Caminhando pelas ruas escuras da cidade, eu me esforçava para manter minha mente focada. A adrenalina daquele encontro rápido com os assassinos ainda pulsava em minhas veias. Cada passo que eu dava parecia ecoar o eco das minhas ações.O ar estava frio e úmido, o clima parecia ecoar minha própria turbulência interior. Enquanto eu seguia em direção ao esconderijo, pensava sobre o que tinha acabado de acontecer. Era um lembrete cruel de que a organização estava em todo lugar, sempre à espreita.Finalmente, cheguei ao esconderijo. A sensação de segurança ao entrar no local era quase reconfortante. No entanto, sabia que logo teria que enfrentar as consequências de minhas ações.Ao entrar na sala, meus olhos se encontraram com os olhares curiosos e preocupados dos outros. O clima estava carregado de tensão e silêncio."E então, o que aconteceu lá fora?" Ezra finalmente quebrou o silêncio, sua voz calma, mas cheia de curiosidade.Eu respirei fundo, minha mente retornando ao encontro com os
Enquanto a poeira da batalha se dissipava, sentimos a urgência de encontrarmos um novo refúgio. A presença dos membros da organização havia exposto nosso esconderijo anterior, tornando-o perigoso e vulnerável. O momento pedia ação rápida e decisiva, então todos nós nos unimos para organizar nossas coisas e partir.Enquanto arrumávamos nossas mochilas e equipamentos, vi Maurício se aproximando de mim, seu rosto carregando uma expressão de conflito. Seu olhar se encontrou com o meu, e pude sentir as emoções tumultuadas que o atormentavam. "Ohana, posso falar com você?", ele perguntou, sua voz carregada de sentimentos entrelaçados.Minha mente girou por um momento, e eu não sabia como responder. Tantas palavras não ditas pairavam entre nós, verdades que tinham emergido e um abismo que parecia ter se formado. Decidi ser franca, mesmo que minhas palavras soassem duras."Não estou pronta para isso, Maurício", respondi, meu tom não permitindo espaço para interpretação.Ele permaneceu ali, s
Enquanto o carro avançava pela estrada, a sensação de urgência e incerteza permeava o ar. Eu segurava firme o volante, cada pensamento concentrado em nossa segurança imediata. Maurício estava ao meu lado, olhando pela janela enquanto o vento soprava seus cabelos."Você quer que eu dirija um pouco?", ele perguntou de repente, sua voz tranquila.Olhei para ele por um momento, considerando sua oferta. Embora a tensão estivesse claramente visível em seu rosto, algo em sua voz me fez pensar que talvez houvesse algo mais por trás de sua pergunta."Estou bem, obrigada", respondi, minha voz suave, mas firme.Ele assentiu e voltou sua atenção para a estrada à frente. O silêncio caiu entre nós, mas era um silêncio carregado de palavras não ditas e emoções conflitantes.Depois de alguns minutos, quando a estrada se estendia à nossa frente, eu finalmente encontrei a coragem para trazer à tona uma pergunta que estava me atormentando."Maurício", comecei, minha voz um pouco vacilante. "Você e Rogér
A luz do sol filtrava pelas cortinas do quarto, trazendo uma sensação de satisfação, já que fazia dias que dormimos tão bem. Cibele estava dormindo ao meu lado, uma imagem tão tranquila que não pude deixar de sorrir.Após fazer minhas higienes matinais, sai em busca de um pouco de café para despertar totalmente. Distraída em meus pensamentos, acabei esbarrando em uma mulher que parecia estar procurando encrenca desde cedo. Abri a boca para me desculpar, mas antes que pudesse dizer algo, ela atacou.“Tá com olho no cu?” Sua agressividade me pegou de surpresa, mas antes que eu pudesse responder, ela continuou com suas palavras ofensivas. “Desculpa o caralho, tá achando que é quem?”Meu sangue ferveu com sua atitude, mas respirei fundo, me controlando. "Se eu fosse você, não testaria minha paciência, pois ela é curta." Minhas palavras saíram mais duras do que eu pretendia, mas não estava disposta a deixar que ela me provocasse.Ela continuou com seus insultos, acendendo meu lado mais som
Marco FariasDesde criança, sempre desejei o lugar do meu irmão. Sempre vivendo à sombra dele, como se eu fosse apenas uma extensão de si. Mas eu era mais do que isso, e quando finalmente consegui emboscar o meu querido irmão, vê-lo cair em minha armadilha, senti um prazer mórbido que inundou minha alma. Seu olhar de surpresa e choque antes de sua vida ser ceifada foi uma visão que guardei com carinho.Assumi o controle da organização, e por um breve momento, senti-me no topo do mundo. Saboreei o poder que ele tanto prezava, provei a doçura da vitória que me escapara por tanto tempo. E quando soube que meu sobrinho, aquele covarde, não tinha interesse em tomar a frente da organização, senti-me aliviado. Talvez ele soubesse que não teria chance contra mim.No entanto, minha alegria durou pouco. A irmã de Maurício, Luciana, mostrou uma ambição que eu não esperava. Ela estava disposta a assumir a liderança, e isso era inaceitável. Luciana era obstinada, determinada e inteligente. Eu sabi
Mauricio Velásquez Meu coração estava acelerado, as veias pulsando com adrenalina. Diante de mim estava meu tio Marco, aquele que havia tomado a vida de meu pai e minha irmã, aquele que sempre esteve à espreita nas sombras, esperando o momento certo para atacar. Agora, esse momento havia chegado, e a batalha entre nós era inevitável.Encaramo-nos por um breve instante, nossos olhos faiscando com desdém e hostilidade mútuos. A raiva que sentia por ele, a necessidade de vingar os que ele havia tirado de mim, eram um fogo ardente que me impulsionava para a frente.Sem mais palavras, partimos para o ataque. Cada golpe que desferíamos era carregado com anos de rancor, cada movimento era calculado para ferir, para prejudicar. Eu não me importava com o que aconteceria comigo, apenas queria que Marco pagasse por seus crimes.Nossos punhos se encontravam em um confronto furioso, um eco de nosso ódio mútuo. Marco era habilidoso, tinha anos de experiência em combate, mas eu estava determinado a
(15 dias depois)O hospital era um cenário de desolação, nossas esperanças e energias esgotadas pelo curso cruel dos acontecimentos. Cibele e Rômulo choravam silenciosamente, compartilhando uma tristeza profunda e mútua. Ezra parecia absorto em seus pensamentos, enquanto eu permanecia em um canto, olhando para o vazio, perdido em minha própria tormenta.Rogério se aproximou, sentando-se ao meu lado. "Você precisa comer", ele disse com um tom de preocupação genuína.Neguei com a cabeça, sem interesse em qualquer tipo de alimento. Minha mente estava aprisionada nas memórias e nas palavras que nunca pude compartilhar com Ohana. Tudo parecia distante e irreal, como se eu estivesse navegando por um pesadelo que não tinha fim.Ele suspirou, parecendo entender minha dor. "Eu fiz o que pediu. A Cris está em segurança, assim como a senhora Maria. Mas, Mauricio, precisamos falar sobre o que acontecerá agora. Você é o único que pode assumir o controle da organização da sua família."Minha respos
Ohana DuarteA escuridão me envolvia como um manto, um lugar onde o tempo parecia ter perdido seu significado. A voz da realidade era apenas um sussurro distante, e eu estava presa em um estado entre a vida e a morte. Havia uma sensação de paz nesse lugar sombrio, mas também uma sensação de vazio, como se algo estivesse faltando.Não sabia a quanto tempo estava naquele estado, vagava por um espaço intangível, perdida em um mundo de sonhos. Mas algo estava diferente agora. Uma presença calorosa e familiar parecia se aproximar, um chamado suave que me fazia querer sair da escuridão e explorar o que estava além.E então, como se uma névoa tivesse se dissipado, encontrei-me em um lugar completamente diferente. Era como um jardim suspenso, onde as flores floresciam em cores vivas e os raios de sol banhavam tudo em uma luz dourada. Eu estava andando por entre as pétalas macias e o aroma doce, uma sensação de serenidade me envolvendo.Uma risada suave me fez virar, e lá estava ele, de pé sob