Após o longo passeio pelo vinhedo, entre provas de uvas doces e goles de vinhos e champanhe sem álcool, Vivienne e Dominic retornam para casa, ainda trocando sorrisos e olhares cúmplices. O tempo deles, juntos, parece fluir de forma diferente, leve, espontâneo, perfeito.Assim que atravessam a porta, são recebidos por um aroma delicioso que se espalha pelo ambiente, quente e acolhedor. O perfume de ervas frescas, pão recém assado e um toque sutil de vinho na preparação preenchem o ambiente, acolhedor e convidativo. Dominic sorri, puxando Vivienne suavemente pela cintura antes de guiá-la até a mesa já posta.— Parece que chegamos exatamente na hora certa. — Dominic comenta, puxando a cadeira para ela antes de se sentar ao seu lado.— Ou fomos guiados pelo cheiro. — Vivienne brinca, seu olhar brilhando ao notar cada detalhe perfeitamente organizado.Vivienne sorri, sentindo-se cada vez mais parte daquela casa, daquele mundo que, gradualmente, se torna também seu. O lar que ela sempre qu
Na manhã seguinte, Vivienne desce as escadas correndo, o coração disparado de ansiedade e alegria. Antes mesmo da campainha tocar, ela abre a porta com pressa, e assim que seus olhos encontram Joana, é como se o tempo retrocedesse, como se nenhum dia tivesse passado desde a última vez que se viram.— Joana! — Vivienne exclama, a voz trêmula de emoção, e em um segundo, atravessa a porta e a envolve em um abraço apertado.— Graças a Deus, você está viva. — Joana brinca, mas sua voz carrega um misto de alívio e emoção genuína. — Eu estava morrendo de saudades, amiga. — Continua, a voz embargada, sentindo as lágrimas ameaçarem cair.— Eu também, amiga. — Responde, a voz carregada de emoção. — É bom ter você aqui. — Afirma, beijando a bochecha de Joana com carinho, sentindo o coração aquecido pela presença dela.— Olha só para você. — Comenta, segurando o rosto de Vivienne entre as mãos. — Eu queria te bater por sumir desse jeito, mas agora só consigo te esmagar de tanto amor.— Então me e
Na cidade de Luxemburgo, depois de quase três horas de viagem, Dominic caminha pelos corredores de sua empresa, sentindo todos os olhares sobre si. O peso da atenção é sufocante, mas ele ignora. Era estranho estar ali, como se não fizesse mais parte daquele mundo. A sensação de deslocamento se intensifica a cada passo, tornando ainda mais nítido que nunca pertenceu, de fato, àquela cidade e agora, muito menos.Sozinho no elevador, ele encara seu reflexo na porta de aço inoxidável. O rosto é o mesmo, mas tudo dentro dele mudou. A vida tomou um rumo diferente e, de alguma forma, aquilo que antes parecia essencial agora não significa mais nada. Ele lembra do dia em que assumiu a sociedade na empresa, que agora é completamente sua, após comprar a parte do outro sócio. Antes, isso era uma conquista. Agora, é apenas um detalhe.Foi naquela mesma manhã que ele viu Vivienne novamente. Foi naquele momento que tudo mudou. No começo, foi assustador. Ele não sabia como lidar com as mudanças, com
Noah se levanta com um sorriso e envolve o irmão em um abraço firme, tentando transmitir uma confiança que ainda não possui. Mas está decidido a construí-la, passo a passo, por mais tempo que isso leve.— Trouxe um presente. — Dominic declara, com um meio sorriso, estendendo uma pequena caixa na direção do irmão.— Lá vem você com suas gracinhas, Dominic. — Noah responde, soltando uma risada leve ao recordar todas as pegadinhas da adolescência disfarçadas de presentes. — Espero que não seja mais uma daquelas surpresas. — Comenta, pegando a pequena caixa antes de se acomodar novamente em seu lugar.Noah solta a pequena caixa sobre a mesa e a observa por um instante antes de erguer o olhar para Dominic, já sentado à sua frente, esperando sua reação. Sem pressa, ele desfaz o nó do laço e abre a caixa. Assim que vê o que há dentro, seu corpo fica tenso. A surpresa se reflete em sua expressão, mas logo é substituída por uma emoção sutil que ele tenta conter.Dominic sorri, satisfeito, obse
Grant dá um passo para trás, seu olhar alternando entre Noah e Dominic, como se tentasse absorver o que acabou de ouvir. Por um momento, o silêncio domina a sala.Então, uma risada seca e carregada de sarcasmo explode de seus lábios, quebrando a tensão no ambiente. O som reverbera como se ele tivesse acabado de ouvir a maior piada de sua vida.Ele realmente escutou isso direito? Noah ousando demiti-lo? Um moleque que nem sequer sabe cuidar de si, que passou a vida dependendo dos outros, agora tem a audácia de enfrentá-lo dessa forma? Não. Isso não pode ser real.— Não tenho tempo para esse jogo, Noah. — Grant declara, sacudindo a cabeça em descrença, como se simplesmente recusasse a aceitar. — Saia desta cadeira imediatamente.Noah mantém a postura, inabalável. Então, com firmeza, se levanta, apoiando as mãos sobre a mesa e sustentando o olhar do avô.— Senhor Muller, seu desligamento da empresa é definitivo. A partir deste momento, sua posição está encerrada. — Noah reafirma, a voz f
Noah finalmente solta o ar que prendeu durante toda a reunião. Um sorriso surge em seus lábios, quase incrédulo. Ele realmente conseguiu.Por um instante, sente-se quase tolo por se surpreender com isso, mas só ele sabe o verdadeiro peso daquele momento. Pela primeira vez, assumiu o controle. Não foi apenas alguém que segue ordens, mas sim quem decide, quem comanda, quem impõe as regras. E a sensação é gratificante.— Eu disse que você conseguiria. — Dominic afirma, pousando a mão no ombro do irmão, o olhar carregado de orgulho.— Obrigado por estar sempre ao meu lado, Dom. — Noah responde, a gratidão evidente em sua voz.— Inseparáveis para sempre, lembra? — Murmura, relembrando as palavras que gravaram no restaurante da família quando ainda eram crianças.Noah sorri, como se, por um instante, pudesse se agarrar àquelas memórias, ao tempo em que a felicidade era plena, quando seus pais e seu irmão ainda estavam ali, e o mundo não parecia tão vazio.Quando ele e Dominic ainda comparti
Dominic a envolve firmemente em seus braços, como se quisesse fundi-la ao próprio corpo, sentindo o calor reconfortante de sua presença. Seu rosto se perde entre os cachos macios dela, enquanto fecha os olhos e inala profundamente sua fragrância, um aroma que o embriaga, que ele adora, que se tornou seu refúgio após dias longos e exaustivos.— Achei que você não retornaria hoje. — Vivienne Murmura, sua voz suave, quase um suspiro de alívio. Ela se afasta apenas o suficiente ao ouvir os passos da amiga se aproximando, mas seus dedos ainda deslizam pelo braço de Dominic, como se quisessem prolongar o momento só um pouco mais.— Finalmente, minha carona chegou. — Joana comenta, com um leve sorriso, ao atravessar a porta.— Tem certeza de que não prefere ficar? — Vivienne indaga, mantendo um tom atencioso. Já está tarde, e a ideia de deixá-la partir a essa hora a faz hesitar.— Não, amiga. — Responde, prontamente, com um sorriso tranquilo. — Mas agradeço. Se não for nenhum incômodo para o
Os vestidos se tornaram as peças favoritas de Vivienne, a escolha mais prática diante das constantes mudanças em seu corpo. Nenhuma outra roupa parece suficientemente confortável ou elegante agora que sua barriga cresceu tanto. Ainda assim, ela ajeita os tecidos com delicadeza, buscando sentir-se tão bem quanto aparenta.Com o visual finalizado, pega a pequena bolsa e sai do quarto, os passos leves, mas a mente divagando. Por mais que estivesse pronta para o dia, o nervosismo começa a envolvê-la, crescendo a cada passo. Uma inquietação sutil percorre seu corpo, como se a expectativa do que está por vir se misturasse à ansiedade. Vivienne respira fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções, mas a sensação persiste, impossibilitando ignorar o peso daquele momento.— Demorou tanto para esse momento chegar que parece surreal. — Vivienne comenta, a voz carregada de ansiedade e expectativa. O tempo parecia se arrastar, cada dia se alongando como uma eternidade, e agora, diante do que tan