- Nós não fizemos nada, Magnus... E você sabe disso.
- Mas você me viu quando deitou na cama... Eu ouvi você chamando por mim...
- Mas eu achava que poderia ser um sonho... E que você pudesse não estar ali.
- Então você sonha comigo? – ele perguntou sorrindo.
- Seu bobo... Você sabe do que estou falando. Eu quero a resposta da minha pergunta.
- A resposta é sim... Eu dormi algumas vezes com Vitória. E não... Eu não gosto dela.
- De quem partiu a iniciativa?
- Dela.
- Por que acha que eu acreditaria em você?
Ele olhou nos meus olhos e disse:
- Eu sei que você acredita em mim... Assim como eu acredito em você, Katrina.
Eu tirei minha mão da dele e disse:
- Magnus... Eu não quero sofrer. Não mais do que já sofro. Minha vida não é fácil... Nu
Depois de dez dias, Dom liberou Magnus para ir para casa. Neste tempo eu só consegui ir vê-lo uma vez. Então não conseguimos conversar sobre mais nada. Num dos dias, mesmo sem Magnus, recebemos a ilustre visita de Vitória, tentando tirar de Dereck o lugar onde seu noivo estava. Eu acredito que Magnus tenha ligado para ela da casa de Dom. A rainha Anne era inteligente, mas pareceu engolir a história também.Naquela manhã, quando cheguei ao escritório dos príncipes, Magnus já estava lá, lindo, radiante e perfeito, como sempre.- Alteza... – eu cumprimentei curvando-me quando o vi sentado em seu lugar.- Não precisa fazer isso, senhorita Lee... Dispenso.- Acho que não precisamos mais destas formalidades quando estivermos sozinhos, Kat. – disse Dereck. – Concordo com Magnus.Eu iria responder quando Sofia chegou, curvando-se aos prí
Eu não sabia se velava o corpo do meu pai ou ia até a Zona K tentar saber o que estava acontecendo com Kevin e o motivo de ele estar preso. Eu sabia que Kevin não se preocuparia com a morte de meu pai. Não tinha certeza se ele quereria ir ao enterro... Mas eu precisava encontrá-lo e ajudá-lo. Ele era meu irmão.Olhei para Dereck:- Alteza, será que eu posso usar seu carro novamente? – perguntei. – Não querendo abusar da sua generosidade.- Para onde você vai, Kat? Zona K? – perguntou Kim.- Sim.- Eu vou com você. – disse Dereck.- Não... Você não vai. – falou Kim seriamente. – Não posso deixar você fazer isso.Os dois se olharam e pareciam que se entendiam daquela forma. Acho que eu não sabia exatamente tudo que estava se passando entre os dois.- Eu fico com Laura Lee. –
Fiquei alternando em um tempo de pé, outro sentada ao lado de minha mãe, que não derramou uma lágrima sequer. Perguntei-me por que eu queria que ela chorasse? Todos ali sabiam que ela não sentia muito a perda do marido. Adolfo Lee fora um bom pai na minha opinião, mas ele havia sido alcoólatra no passado e um jogador viciado. Tinha perdido dinheiro e tudo que tínhamos e chegou ao fundo do poço quando perdeu a última coisa que tinha: a casa. Minha mãe sempre teve que cuidar dos filhos, da casa e arrumar um jeito de fazermos levar a vida sem ficarmos traumatizados com tudo que passamos e a escassez de recursos financeiros que tivemos. Por fim, descobri que ela havia sido traída da pior forma possível: meu pai teve um relacionamento fora do casamento com a esposa de seu melhor amigo, neste caso, a perversa rainha de Noriah, Anne Marie Chevalier. Eu senti nojo ao pensar no meu pai tendo rela&ccedi
Magnus e Dereck voltaram para o castelo. Um carro da realeza nos levou de volta para casa. Quando desci do carro, vi Dom parado em frente à nossa casa. Leon correu até ele quando o viu, abraçando-o:- Doutor... Você veio me visitar?- Pelo visto muitas pessoas se preocupavam com seu pai. – observou minha mãe enquanto se dirigia à porta da nossa casa.- Senhora Lee... Eu soube do que aconteceu. – disse ele. – Vim dizer que lamento muito o que aconteceu. E me colocar a disposição, caso precisem de algo. – ele me olhou.Laura Lee colocou a mão sobre o ombro dele e abriu a porta, dizendo:- Não lamente, doutor. Venha... Entre conosco e vamos tomar um café.Dom entrou conosco. Minha mãe foi providenciar um café e Leon ficou falando sem parar, contando a ele sobre várias coisas, até finalizar a sua história contand
Tudo ia bem naquela manhã no escritório real. Eu e Sofia estávamos com quase toda a organização da festa pronta. Lana Davis havia ficado com a parte de publicidade. A rainha fazia questão que a imprensa do mundo inteiro estivesse presente no castelo naquela noite. Entre uma palavra e outra, eu e Magnus flertávamos todos os dias, embora não nos tocássemos.- Está chegando o grande dia. – disse Dereck. – Mulheres bonitas e mascaradas... Por todos os lados. As bebidas mais caras...- E o noivado mais badalado dos últimos tempos. – observei olhando para Magnus.Mas antes que ele pudesse responder, Vitória adentrou na sala, com sua presença forte e marcante, envolvida num vestido curtíssimo da moda.- Bom dia a todos. – disse ela indo diretamente à mesa de Magnus, dando-lhe um longo beijo.Eu poderia dizer que aquilo nã
Eu não acordei na manhã seguinte, pois sequer dormi. Magnus deixou meu quarto quando o dia já estava amanhecendo. E eu tinha esperanças, do fundo do meu coração, de que fosse assim todas as noites. Tomei o café da manhã e fui para o escritório dos príncipes. Fui a primeira a chegar.Não demorou muito para Dereck e Sofia chegarem. Magnus chegou por último, deixando um pequeno bilhete na minha mesa, que guardei para abrir depois. Não queríamos levantar suspeitas, embora eu tivesse quase certeza de que Dereck sabia tudo que se passava sempre.Eu não havia preservado minha virgindade por nenhum motivo especial e sim porque não havia surgido nenhum homem que me merecesse até então. É claro que eu planejava amá-lo, mas não necessariamente tinha que ser assim. Inicialmente, quando conheci Dom, eu imaginei que ele fosse a pessoa que
- Como saímos daqui? – perguntei.- Não precisamos sair se você não quiser. – ele deu de ombros.- Onde estamos?- No meu quarto.Só então fui prestar atenção no enorme quarto em que estávamos.- Por que não fomos até a cama então? – perguntei.- Não daria tempo de chegar até lá. – ele brincou, ainda me olhando cheio de desejo. – Mas podemos usar agora se você quiser.- Não... Precisamos voltar. – eu disse firme.- Por que saiu de lá daquele jeito?- Achei... Que você ficaria bravo.Magnus me pegou nos braços e me colocou gentilmente sobre a sua cama. Deitou ao meu lado e me olhou nos olhos, dizendo:- Por que achou que eu poderia ficar bravo com você?- Pelo que eu fiz na frente de Vitória.- Você me deu
Impulsiva, sim. Louca, não. Eu não colocaria fogo no castelo na hora da festa. Pelo menos não usando um fósforo ou isqueiro. Mas eu não garantia que meu corpo não entrasse em combustão e explodisse num desejo ardente pelo príncipe de Noriah, impedindo o noivado real. Magnus era meu e eu lutaria por ele. Aquela decisão já estava tomada. Nem que para isso... Eu tivesse que trancar Vitória Grimaldo e sua insolência e arrogância no calabouço.Segundo a rainha, usar suas roupas diárias. Peguei um uniforme limpo e um sapato novo. Borrifei um perfume que eu amava e respirei fundo, preparada para enfrentar o noivado real e o aniversário de Magnus. Eu me sentia bem de alguma forma, pois à noite era no meu quarto que ele estava, implorando por meu corpo e me fazendo delirar de amor. De alguma forma o meu fetiche por tatuagem havia tomado conta dele também. Ele pas