prestes a atacar.— Qual a justificativa? — Dominic pergunta, finalmente, sua voz controlada mal disfarçando a irritação latente.— Justificativa? — Henrik repete, num sussurro audível o suficiente para fazer Dominic arq
O beijo dele é intenso, carregado de uma urgência possessiva que a envolve, e Vivienne, sem resistir, se entrega com a mesma intensidade. Mas, subitamente, uma inquietação em seu íntimo a faz recuar, afastando-se com o peito arfando, em busca de fôlego e clareza enquanto tenta retomar o controle da situação.— Acho melhor não seguirmos com isso. — Vivienne murmura, as palavras saindo incertas, enquanto uma tensão desconfortável começa a se formar, refletindo o conflito interno que seus sentimentos contraditórios despertam.— Não resista. — A voz dele soa sedutora e baixa, quase um comando, enquanto a empurra com firmeza, em direção ao sofá. Seus olhos brilham com um desejo insaciável. — Sei que você também quer isso. — Declara, a voz profunda e provocadora, ocasionando uma reação involuntária em Vivienne, enquanto ele se inclina sobre ela, o calor de seu corpo aumentando a intensidade do momento.— Para com isso. — Murmura, seu coração batendo tão forte que parece querer escapar do pe
Grant observa Dominic se contorcer na cadeira, claramente incomodado. A mão dele desliza com frequência pelo pescoço, como se tentasse aliviar uma tensão persistente, enquanto a expressão em seu rosto revela um desconforto que ele mal consegue disfarçar.— Você bebeu, Dominic? — Grant pergunta, sua expressão endurecendo diante da possibilidade.— Sabe que não seria uma má ideia nesse momento! — Dominic rebate, com um sorriso irônico. Mesmo tentando se esconder atrás do sarcasmo, seu desconforto é notório. — Então, senhor Muller, que tal irmos direto ao ponto? Qual o motivo dessa adorável reunião familiar? — Pergunta, mas sua mente está distante, totalmente imersa em pensamentos sobre Vivienne.— Devido à sua inconstância em permanecer na cidade, a partir de amanhã, você irá treinar Noah para os negócios.— O quê? — Noah e Dominic perguntam simultaneamente, a surpresa estampada em seus rostos. O ambiente logo se enche com uma risada sarcástica de Dominic.— Ah, claro que não! — Dominic
Dominic permanece estático, o lado do rosto queimando como brasa viva. O choque pela audácia dela supera a própria dor física, enquanto sua mente tenta processar o que acabou de acontecer. Sua raiva, momentaneamente esquecida pela surpresa, retorna como uma avalanche avassaladora, fazendo seu sangue ferver nas veias e sua respiração ficar irregular. Em todos seus anos de provocações e conflitos, ninguém, absolutamente ninguém, havia ousado levantar a mão para ele e mais uma vez Vivienne o fez, mais uma vez ela conseguiu quebrar todas as suas barreiras. Ele observa seus dedos tremendo, uma mistura de fúria e frustração correndo por seu corpo, e fecha a mão em punho, desferindo um golpe na porta com tanta força que o som ecoa pelo corredor. O estrondo faz Vivienne se sobressaltar violentamente do lado de dentro, seu coração disparando, enquanto recua alguns passos instintivamente.— Senhorita Bettendorf, seria muito gentil da sua parte abrir essa porta agora! — Dominic pronuncia, cada p
Dominic permanece imóvel, seu maxilar travado com tanta força que chega a doer. A compreensão do que aconteceu, do que seu próprio irmão fez, começa a tomar forma em sua mente como um veneno se espalhando. Suas mãos se fecham em punhos ao lado do corpo, numa tentativa desesperada de manter o controle que ameaça escapar a cada segundo.— O que exatamente. — Dominic começa, cada palavra carregada de uma raiva contida. — Aconteceu quando ele esteve aqui? — Pergunta, dando um passo em direção a ela, seus olhos escurecidos de uma forma que faz Vivienne recuar instintivamente, entrando rapidamente no apartamento.— Acho melh…— Não! — Corta, erguendo a mão num gesto brusco. — Quero cada maldito detalhe. — Exige, suas palavras saindo entre dentes cerrados.— Eu realmente pensei que fosse você. — Vivienne afirma, sua voz tremendo ligeiramente. — O perfume, a maneira de se ex… — Interrompe, percebendo que cada palavra parece apenas aumentar a fúria dele.Dominic se vira bruscamente, socando a
A mão de Dominic traça um caminho lento e torturante pelo rosto de Vivienne até encontrar sua nuca. Seus dedos deslizam entre os fios de cabelo numa carícia proposital que a faz suspirar. Cada reação dela é minuciosamente observada por ele, o tremor sutil em seus lábios, a maneira como sua respiração fica mais pesada, o rubor que tinge suas bochechas. Quando os olhos dela se fecham em rendição, ele sente seu próprio corpo reagir. Seus dedos se entrelaçam possessivamente nos cachos dela, trazendo-a para mais perto enquanto sua outra mão firma-se em sua cintura, sentindo o calor da pele dela mesmo através do tecido. Seus olhos escurecem de desejo ao fixarem-se nos lábios avermelhados e entreabertos dela, tão convidativos que despertam seus desejos mais profundos.— Dominic. — Vivienne suspira o nome dele, num tom quase suplicante, as mãos subindo até a nuca dele num toque que o faz estremecer. Seus dedos delicados se entrelaçam em seus cabelos, arrancando um suspiro profundo de sua garg