Vivienne sente o calor percorrer em seu rosto, seu corpo imóvel, como se estivesse fora de seu próprio controle, sendo carregada com facilidade por Dominic. Seus olhos, tomados de confusão e raiva, encontram os de Noah, que a encara com um olhar cheio de fúria latente, como se estivesse prestes a explodir.— Eu sabia, você só precisava ser controlada. — Dominic comenta, sua voz baixa e carregada de sarcasmo, o olhar malicioso, claramente satisfeito em provocar.— Como você… — Perfeito, Dominic! Leve essa vagabunda e acabe logo com essa situação, obrigue-a a fazer o que deve ser feito, um aborto! — Noah interrompe, sua voz transbordando de raiva, cada palavra projetada para ferir. O impacto é imediato, Dominic congela no meio do movimento, o corpo tenso como se estivesse prestes a explodir. Antes que Vivienne tenha a chance de reagir, ele a gira bruscamente, seus olhos fixos no irmão, ardendo com uma fúria contida. — Ou você realmente acredita que pode formar uma família com alguém qu
Vivienne observa as mãos de Dominic no volante, notando o leve tremor que percorre seus dedos. Ele abre e fecha as mãos repetidamente, como se estivesse tentando suprimir os tremores que denunciam a tensão ainda presente em seu corpo. Ela balança a cabeça, tentando afastar o impacto do que acabou de acontecer, mas a simples presença dele parece roubar qualquer resposta que pudesse ter.— Para onde você está me levando? — Vivienne finalmente solta a pergunta, a voz cortando o silêncio denso, uma tentativa de recuperar algum controle sobre a situação, ainda que frágil.— Para o... — Dominic começa a responder, a voz firme, mas é abruptamente interrompido pelo som do celular dela tocando.Vivienne fixa o olhar no nome de seu chefe, piscando insistentemente na tela. Ela pressiona as têmporas, sentindo o peso das últimas horas, um caos que parecia ter devorado sua vida. Tudo parecia fora de controle. Por um breve instante, ela considera ignorar a ligação, mas, com um suspiro resignado, des
Vivienne quase não consegue controlar sua respiração entrecortada, seus olhos percorrem cada traço do rosto másculo dele, detendo-se inevitavelmente em seus lábios. As lembranças vívidas do beijo que deu nele, quando ainda trabalhava na Muller Capital Partners, invadem sua mente sem permissão, fazendo seu rosto corar. A mistura da lembrança com a irresistível atração que pulsa entre eles agora é quase insuportável, algo que ela não consegue e talvez nem queira mais conter. Ela se afasta lentamente, seu olhar magneticamente atraído para a mão dele em sua coxa, hipnotizada pela carícia possessiva que ameaça fazer seu último fio de autocontrole se romper.— Devo continuar? — Dominic questiona, puxando-a novamente para perto com uma necessidade selvagem, sua mão deslizando deliberadamente pelas costas dela, mapeando cada curva com dominância, seus dedos se enroscando nos fios de cabelo dela com uma ousadia que arranca um suspiro baixo de seus lábios, enquanto roça sua boca provocantemente
Dominic absorve as palavras de Vivienne como golpes certeiros em seu ego, tentando ignorar inutilmente a provocação que ainda queima em seus ouvidos e em sua pele. Cada palavra que escapou dos lábios dela parece arrancar um pedaço de seu orgulho masculino, dilacerando seu autocontrole tão bem construído ao longo dos anos. A frustração o consome por dentro, enquanto tenta entender como conseguiu perder em seu próprio jogo de sedução. Logo, ele, sempre tão seguro e dominante em suas conquistas, agora se encontra vulnerável e exposto. Uma mulher que recentemente parecia totalmente desinteressante, insignificante até, agora está ali ao seu lado, fazendo-o perder o controle de uma maneira que jamais imaginou ser possível. Seu corpo o trai a cada segundo, respondendo involuntariamente à presença dela, zombando de cada resquício de indiferença que tenta manter.— Fácil? — Dominic sussurra para si, um tom controlado em sua voz, a incredulidade se misturando com uma raiva crescente diante da o
Vivienne encontra o olhar do homem que a analisa minuciosamente, sentindo-se completamente exposta sob aquele exame silencioso. Ela se remexe na poltrona, tentando manter uma compostura que já não existe mais. Naquele momento, sob o olhar do médico, a realidade de toda sua situação finalmente a atinge. As lágrimas que ela pensou ter esgotado na noite anterior voltam sem controle, e um pranto profundo escapa de seus lábios, atraindo imediatamente a atenção de Dominic. Suas mãos tremem ao cobrir o rosto, numa tentativa inútil de esconder o desespero que sente.— Não, isso não pode ser real. — Vivienne murmura, entre soluços, a respiração entrecortada. Sentada na recepção do consultório, ela sente o chão firme sob seus pés, mas tudo ao seu redor parece desabar. A realidade, dura e incontornável, agora estava diante dela.Dominic, visivelmente perturbado com a cena, troca um olhar preocupado com seu tio antes de se aproximar dela com passos hesitantes. Mas antes que possa alcançá-la, Vivi
Vivienne fixa os olhos no médico, desesperada por uma confirmação, como se a revelação de Dominic fosse uma mentira cruel prestes a ser desfeita. Uma risada nervosa escapa de seus lábios, ecoando pelo ambiente como um reflexo involuntário, uma defesa patética contra uma realidade que só parece se tornar mais insuportável. — Sem chances. — Vivienne murmura, sacudindo a cabeça em negação, como se rejeitar a ideia pudesse fazê-la desaparecer. — Três? Eu mal aguento dois de vocês, quem dirá três. — A provocação é ácida, mas a leve hesitação em sua voz trai o medo que começa a se insinuar por trás do sarcasmo.— Não se preocupe com isso, você nunca irá conhecê-lo. — Dominic afirma, cada palavra saindo como veneno de seus lábios, sua postura rígida e os dedos fechados em punho, denunciando o quanto as palavras dela o atingiram. — Agora saia! — Ordena, sua voz autoritária vibrando com uma raiva contida. — Quero conversar com o doutor a sós. — Conclui, seu tom se elevando perigosamente, enqua
Dominic observa Vivienne se afastar, o corpo imóvel, enquanto o peso das palavras dela o esmaga. Seus olhos permanecem nela, seguindo seus passos incertos pela calçada, cada movimento dela vacilante, como se buscasse algo inalcançável na rua. Percebendo os olhares curiosos ao redor, ele finalmente se move. Sai da clínica com determinação silenciosa e, ao alcançá-la, segura seu braço com uma contenção precisa, virando-a suavemente para si.— Me solte. — Vivienne ordena, seu olhar desafiador encontrando o dele, enquanto luta para manter o controle sobre suas emoções. — Nossa conversa terminou. — Afirma, a exaustão emocional transparecendo em sua voz.— Reflita sobre seu comportamento. — Dominic sugere, liberando o braço dela e recuando suas mãos para os bolsos num gesto deliberado. — Sugiro que desça desse pedestal e encare a realidade com mais lucidez. — Continua, sua voz modulada ocultando a intensidade de sua irritação. — São procedimentos médicos necessários, senhorita Bettendorf, e
Desolada, Vivienne se encolhe no sofá, permitindo que as lágrimas deslizem livremente por seu rosto, o desejo de voltar no tempo e consertar toda essa desordem que sua vida se tornou, consumindo-a por dentro. Um toque em seu celular anuncia o recebimento de uma mensagem, suas mãos trêmulas pegam o aparelho caído no sofá e abrem rapidamente a notificação.“Querida filha, sinto muito a sua falta e gostaria que você voltasse para casa. É importante que você reflita sobre o que aconteceu, peça desculpas e retome suas responsabilidades. Lembre-se de que te amo incondicionalmente e estou aqui esperando por você. Volte logo, meu bem.”As palavras de sua mãe brilham na tela do celular, como um farol de esperança em meio ao caos. Cada letra carrega o peso de expectativas não atendidas e sonhos esquecidos. O amor maternal transborda em sua simplicidade, contrastando com a frieza cortante do pai momentos antes. Essa dualidade sempre presente, a mãe tentando construir pontes enquanto o pai ergue m