Vivienne permanece sob monitoramento contínuo e avaliação detalhada. O fisioterapeuta respiratório examina cuidadosamente o padrão ventilatório, avaliando a amplitude, regularidade e frequência respiratória, enquanto descarta sinais de fadiga muscular ou insuficiência respiratória iminente. Paralelamente, a doutora Estelle analisa os monitores com atenção, verificando a estabilidade dos sinais vitais, incluindo pressão arterial nos parâmetros ideais e frequência cardíaca compatível com o estado clínico esperado.A avaliação prossegue com um exame detalhado de perfusão periférica. Estelle utiliza técnicas específicas para avaliar a temperatura das extremidades, a coloração da pele e a elasticidade vascular, indicadores essenciais da integridade circulatória. Como parte do protocolo, uma ultrassonografia portátil é realizada nas extremidades inferiores, garantindo que o fluxo sanguíneo esteja adequado e descartando a presença de novos coágulos ou alterações vasculares que comprometam a
Dominic desliza os dedos pelos cachos dela, sem se importar com o fato de estarem mais embaraçados do que o habitual. Um sorriso suave surge em seus lábios, enquanto a observa, completamente encantado. Para ele, não há visão mais bonita no mundo do que a mulher à sua frente.Vivienne, por sua vez, sustenta um leve sorriso. Ela queria tanto conversar com ele, compartilhar tudo o que sentia, mas um desconforto ainda persistia em sua garganta. A rouquidão de sua voz e a fraqueza que sentia eram marcas visíveis dos dias difíceis que havia enfrentado, mas, naquele momento, o simples fato de estarem juntos era suficiente para preencher o silêncio entre eles.— Você está ainda mais encantadora. — Dominic murmura, a voz suave, carregada de emoção contida. Seus olhos percorrem cada traço do rosto dela, como se estivesse contemplando uma obra-prima, algo que ele jamais se cansará de admirar. — Como alguém pode ficar ainda mais bela depois de tudo isso? — Pergunta, inclinando-se devagar, o olhar
A intensidade das palavras de Vivienne é como uma âncora, prendendo Dominic no lugar, impossibilitando-o de se afastar. Ele dá um passo à frente, instintivamente movido pela vontade de ficar ao lado dela, mas a enfermeira o intercepta. Seu olhar firme deixa claro que o tempo de visita acabou e que ele precisa sair, mesmo que tudo dentro dele resista a essa ideia.— Volto logo, minha pequena. — Dominic declara, a voz suave, enquanto um sorriso ligeiro brinca em seus lábios. Ele pisca para ela, um gesto cheio de carinho e promessa, antes de finalmente se virar para sair. Cada passo em direção à porta parece pesar mais que o anterior, sua relutância evidente, mas a certeza de que ela precisava descansar o faz seguir em frente.Assim que Dominic atravessa a porta da sala de espera da UTI, seus olhos encontram a figura de seu avô, que prontamente se levanta ao vê-lo. Antes que qualquer palavra seja dita, Charles o envolve em um abraço firme, como se quisesse aliviar parte do peso que o net
Dominic segura delicadamente o rosto dela entre as mãos, seus dedos deslizando pela bochecha de Vivienne, secando as lágrimas antes que elas possam cair. Seus olhos encontram os dela, carregados de ternura e preocupação. Ele se inclina lentamente, os movimentos suaves e deposita um beijo nos lábios dela.O beijo é calmo, profundo, carregado de sentimentos que ele não consegue traduzir de outra forma. Como se, naquele gesto, ele quisesse transmitir tudo, a segurança, o conforto e a promessa silenciosa de que ele estaria ali, ao lado dela, em cada passo do caminho.— Sabe o que aconteceu? — Dominic inicia, aproximando-se ainda mais, sua testa tocando a dela em um gesto que parecia unir suas almas. Ele se afasta apenas o suficiente para mergulhar nos olhos dela, profundos e brilhantes, como se fossem o centro do universo. — Naquela manhã, quando tudo aconteceu, o céu parou por um instante, porque algo extraordinário estava prestes a acontecer. — Continua, a voz baixa, quase um sussurro, c
Vivienne se inclina, encostando suavemente sua testa na dele, seus dedos deslizando com delicadeza pelo contorno de seu rosto, como se quisesse absorver cada detalhe daquele momento. Lentamente, seus lábios encontram os dele em um beijo tranquilo, cheio de leveza e carinho. Mas, antes que pudessem se perder ainda mais naquela conexão, o som da porta do quarto se abrindo os faz se afastar, deixando um misto de timidez e cumplicidade nos sorrisos que trocam.— Senhora Wade, é maravilhoso vê-la tão bem. — Estelle começa, sua voz calma e segura, carregando uma serenidade que parecia preencher o ambiente. — Quero aproveitar este momento para explicar tudo o que aconteceu e detalhar os cuidados que serão necessários daqui em diante, tanto para você quanto para os bebês. — Acrescenta, com um sorriso tranquilizador que transmite profissionalismo e empatia.Vivienne assente levemente, seus olhos refletindo um desconforto profundo, como se a simples menção ao que havia acontecido trouxesse à to
Vivienne fecha os olhos, deixando-se envolver por aquela realidade que Dominic tão lindamente desenhava com suas palavras, uma visão cheia de carinho e promessas que pareciam acalmar seu coração. Naquele instante, mesmo com as lágrimas ainda deslizando por seu rosto, ela sente uma centelha de esperança surgir, aquecida pela segurança e pela força que encontrava nele, como se juntos pudessem enfrentar qualquer coisa.— Por favor, doutora, continue. — Vivienne orienta, sua voz ainda levemente trêmula, mas firme o suficiente para mostrar que havia encontrado um pouco de equilíbrio. Ela ergue o olhar para Estelle, deixando claro com a intensidade em seus olhos que estava pronta para ouvir o que mais precisava ser dito, mesmo que isso exigisse toda a sua força.— É fundamental que você siga um regime rigoroso de repouso, evitando qualquer esforço físico desnecessário. — Estelle explica, com um tom firme, mas acolhedor. — Por ora, isso inclui evitar relações sexuais, por aumentarem o risco
Vivienne alterna o olhar entre o monitor e Dominic, a perplexidade evidente em seus olhos, enquanto tenta processar o que está acontecendo. O som do coração do terceiro bebê continua ecoando pela sala, preenchendo o silêncio com um ritmo constante e cheio de vida. Sua respiração vacila e suas mãos começam a tremer, enquanto o peso da revelação se instala em seu peito. Vivienne busca respostas no olhar de Dominic, mas o que encontra é algo ainda mais poderoso, a emoção clara em seu rosto e o brilho nos olhos dele, que carrega um sentimento tão profundo que faz seu coração acelerar como nunca.— Eles são a melhor parte de nós, Enne. — Dominic murmura, sua voz suave, mas carregada de uma doçura que parecia envolver todo o momento. Ele segura o rosto dela com delicadeza, os polegares acariciando suavemente sua pele. — E você, pequena, você é o centro de tudo isso. Não consigo imaginar nada mais precioso do que você e esses pequenos que já transformaram a minha vida. Você e nossos filhos s
Após a ultrassonografia, Vivienne retorna para o quarto, com Dominic ao seu lado, como tem sido desde o momento em que ela deixou a UTI. Ele permanece próximo, atento a cada detalhe, oferecendo seu apoio constante, enquanto ela, ainda processando a emoção do exame, sente uma mistura de cansaço e felicidade tomar conta de si. A familiaridade do quarto traz uma sensação de conforto, mas agora o espaço parecia diferente, como se estivesse impregnado pela emoção do que haviam acabado de vivenciar.— Tenho novas sugestões de nomes para os nossos filhos! — Vivienne anuncia, os olhos brilhando de animação, enquanto um sorriso travesso já se forma em seus lábios. — Se forem meninos, pensei em Gaston Tartine, Hugo Quiche e Maurice Fondue. — Declara, observando Dominic arquear uma sobrancelha, fingindo estar incomodado com a proposta, o que só aumenta sua diversão. — E se forem meninas, que tal Élodie Madeleine, Margot Chantilly e Émile Brioche? — Completa, lutando para manter um tom sério, mas