‒ Isso não poderia ser esquizofrenia, padre? - dissimulou Benedito.‒ A possessão demoníaca, também chamada de opressão demoní-aca, influência demoníaca e, no popular, encosto, é, de acordo com oteísmo, principalmente na religião cristã, o estado de um indivíduo emque se acredita estar em posse de demônios ou outra entidade malé-fica. É uma crença bastante comum em várias religiões e seitas, desdecrenças tribais de natureza primitiva a várias igrejas cristãs modernas.Possessões demoníacas ou caso psiquiátrico? Em meu ponto de vistamuitos se dão conta da possessão depois de verem, foi o caso do doutor.Para outros conhecidos como céticos, agnósticos e ateus, possessõesdemoníacas não p
‒ Alguém poderia me explicar de uma forma melhor? - perguntouBenedito.‒ Os sintomas de uma possessão e de uma esquizofrenia são difí-ceis reconhecê-los, hoje posso confirmar convicto. Em alguns casos ossintomas da possessão podem levar a pensar em uma doença psíquica,por isso podem ser confundidos. Uma pessoa com esquizofrenia sejade uma família totalmente religiosa como a de vocês, seja submetida aum exorcismo, é claramente possível que ela usará da profanação paraextravagar e demonstrar seus sintomas de agressividade e irritabilidade.Já a possessão diabólica é adquirida por causas não naturais. - concluiuo medico.Doutor Maia, continuou a explicação:‒ A meta principal &eacut
mistério nas mãos de Thaís, a história só aumentava, até a chegada dopadre Israel. A primeira coisa que ele fez, quando chegou na cidade foiir diretamente para casa da menina, assim que a viu disse que ela foitocada pelo Diabo, pedindo urgentemente permissão aos pais para quefosse levada a um convento localizado na capital do Rio de Janeiro.Roseli, sem acreditar na pessoa que via, perguntou:‒ Thaís, é você?‒ Sou eu sim, dona Roseli.‒ Thaís, por que fez essa pergunta a Benedito? – perguntou Rosália.‒ Responda a pergunta da sua esposa, senhor Benedito.‒ Eu não sei do que você fala, Thaís.‒ Vejo somente perversidade em seu coração. O mal é um ser espiritual vivo e com vida própria, pervertido e pervertendo, tecendo o seucaminho pela fábrica da vida.
‒ Diga seu nome legião – retrucou novamente a garota.‒ Garota, você já torrou minha paciência hoje.‒ Diga agora o seu nome, criatura das trevas! – rebateu Thaís.‒ Não vou te dizer o meu nome. Farei melhor, vou mostrar quemeu sou.Uma escuridão caiu sobre toda a casa deixando alguns preocupados.Raios caíam ao chão fazendo buracos. Foi nesse momento de distraçãoque o homem pegou na garganta da garota e começou a enforcá-la, demodo que todos ouvissem seus gemidos.‒ Solte a garota, Benedito! Lute! Este não é você. – disse Rosália.‒ Spiritus Dei ferebatur super aquas, et inspiravit in facien hominisspiraculus vitae. Sit Michael dux meus, et Sabtabiel servus meus in luce etper lucem. Fait verbum halitus meus; et imperabo spiritus a
Nascido em Resende, no Rio de Janeiro, Romano Júnior, filho de Romano da Silva, Eletricista Predial, e de Maria Aparecida, dona de casa dedicada, procurava sempre estar presente nas atividades de ambos para aprender. Seu pai, torcedor roxo do Vasco da Gama; ele, apaixonado pelo Flamengo.Começou a trabalhar cedo, deixou que a vida se tornasse sua professora e, mesmo com a correria dos estudos e do trabalho, sempre arrumava um tempo para escrever e se apaixonou pelo mundo das letras. Hoje, como eterno aprendiz, quer continuar aprimorando seus conhecimentos, acoplando com suas experiências para prosseguir, concretizando o sonho de se aprofundar no âmbito da grafia, de corpo e alma e fazer sua autorrealização surgir nas entrelinhas, com satisfação, tornando o ato de ler um prazer.
Copyright © Romano Júnior, 2018 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Romano JúniorR759d A descoberta / Romano Júnior. – São Paulo 2017.ISBN: 978-85-94133-40-31. Literatura brasileira. 2. Drama. 3. Trama. I. Título. Viver é voar.Voar é sonhar.Sonhar é construir.Construir é familiarizar.Familiarizar é amar.Amar é compreender.Compreender é saber.Saber é repassar.Repassar é sempre aprender.Aprender é sempre se educar.Educar é se valorizar.Valorizar é pensar.Pensar é viajar.Viajar é se liberta
Na pequena cidade de Resende, interior do Rio de Janeiro, co nhecido por seus canaviais e plantações de café, centenas depessoas trabalhavam arduamente, muitos contavam com a ajuda dospequenos filhos. Várias dessas crianças estavam no trabalho dos paispara ajudá-los e, uma grande maioria para se divertir, subir em árvores,brincar dos famosos piques da época radiando felicidades. As criançasnão tinham conhecimento do que hoje chamamos de televisão, somente de um pequeno rádio a pilha, aquele pequeno rádio era a alegriade muitas famílias. Dizem que os bons tempos não voltam mais, e amesma água não passa debaixo da mesma ponte duas vezes... Como erabom colher frutas fresquinhas, tirar leite da vaca, correr por um imensomundo verde, onde só sabíamos o i
Ao entrar nessa casa, senhor Benedito sentiu uma sensa-ção de incômodo e ficou arrepiado. Tinha plena certeza que alguém oobservava. Repentinamente, levou um empurrão que o jogou ao chão.Levantou-se rápido, tentando achar o autor da brincadeira de mau gosto.Olhou para os quatro cantos da casa e nada viu. Comentou:‒ Quem foi o engraçadinho que me empurrou? Apareça e vamoslutar como homens.Ao terminar de dizer a frase, levou uma rasteira que novamente ojogou no chão, formado por terra fofa. Não via ninguém, nem identificava pegadas pela terra. Ao tentar se levantar, sentiu como se alguémestivesse sentando em seu peito e, só conseguia mexer as pernas. Sentiuuma mão em sua garganta que o sufocava e, em seguida, vários socos.Tantos que senhor Benedito não aguentou e desmaiou.&
‒ Vamos, Benedito, vamos sair daqui. - pede Rosália, puxando oesposo pelos braços.Sem acreditar no que estava acontecendo, o casal parte para a casa.O que fazer? Como pagar as dívidas? Como sustentar as crianças?Como sobreviver? Essas perguntas não foram ouvidas, mas podiam serapreendidas no olhar do humilde casal. Os quilômetros ficaram maislongos, não se ouvia nenhuma palavra, apenas o som que a carroça e oscavalos faziam. Por algum tempo, o casal permaneceu de boca fechada,até que Benedito quebrou o silêncio.‒ Deve estar me odiando, Rosália.‒ Quando nos casamos, jurei estar contigo, na alegria, na tristeza,na saúde e na doença, até que a morte nos separe.‒ Ainda me ama?‒ Não estamos no melhor momento para falar de amor, Benedito.‒ Sei que este não é o moment