Galadriel e a Quebra do encanto
Após ver aquele beijo entre Haldir e Aerin, Galadriel ficou arrasada. Seu coração doía ao lembrar daquela cena.Gildor se deliciava com a breve vitória, mas seus planos ainda não estavam como ele realmente queria. Ele planejava fazer com que Haldir usasse Aerin e a dispensasse após um beijo de amor verdadeiro dado por Galadriel. Então, ele esperou por um mês, mas nada de Galadriel tentar retomar Haldir para si.— Que inferno! Será que terei que dar um empurrão nessa lenta?Resmungava ele em sua casa, percebendo que Galadriel não se moveria ou faria algo para recuperar Haldir. Mas ele não precisaria de muito, apenas dizer a quase toda a verdade, e ela o libertaria.Na manhã seguinte, Gildor avistou Galadriel, e assim foi até ela para conversar e colocar seu plano em prática. No entanto, ao chegar até ela, foi interrompido por Haldir, que entrou em sua frente.— Gildor, venha, precisamos ir; os humanos capturaram Aerin.Disse Haldir desesperado e cheio de feridas pelo corpo, sua roupa levemente rasgada mostrava que haviam lutado.— Como isso, Haldir? Como pode deixar que a levassem?Furioso, Gildor culpava Haldir, pois sem ela, ele não poderia continuar com seus desejos de poder.— Eu e ela estávamos no lago, e eles chegaram de surpresa. Nem eu e muito menos ela estávamos preparados para isso.Se culpando, ele tentava explicar o que acontecia. Galadriel ouvia o que falavam e se aproximou deles, tocou o ombro de Haldir, que logo se virou para ela.— Meu príncipe, permita-me que o ajude a salvá-la.Foi apenas o que Galadriel disse, e com isso, Galadriel, Gildor e Haldir partiram em busca de salvar Aerin.Em minha mente, como imagino a cena descrita acima. Haldir, Galadriel e Gildor.Galadriel era uma elfa experiente em caça, então era fácil achar rastros. Voltaram ao local da batalha, e lá, Galadriel foi em busca de rastros para procurar sua amiga Aerin.Enquanto isso, Haldir e Gildor ficavam de guarda. Gildor especificamente apenas olhava para Haldir com desprezo por tê-la deixado ser levada.— Achei, eles estão a três horas a leste. Precisamos alcançá-los antes de chegarem à sua fortaleza.Quando Galadriel achou os rastros, Gildor e Haldir subiram em seus cavalos e saíram cavalgando rapidamente, logo atrás, Galadriel.Eles percorreram o território de Asgard, até a fronteira, entrando no território humano. No caminho, havia vários sinais da guerra que acontecia naquele tempo.Muitas valas abertas e restos de corpos espalhados nelas, tanto de elfos quanto de humanos.Em meio ao caminho, Galadriel desceu de seu cavalo e tentava ver mais rastros dos raptores, mas o que mostrava não era bom.— Parem!Gritou Galadriel, ao notar mudança de caminho dos raptores.— O que foi? Eles chegaram à fortaleza?Gildor perguntava antes mesmo de Galadriel terminar de falar.— Eles mudaram o caminho, indo em direção a "Alghaba tou tenebris" (Floresta Escura).Quando Galadriel falou da Floresta, eles esperavam o pior. Assim, apenas voltaram a cavalgar rapidamente em direção à floresta.[...]Aerin na Floresta Escura— Me soltem, seus bárbaros.Se debatia toda presa com cordas ao redor do corpo em uma árvore da floresta.— Fique quieta.Falou um dos homens que a prendia, no total eram três homens trajando armaduras de ferro. Não se podia ver bem o corpo e muito menos o rosto devido à armadura que escondia boa parte.Aerin ficava presa àquela árvore, olhando para eles e pensando em um jeito de sair dali, mas estava ferida; um corte profundo na cintura não a permitia fazer qualquer encanto, muito menos se curar naquele momento.Mas isso não era nada comparado ao que iria acontecer com Aerin. Devido à luta dela com os homens, sua roupa estava um tanto rasgada, mostrando mais do que deveria de seu belo corpo.E isso foi notado por um dos homens. Entre os humanos, sempre se falava das belezas dos elfos, sejam eles homens ou mulheres, mas muitos não os cobiçavam, pois muitos os odiavam devido à guerra que tudo que queriam eram mortes.Mas sempre existem aqueles que pensam e desejam fazer o mal. E isso foi feito com Aerin. Como a Floresta Escura era longe, seus amigos não chegariam antes do anoitecer.o outro homem foi ate Aerin. Colocou um pano sobre seus lábios para assim evitar quaisquer gritos ou grunhidos.Ele jogou a Elfa ao chão ao soltar ela e rasgou suas vestes, ele naquele momento estava desprovido de sua armadura assim podendo ver seu rosto, um homem de cabelos negros e olhos negros, seu físico era de um homen forte. E então ele abusou sexualmente de Aerin, de forma brutal.Aerin se contorcia e tentava se livrar dele, mas a cada força q fazia mais sangue perdia e fraca ficava. Ela ouvia a respiração ofegante dele em seu pescoço e um sussurro que ele disse antes de finalizar aquele ato brutal.— Se você sair viva daqui espero que jamais esqueça isso, e jamais me esqueça. Mas isso se você sair viva.E quando terminou ele gargalhou enquanto a deixava jogada ao chão, o rosto de Aerin estava cheio de lágrimas que escorriam sem parar, seu corpo violado de tal forma era uma desonra para ela.Sua perca de sangue a fez desmaiar logo em seguida.[...]O resgate de Aerin.Haldir, Galadriel e Gildor passaram a noite cavalgando em busca de Aerin, e quase ao amanhecer em um de seus descansos Galadriel achou os rastros deles novamente, eles estavam parados, e assim Galadriel e seus companheiros partiram em direção a Aerin.Quando estavam próximo a eles viram Aerin deitada ao chão coberta por sangue e suas roupas rasgadas.Os homens que a raptaram estavam dormindo, mas apenas dois deles o terceiro não estava ali.Gildor e Haldir se aproximaram dos homens que dormiam e, silenciosamente, cortaram suas gargantas. Galadriel correu até Aerin e notava que ela tinha um corte profundo em sua cintura.— Aerin, acorde.Chamou Galadriel, tentando acordá-la, mas estava muito fraca. Então, Galadriel colocou a mão sobre o ferimento e recitou um encanto de cura. Ela não era especialista, mas sabia que poderia curar o suficiente até chegarem ao acampamento.Galadriel sempre andava com uma erva especial para cura, conhecida como Thymus."O Theós tou 'ishfuu iilah"(Deuses da floresta, cure este ser que lhe serve)Assim, Galadriel parou o sangramento e fechou o ferimento de Aerin.Gildor olhava para Aerin e notava o quanto ela estava machucada. Logo, seu olhar se direcionava a Haldir.— Isso é culpa sua!Haldir não o retrucava, pois já se culpava. Assim, ele foi até Aerin, a pegou nos braços e saiu daquele lugar, indo para um local mais tranquilo. Pois com ela neste estado, não poderiam voltar.Galadriel apenas acompanhava eles, levando seu cavalo e o de Haldir em direção a um lago dentro da Floresta.Haldir colocou Aerin deitada ao lado dele enquanto se sentava para ficar cuidando dela. Ele tocava seus cabelos, acariciando-os lentamente.— Me perdoe por deixarem que te raptassem.Galadriel via a cena e se sentava mais afastada, enquanto olhava para eles juntos. Logo, Gildor olhava para ambos e suspirava.— Vamos fazer uma fogueira. Me ajuda, Galadriel?Sugeriu ele, enquanto olhava para Haldir e Aerin.[...]Na Floresta, em busca de madeiras para fogueira, Galadriel e Gildor caminhavam lado a lado.— Você o ama?— Do que está falando, Gildor?— Dos seus sentimentos. Desde que viu Haldir junto dela, ficou bem visível seu incômodo com tal relacionamento.Galadriel ficou em silêncio por um breve momento.— Ele a ama. A questão é que ele está sob um encanto de amor que Aerin fez.— O quê?Surpresa pelo que Gildor a revelava, chegando a deixar os poucos gravetos que tinha sobre os braços.— Para quebrar o encanto, apenas o beijo daquela que ele ama de verdade. Ou seja, você.— Como você sabe disso?— Ela pediu ajuda para fazer, mas não sabia para quem era.— Entendo.Galadriel pegava os galhos que caíram e assim voltava para onde estavam Haldir e Aerin.Galadriel começou a arrumar a fogueira e vez ou outra olhava Haldir ao lado de Aerin.Assim que a fogueira foi preparada e acendida, Galadriel foi até Haldir, o chamando para conversar em um lugar privado. Ele se negou inicialmente, mas ela falou que era para deixar Aerin descansar, então ele foi.Um pouco afastados do acampamento improvisado, Galadriel e Haldir se encontraram.— Haldir, você ama mesmo Aerin?— Que pergunta é essa, Galadriel?Galadriel espirou fundo enquanto se aproximava de Haldir, e assim ela puxou ele até ela, onde ela roubou um beijo do homem que ela amava. Inicialmente, Haldir tentou rejeitar, mas logo ele abraçou Galadriel, e assim se beijaram. quebrando o encanto que uma vez foi colocado em Haldir, quando o encanto foi quebrado Aerin estava recém recuperada e ao longe avistou o beijo de Galadriel e Haldir.Após o incidente com Aerin, Gildor ficou muito irritado pela falta de proteção que ela tinha ao lado de Haldir. Então, apenas fez com que Galadriel quebrasse o feitiço. Mas o inesperado aconteceu. Após o beijo de Galadriel e Haldir, o príncipe se recusou a deixar Aerin naquele momento. Galadriel ficou furiosa, pois tinha dito a verdade a ele. — Galadriel, entenda, eu sei que o que aconteceu com Aerin foi errado, mas não posso abandoná-la neste momento. Haldir sentia amor por Aerin, mas era um amor entre irmãos. — Eu amo você, Galadriel, e espero que entenda. Peço apenas que espere. Galadriel entendia por um lado, mas não suportava isso. Então, apenas pegou seu cavalo e partiu para o acampamento. Haldir entendia que ela estava magoada, mas mesmo assim fez o que achava certo. Voltando para Aerin, Haldir foi surpreendido com o desaparecimento dela e de Gildor. Ele os procurou por toda parte, percorreu boa parte da Floresta Escura, mas nada deles nem rastros. Uma culpa enorme nasc
Já se passou uma semana desde a partida de Cirdan e seus homens em busca de informações sobre o paradeiro de Aerin e Gildor. Haldir estava preocupado porque Aerin ajudou Gildor depois de tudo. Há 300 anos, ela estava ao seu lado, e hoje virou uma de suas seguidoras, achando que ela apenas tinha partido ou, pior, morrido após aquele incidente com os humanos. Elbereth via seu pai cada vez mais distante em pensamentos, notando que estava preocupado com algo. Então, como uma boa filha, ela se aproximou de seu pai e o abraçou carinhosamente. — Está tudo bem, papai? Perguntou a doce menina de cabelos loiros platinados, enquanto o encarava com seus olhos azuis. Haldir não resistiu à doçura de sua filha e a abraçou de volta, pegando-a em seu colo e dando um sorriso enorme. — Está sim, meu bem. Só estou preocupado que logo você irá partir para a escola e eu quase não verei mais você. A pequena sorria ao ouvir que ele se pr
A noite passou rapidamente; Haldir não conseguiu nem mesmo dormir pensando em seu encontro com Aerin. Tudo o que ele pensava era se ela o odiava e se o perdoaria. Então, amanheceu: uma noite em claro e mais longas horas de espera até o encontro com ela. —Não estou nervoso, apenas agitado. Faz anos que não vejo minha amiga, será que posso a chamá-la assim? Haldir andava de um lado para o outro enquanto falava sozinho em seus aposentos, pensando em como seria o encontro, ansioso pelo mesmo. Para que o tempo passasse rapidamente, resolveu trabalhar durante a manhã cuidando de alguns assuntos do reino. Já pelo início da tarde, ele resolveu dar uma volta no jardim com Elbereth. — Está ansiosa para ir à escola, querida? — Sim, mas pai, eu queria pedir uma coisa. — O que quiser, meu doce. O que deseja? Elbereth sorria enquanto se sentava em um banco no centro do jardim, batendo com sua pequena mão sobre ele, ch
O encontro de Aerin e Haldir não foi como esperado pelo rei, mas também acabou descobrindo coisas que não sabia sobre a morte estranha de sua amada. Porém, isso o deixou ainda mais abalado; o pior de tudo era que o reino pelo qual ele lutou pela paz para proteger a filha e o seu futuro estavam comprometidos. Mas o que mais preocupava agora era Gildor e Aerin conseguirem seguidores e acabarem tentando tomar o reino novamente. O maior desejo de Gildor era tomar o trono para enfim ganhar mais poder como ele sempre quis. Com toda essa preocupação, Haldir decide mandar Elbereth para a escola mais cedo, e como precaução, deixando seu irmão de criação como responsável de sua filha caso algo aconteça a ele em meio a esse futuro caos. Mas o mais difícil para ele naquele momento seria se despedir de sua filha, o que doía muito para ele, pois nesses anos todos nunca ficou um dia sequer longe dela. — Papai, eu não quero ir já para a escola, ainda faltam muitos mese
Com a rejeição do rei Edward Mildford, Gildor se vê obrigado a fazer as coisas às escondidas, marcando reuniões com seus mais fiéis seguidores. Trezentos anos podem ter passado, e ele com certeza estudou mais artes negras para poder tomar o que dizia ser seu por direito. Em uma de suas reuniões secretas, que nem mesmo Aerin sabia, Gildor faz uma revelação. — Meus caros amigos, humanos e elfos renegados, marquei esta reunião hoje porque tenho algo para falar a vocês. Eu, Gildor, decidi usar as runas malignas.Os humanos não sabiam o que seriam as runas, mas os elfos presentes sim, e um deles se levantou perplexo. — Gildor, isso é loucura; você, melhor que ninguém, sabe que as runas malignas podem encurtar a vida ou, pior, levar à morte.Gildor olhou para o elfo ali; ele apenas deu um sorriso. — Qual é o seu nome, meu garoto?O elfo de pele morena, olhos amarelados e cabelos prateados ouvia Gildor, ele manteve seu olhar direcionado ao homem que admirava, mas ao mesmo tempo temia. —
Tauriel agora começaria uma nova vida em Anulatara, junto com seu tio Aolis. Enquanto Tauriel estava conhecendo a escola Muruen, ao lado da diretora Habundia, Aolis decidiu morar próximo à escola, onde havia uma pequena mansão que o rei Haldir comprou para seu meio-irmão, a fim de mantê-lo sempre próximo de sua filha Elbereth, agora conhecida como Tauriel. O plano é Tauriel morar na escola durante as aulas e, nas férias, passar na mansão junto de seu tio. Os preparativos para a mudança estavam todos em andamento, empregados estavam sendo contratados por Aolis para ter uma melhor gestão de seu novo lar. Passaram-se duas semanas desde que Aolis e Tauriel se mudaram para Anulatara. Todos os empregados necessários já foram contratados, e agora as pequenas terras estavam sendo cuidadas. A fim de agradar sua sobrinha, Aolis resolveu levá-la para conhecer a nova cidade.Aolis, então, foi até a escola Muruen para buscar Tauriel, que estava caminhando pela escola, ainda bem vazia devido à fal
Uma semana se passou desde que Aolis partiu de Anulatara. Tauriel ficou bastante chateada com a partida repentina de seu tio, e ele nem mesmo veio se despedir dela, o que a deixou ainda mais triste. Faltava ainda uma semana para as aulas começarem, e a escola de Muruen já estava começando a ter mais alunos além dela.Seu quarto no dormitório já estava bem arrumado, pelo menos o seu lado. Como sua colega de quarto ainda não chegou, ela apenas ajeitou sua parte e deixou como queria. O único problema era o seu guarda-roupa, que não coube nem metade de suas roupas, o que a fez enviar o restante para sua casa, onde morava com o tio.Ao finalmente terminar sua pequena arrumação, Tauriel foi fazer uma caminhada pelos terrenos da escola. Ao chegar no pátio, encontrou algumas garotas já andando pelo local. Queria se aproximar para criar amizades, mas ela não sabia como, afinal, sempre foi uma princesa e todos iam até ela só por aparecer em qualquer lugar. Agora, ela era apenas u
O dia estava clareando, e Tauriel já estava de pé. Lumi, por outro lado, ainda estava dormindo, toda largada na cama, o que era um tanto cômico, já que estava de cabeça para baixo à beira da cama. Era evidente que qualquer movimento poderia fazê-la cair no chão.Tauriel estava na janela, observando o nascer do sol. Sua visão alcançava a cidade de Anulatara e uma parte do pátio da escola. Quando seus olhos desceram para o pátio, lá estava aquela senhora e a criança conversando com a diretora.- Não se preocupe, Maeris. Vamos cuidar bem do pequeno Elrian. Tenho certeza de que ele se adaptará bem à escola.Comentou Habundia, que sorria enquanto conversava com a senhora elfa. No entanto, a criança parecia aflita, agarrando-se à barra da saia da senhora, o que fez com que ela olhasse para a criança e sorrisse de forma gentil.- Pequeno Elrian, não fique com medo. Eu sei o que seus pais lhe contaram sobre elfos e humanos, mas você precisa ficar nes