Aerin, a Elfa da cura

300 anos antes.

Trezentos anos atrás, a cidade de Algatar era tomada por insegurança, medo e desespero. Nesse tempo, o maior inimigo do mundo élfico eram os humanos, impetuosos em busca de poder e riquezas. Nesse período, quando o rei Haldir ainda era apenas um jovem guerreiro, ele contava com a companhia de sua fiel amiga Aerin.

Aerin era uma jovem Elfa prodígio em magia, e uma de suas maiores especialidades era a magia de cura. Ao lado de Haldir, eles formavam uma dupla inabalável, sempre protegendo um ao outro. O que Haldir não sabia era que, para Aerin, ele era mais do que um amigo e companheiro; ele era o homem que ela amava incondicionalmente. Aerin sempre fora apaixonada por Haldir desde a infância, mas nunca teve a chance de expressar seus sentimentos. Quando pensou em fazê-lo, ainda jovens, Haldir a declarou como uma irmã que nunca teve, fazendo-a temer por declarar seu verdadeiro amor.

Aerin, agora adulta, permanecia ao lado de Haldir mesmo após todo esse tempo. Aerin não era uma mulher feia; pelo contrário, seus cabelos claros, quase loiros, e seus olhos azuis a tornavam alvo de muitos homens desde a juventude. Seu físico era invejável para muitas mulheres da vila, e sua proximidade com Haldir aumentava ainda mais a inveja, pois Haldir era um dos homens mais desejados da vila.

Seus pensamentos eram sempre os mesmos sobre Haldir, mas ela não conseguia mais esconder seus desejos. A cada ano que passava, seu olhar mudava a cada encontro com ele. Haldir se tornava mais atraente a ela, com músculos definidos pelo treino, cabelos loiros e olhos esverdeados quase azuis, e agora, ele era mais alto que ela. Tudo nele a atraía, e isso não passava despercebido por muitas pessoas, mesmo por aquelas que não deveriam saber, exceto Haldir.

[...]

O sentimento descoberto.

Certo dia, Aerin estava andando no acampamento de treinamento antes de uma batalha ao lado de Haldir e foi chamada por um de seus companheiros de luta, Gildor. Gildor, um jovem amante das magias negras, assim como Aerin, era um prodígio em magia negra. Ele sempre fora obcecado por Aerin, mas sua obsessão não era por amor, e sim pelo poder que ambos teriam juntos.

— O que deseja, Gildor? - Pergunta Aerin, sem rodeios.

— Aerin, tenho notado que não consegue mais esconder seus sentimentos por Haldir. Por que não diz logo ao príncipe?

Ao ouvir sobre seus sentimentos, Aerin fica em choque, recuando um pouco, percebendo o quão notáveis eram seus sentimentos por Haldir.

— Não sei do que está falando. Pare com besteiras, Gildor. Deveria se preocupar com nossa guerra e não com bobagens.

Assim que termina de falar, ela dá as costas a Gildor e está se retirando do local. No entanto, antes de se afastar, Gildor a surpreende com suas palavras.

— Serão bobagens, Aerin? Que pena, pois eu poderia ajudá-la a conquistar o jovem príncipe.

Ao perceber que Aerin parou de andar ao ouvir o que foi dito, um sorriso se forma no canto dos lábios de Gildor, tendo a certeza de que os sentimentos são verdadeiros. Poucos segundos se passam, e Aerin olha para trás.

Vá se arrumar; iremos partir para a próxima batalha em uma hora.

Aerin apenas finge ignorar o que foi dito e dá a ordem a ele, retirando-se. Mas, em seus pensamentos, as palavras dele ecoam repetidamente.

[...]

Três dias se passaram desde a conversa entre Aerin e Gildor. Tudo o que Aerin pensava era como ele poderia ajudar. Haldir e Gildor treinavam juntos, mas nunca foram próximos.

"Como ele poderá me ajudar? Será que ele falou apenas para confirmar o que queria?"

A única coisa que ela pensava agora era que, para descobrir, ela precisava arriscar. Foi o que fez: marcou um encontro com Gildor próximo ao córrego do acampamento para descobrir quais eram os planos dele.

Enquanto Gildor já esperava por Aerin no córrego, ele bolava seu plano sobre como conquistar Aerin.

Tudo que preciso fazer é fazer Aerin odiar Haldir e fazer com que Haldir a iluda. Afinal, todos sabemos que Haldir já é apaixonado por uma mulher.

Uma risada maléfica escapa ao terminar de pensar "alto", mas logo a risada é cortada ao ouvir passos próximos. Ele se encosta em uma árvore próxima e vê Aerin chegando.

— Chegou cedo.

Comenta Aerin ao ver que ele estava ali antes do combinado.

— Bom, temos pouco tempo, então achei melhor vir logo...

Aerin o olha desconfiada, mas seu desejo de ter Haldir é maior, e ela fará o que for necessário para isso.

— Me diga como irá me ajudar a conquistar Haldir?

— Vamos com calma e por partes. Primeiro, vou ter que me aproximar mais do príncipe e falar de você a ele. Não será difícil, mas claro que tudo tem um preço. Se eu o fizer, você ficará me devendo qualquer favor que um dia eu irei cobrar.

Ao ouvir o que Gildor falava, Aerin pensava bem, pois além de prometer que faria qualquer favor que ele pedisse, sem saber se seria bom ou ruim, isso poderia trazer felicidade ou infelicidade. Mesmo assim, ela aceitou o acordo.

— Está bem. Farei o que deseja quando chegar o momento, desde que Haldir fique comigo.

Ao aceitar o acordo, o sorriso de Gildor era notável, indo de orelha a orelha.

[...]

Haldir e Galadriel

Mesmo rodeado por mulheres, incluindo a mais próxima de todas, Aerin, ele nunca teve olhos para outras garotas, exceto uma: Galadriel. Uma doce garota, que veio de "Anulatara", uma cidade élfica ao norte de Asgard. Ela era uma arqueira excepcional, sua mira era realmente boa, e nunca a viram errar um alvo. O que encantava Haldir era seus cabelos loiros quase brancos de tão claros, seus olhos azuis claros e, claro, seu sorriso que iluminava seu dia. Ela sempre sorria ao cumprimentá-lo, e ele se derretia no mesmo momento, mesmo ficando atrapalhado e muito sem jeito.

Mas o que Haldir não sabia era que seus sentimentos eram recíprocos. No entanto, o que não esperava era o plano de Gildor de "uni-los".

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