Grant observa Dominic se contorcer na cadeira, claramente incomodado. A mão dele desliza com frequência pelo pescoço, como se tentasse aliviar uma tensão persistente, enquanto a expressão em seu rosto revela um desconforto que ele mal consegue disfarçar.— Você bebeu, Dominic? — Grant pergunta, sua expressão endurecendo diante da possibilidade.— Sabe que não seria uma má ideia nesse momento! — Dominic rebate, com um sorriso irônico. Mesmo tentando se esconder atrás do sarcasmo, seu desconforto é notório. — Então, senhor Muller, que tal irmos direto ao ponto? Qual o motivo dessa adorável reunião familiar? — Pergunta, mas sua mente está distante, totalmente imersa em pensamentos sobre Vivienne.— Devido à sua inconstância em permanecer na cidade, a partir de amanhã, você irá treinar Noah para os negócios.— O quê? — Noah e Dominic perguntam simultaneamente, a surpresa estampada em seus rostos. O ambiente logo se enche com uma risada sarcástica de Dominic.— Ah, claro que não! — Dominic
Dominic permanece estático, o lado do rosto queimando como brasa viva. O choque pela audácia dela supera a própria dor física, enquanto sua mente tenta processar o que acabou de acontecer. Sua raiva, momentaneamente esquecida pela surpresa, retorna como uma avalanche avassaladora, fazendo seu sangue ferver nas veias e sua respiração ficar irregular. Em todos seus anos de provocações e conflitos, ninguém, absolutamente ninguém, havia ousado levantar a mão para ele e mais uma vez Vivienne o fez, mais uma vez ela conseguiu quebrar todas as suas barreiras. Ele observa seus dedos tremendo, uma mistura de fúria e frustração correndo por seu corpo, e fecha a mão em punho, desferindo um golpe na porta com tanta força que o som ecoa pelo corredor. O estrondo faz Vivienne se sobressaltar violentamente do lado de dentro, seu coração disparando, enquanto recua alguns passos instintivamente.— Senhorita Bettendorf, seria muito gentil da sua parte abrir essa porta agora! — Dominic pronuncia, cada p
Dominic permanece imóvel, seu maxilar travado com tanta força que chega a doer. A compreensão do que aconteceu, do que seu próprio irmão fez, começa a tomar forma em sua mente como um veneno se espalhando. Suas mãos se fecham em punhos ao lado do corpo, numa tentativa desesperada de manter o controle que ameaça escapar a cada segundo.— O que exatamente. — Dominic começa, cada palavra carregada de uma raiva contida. — Aconteceu quando ele esteve aqui? — Pergunta, dando um passo em direção a ela, seus olhos escurecidos de uma forma que faz Vivienne recuar instintivamente, entrando rapidamente no apartamento.— Acho melh…— Não! — Corta, erguendo a mão num gesto brusco. — Quero cada maldito detalhe. — Exige, suas palavras saindo entre dentes cerrados.— Eu realmente pensei que fosse você. — Vivienne afirma, sua voz tremendo ligeiramente. — O perfume, a maneira de se ex… — Interrompe, percebendo que cada palavra parece apenas aumentar a fúria dele.Dominic se vira bruscamente, socando a
A mão de Dominic traça um caminho lento e torturante pelo rosto de Vivienne até encontrar sua nuca. Seus dedos deslizam entre os fios de cabelo numa carícia proposital que a faz suspirar. Cada reação dela é minuciosamente observada por ele, o tremor sutil em seus lábios, a maneira como sua respiração fica mais pesada, o rubor que tinge suas bochechas. Quando os olhos dela se fecham em rendição, ele sente seu próprio corpo reagir. Seus dedos se entrelaçam possessivamente nos cachos dela, trazendo-a para mais perto enquanto sua outra mão firma-se em sua cintura, sentindo o calor da pele dela mesmo através do tecido. Seus olhos escurecem de desejo ao fixarem-se nos lábios avermelhados e entreabertos dela, tão convidativos que despertam seus desejos mais profundos.— Dominic. — Vivienne suspira o nome dele, num tom quase suplicante, as mãos subindo até a nuca dele num toque que o faz estremecer. Seus dedos delicados se entrelaçam em seus cabelos, arrancando um suspiro profundo de sua garg
Vivienne observa a porta se fechar e o ar que parecia preso escapa pelos seus lábios num suspiro pesado. Suas mãos tremem levemente ao tocarem o rosto quente, um sorriso involuntário surgindo, enquanto a intensidade dos beijos ainda pulsa em sua memória. Cada toque dele parece ter deixado uma marca invisível em sua pele, reativando as lembranças daquela noite compartilhada. Mesmo com o álcool tendo nublado parte de suas recordações, a intensidade dos toques dele permanece vívida, fazendo seu corpo vibrar com um desejo que ela tenta, sem sucesso, ignorar.— Como posso estar tão atraída por ele? — Questiona-se, a incredulidade evidente em sua voz. Há pouco mais de um mês, suspirava pelo Noah como uma adolescente apaixonada, mas agora o simples pensamento do toque dele lhe causa repulsa, talvez pela traição, pela maneira cruel como brincou com seus sentimentos. Enquanto Dominic parece conhecer cada ponto sensível de seu corpo, cada reação, como se tivesse um mapa particular de seus desej
Ao tocar a campainha do apartamento de Joana, o celular de Vivienne vibra em sua bolsa. Com um suspiro resignado, ela o pega, apenas para revirar os olhos ao ver o nome do chefe brilhando na tela. — Boa tarde, senhor Larsen. — Vivienne cumprimenta, com educação ao atender, enquanto adentra o apartamento, cumprimentando Joana discretamente. — Em que posso ser útil?— Senhorita Bettendorf, boa tarde. — Henrik responde, sua voz controlada, apesar do desconforto evidente. — Precisamos discutir uma situação delicada. A senhorita poderia comparecer ao escritório esta tarde?— Com todo respeito, senhor Larsen, creio que podemos resolver isso via telefone. — Responde, acomodando-se no sofá, enquanto Joana se senta ao seu lado, observando-a com curiosidade. — Devo me retratar pelo comportamento inadequado demonstrado anteriormente. — Pronuncia, quase forçando as palavras, enquanto tenta manter a compostura. — A empresa tem interesse em manter sua colaboração conosco.— Agradeço a consideraçã
A porta de entrada explode quando Dominic arremessa Noah contra o chão com uma violência bruta. O impacto é tão devastador que o corpo do irmão gira duas vezes antes de se estabilizar. Noah luta para se erguer, apoiando-se precariamente sobre joelhos e palmas trêmulas, mas Dominic, consumido por uma fúria selvagem, o atinge com um chute feroz em seu abdômen, arrancando-lhe o ar dos pulmões e devolvendo-o ao chão.— Fascinante sua tentativa de ser como eu, Noah! — Dominic dispara, removendo o paletó e jogando-o de qualquer jeito, enquanto se aproxima como um predador. — Acha que é só pegar as partes que te interessam? — Continua, sua voz assumindo um tom cortante, enquanto se inclina, entrelaçando os dedos nos cabelos do irmão para imobilizá-lo. O primeiro soco atinge com precisão, fazendo sangue espirrar dos lábios de Noah, seguido por outro igualmente impiedoso. — Que tal experimentar o peso das minhas responsabilidades? Ou melhor, por que não prova um pouco das minhas frustrações? D
Ao adentrar a sala, Dominic se depara com Charles aguardando-o de pé em frente ao sofá, sua postura imponente emanando uma autoridade como um juiz prestes a proferir sua sentença.— Você precisa de tratamento, jovem. — Charles declara, com seriedade, cada palavra carregada de condescendência. — Esse descontrole é inaceitável.— Vá se foder! — Dominic cospe as palavras, abandonando completamente sua habitual educação. — Certamente, quando for internado, terei o prazer da companhia da sua adorável filha psicótica. — Dispara, satisfeito ao ver o impacto de suas palavras, enquanto segue em direção à saída sem se dignar a esperar uma resposta.Na saída, seu olhar recai sobre o paletó jogado ao chão, uma imagem que simboliza perfeitamente o caos daqueles momentos. Com movimentos deliberadamente controlados, mesmo em meio à fúria que o consome, abaixa-se para recolhê-lo. Caminha até seu carro com passos firmes, apoiando-se na lataria onde se apoia como uma estátua quebrada.— Como odeio essa