‒ O cavalo não tem nenhum problema. O senhor quer dar a ele umcuidado especial?‒ Preciso mesmo repetir?‒ Não é preciso, deseja mais alguma coisa, senhor Benedito?‒ Desejo duas coisas.‒ E o que são?‒ A primeira é um cavalo saudável, mais de raça inferior ao meu.Pagarei no ato.‒ Severino vai providenciar um para o senhor. E, a segunda?‒ Meu santo não bateu com o do Severino. Quero que o mandeembora imediatamente.‒ Mandar o Severino embora? Ele está aqui há anos...Benedito jogou um valor na mesa do fazendeiro e disse:‒ Há mais desempregados do que empregados no mercado, de ondesaiu este há muitos outros. Ou você fica com seu empregado, que rendemuito pouco no campo de trabalho, ou o manda embora e passa a terum pé de dinheiro comigo. A escolha é sua.‒ Sabe qu
‒ Um bolinho, dois bolinhos, três bolinhos.Assustada, Juliana correu para o quarto do irmão mais velho e encontrou o garoto em estado de choque. Objetos voavam pelo quarto.Juliana, ficou sem palavras e soltou um grito tão forte que os pais eos convidados que estavam presentes ouviram. Todos foram correndopara dentro da casa, tentando descobrir de onde vinha o grito. Passaram pelo quarto de Júnior e levaram um imenso susto: o garoto dormiae flutuava sobre a cama. Enquanto alguns convidados tenham ficadopara presenciar aquela cena, outros foram procurar a autora do grito.Chegando ao quarto onde ela estava, ficaram sem acreditar no queviam: os objetos voando, alguns batendo na janela e outros como seestivessem sendo jogados por alguém. Sem entender o que estava acontecendo, Rosália entrou em desespero.‒ O que está acontecendo, Benedito?‒ Eu tamb&eac
‒ Meus Deus do céu, padre, como meus filhos, crianças tão boas,foram ficar possuídas?‒ Se acalme, a senhora está muito nervosa. Pode ter sido atravésde algum brinquedo, um amigo imaginário, um jogo, existem váriaspossibilidades.‒ Então, isso está sujeito a acontecer com qualquer um de nós?‒ Para aqueles que crêem em Deus e têm fé no seu poder, acreditoque eles são os mais testados.‒ Por qual motivo, padre?‒ Ele ataca fortes e fracos, como o caso de um membro de umgrupo da Irmandade Cristã. Este homem começou a se comportar estranhamente como líder do grupo. Ele era agressivo e muitas vezesdemonstrava raiva sem motivo aparente. À medida que os meses forampassando, ele finalmente admitiu que sentia o “Diabo” dentro dele.Então o vig&aacu
‒ Isso não poderia ser esquizofrenia, padre? - dissimulou Benedito.‒ A possessão demoníaca, também chamada de opressão demoní-aca, influência demoníaca e, no popular, encosto, é, de acordo com oteísmo, principalmente na religião cristã, o estado de um indivíduo emque se acredita estar em posse de demônios ou outra entidade malé-fica. É uma crença bastante comum em várias religiões e seitas, desdecrenças tribais de natureza primitiva a várias igrejas cristãs modernas.Possessões demoníacas ou caso psiquiátrico? Em meu ponto de vistamuitos se dão conta da possessão depois de verem, foi o caso do doutor.Para outros conhecidos como céticos, agnósticos e ateus, possessõesdemoníacas não p
‒ Alguém poderia me explicar de uma forma melhor? - perguntouBenedito.‒ Os sintomas de uma possessão e de uma esquizofrenia são difí-ceis reconhecê-los, hoje posso confirmar convicto. Em alguns casos ossintomas da possessão podem levar a pensar em uma doença psíquica,por isso podem ser confundidos. Uma pessoa com esquizofrenia sejade uma família totalmente religiosa como a de vocês, seja submetida aum exorcismo, é claramente possível que ela usará da profanação paraextravagar e demonstrar seus sintomas de agressividade e irritabilidade.Já a possessão diabólica é adquirida por causas não naturais. - concluiuo medico.Doutor Maia, continuou a explicação:‒ A meta principal &eacut
mistério nas mãos de Thaís, a história só aumentava, até a chegada dopadre Israel. A primeira coisa que ele fez, quando chegou na cidade foiir diretamente para casa da menina, assim que a viu disse que ela foitocada pelo Diabo, pedindo urgentemente permissão aos pais para quefosse levada a um convento localizado na capital do Rio de Janeiro.Roseli, sem acreditar na pessoa que via, perguntou:‒ Thaís, é você?‒ Sou eu sim, dona Roseli.‒ Thaís, por que fez essa pergunta a Benedito? – perguntou Rosália.‒ Responda a pergunta da sua esposa, senhor Benedito.‒ Eu não sei do que você fala, Thaís.‒ Vejo somente perversidade em seu coração. O mal é um ser espiritual vivo e com vida própria, pervertido e pervertendo, tecendo o seucaminho pela fábrica da vida.
‒ Diga seu nome legião – retrucou novamente a garota.‒ Garota, você já torrou minha paciência hoje.‒ Diga agora o seu nome, criatura das trevas! – rebateu Thaís.‒ Não vou te dizer o meu nome. Farei melhor, vou mostrar quemeu sou.Uma escuridão caiu sobre toda a casa deixando alguns preocupados.Raios caíam ao chão fazendo buracos. Foi nesse momento de distraçãoque o homem pegou na garganta da garota e começou a enforcá-la, demodo que todos ouvissem seus gemidos.‒ Solte a garota, Benedito! Lute! Este não é você. – disse Rosália.‒ Spiritus Dei ferebatur super aquas, et inspiravit in facien hominisspiraculus vitae. Sit Michael dux meus, et Sabtabiel servus meus in luce etper lucem. Fait verbum halitus meus; et imperabo spiritus a
Nascido em Resende, no Rio de Janeiro, Romano Júnior, filho de Romano da Silva, Eletricista Predial, e de Maria Aparecida, dona de casa dedicada, procurava sempre estar presente nas atividades de ambos para aprender. Seu pai, torcedor roxo do Vasco da Gama; ele, apaixonado pelo Flamengo.Começou a trabalhar cedo, deixou que a vida se tornasse sua professora e, mesmo com a correria dos estudos e do trabalho, sempre arrumava um tempo para escrever e se apaixonou pelo mundo das letras. Hoje, como eterno aprendiz, quer continuar aprimorando seus conhecimentos, acoplando com suas experiências para prosseguir, concretizando o sonho de se aprofundar no âmbito da grafia, de corpo e alma e fazer sua autorrealização surgir nas entrelinhas, com satisfação, tornando o ato de ler um prazer.
Copyright © Romano Júnior, 2018 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Romano JúniorR759d A descoberta / Romano Júnior. – São Paulo 2017.ISBN: 978-85-94133-40-31. Literatura brasileira. 2. Drama. 3. Trama. I. Título. Viver é voar.Voar é sonhar.Sonhar é construir.Construir é familiarizar.Familiarizar é amar.Amar é compreender.Compreender é saber.Saber é repassar.Repassar é sempre aprender.Aprender é sempre se educar.Educar é se valorizar.Valorizar é pensar.Pensar é viajar.Viajar é se liberta