༺ Louren Smith ༻ Eu estava destruída. Não consigo aceitar que todos os meus esforços foram em vão para ter a minha mãe ao meu lado, mesmo à base de medicamentos. Nem consigo evitar derramar mais lágrimas porque não faço ideia do que farei da minha vida daqui para frente sem ela. Respiro fundo, pego um lenço de papel e limpo meu rosto. Devo estar horrível, mas quem se importa com a aparência com tudo que está acontecendo? Assim que me retiro da sala em que estava, sigo diretamente para o corredor onde Luan se encontra. Quando dobro a próxima ala, lá está ele, sentado e pensativo. Eu sabia como ele estava se sentindo, pois essa dor me quebrava da mesma maneira. Aproximei-me mais dele e comentei, fazendo com que ele me encarasse. — Eu nem vou perguntar como você está, porque sei que você está da mesma maneira que eu, destruído… Ele então se levantou e não disse nada, apenas me abraçou, e acabamos nos consolando, porque só nós dois sabíamos a dor que estávamos sentindo naquele momento.
༺ Carlos Eduardo ༻ Semanas se passaram e não havia notícias de Louren. Eu ainda não liguei para ela, pois estava respeitando o seu luto. Imagino o quanto deve ser difícil passar por tudo isso, mas confesso que sinto saudades dela. Não sei se é pela falta de sexo ou simplesmente pela sua companhia. Respirei fundo e comecei a assinar alguns papéis importantes. Após terminar as últimas assinaturas, deixo tudo organizado para Vera vir buscar depois. Ultimamente, tenho me ocupado com os serviços da minha empresa e é melhor manter a cabeça ocupada em alguma coisa para não enlouquecer de vez. De repente, meu telefone tocou; era Vera me avisando que eu tinha uma visita. Perguntei de quem se tratava, mas ela disse que a pessoa queria me fazer uma surpresa. Perguntei se era a Bianca e ela afirmou que não, então decidi atender a pessoa. Nem fazia ideia de quem poderia ser. Só esperava que não fosse ninguém inconveniente, pois não estou a fim de ver ninguém assim que a porta abre e levanto o ro
༺ Louren Smith ༻ Continuei observando Carlos Eduardo furiosa. Eu não acredito que ele teve coragem de dizer isso assim tão descaradamente, e o pior não foi apenas o fato de ter dito, mas perceber que a secretária também ouviu tudo. Talvez ela não esperasse por isso; Vera parecia muito constrangida por escutá-lo falar daquela forma. E como se não bastasse, ele parecia se divertir com a situação. Se ele soubesse o quanto é embaraçoso as pessoas saberem disso… Eu realmente deixei de ser virgem, mas não me comporto como uma mulher vulgar. Respirei fundo e o observei novamente, séria e comentei: — Não fique rindo disso, porque não é bonito. Você deveria ter vergonha na sua cara! Acha que gosto que fique expondo minha intimidade para as pessoas? — Desculpe-me, não consigo evitar, é mais forte do que eu. Jamais imaginei que a Vera entraria pela porta e ouviria isso assim, mas não deixa de ser verdade. — apenas revirei os olhos, observando com descrença. Realmente, ele era ridículo, achand
༺ Carlos Eduardo ༻Fazer aquela loucura com Louren foi excitante e muito prazeroso, apesar dela relutar um pouco, com medo de ser flagrada. Mas quando comecei a excitá-la, ela não resistiu. Assim que finalmente terminei de abotoar minha camisa e coloquei o casaco do meu paletó, observei-a calmamente enquanto me sentava na minha cadeira. Ela estava retocando sua maquiagem.Ao terminar de dar seus últimos retoques e guardar o espelho, arrumou sua bolsa e se virou para mim, comentando:— Preciso ir. Ainda tenho umas coisas para resolver na rua! Qualquer coisa, você pode me ligar.— Nossa, eu não vou ganhar nem um beijo de despedida? Que fria! — Louren me observou de maneira debochada e respondeu.— Às vezes, eu não entendo você, juro! Qual foi a parte que você deixou escrita: que não pode haver sentimentos?— Louren, não se trata de sentimentos, mas como minha sugar baby, eu espero que você seja mais carinhosa comigo, poxa! — ela passou a mão no rosto e suspirou fundo. E respondi:— Não
༺ Louren Smith ༻Assim que saí da sala de Carlos Eduardo, respirei fundo para reunir minha coragem e encarar os funcionários, que me observavam com expressões curiosas. Aquele homem era verdadeiramente um sem-vergonha, não hesitando em conduzir tais safadezas na própria empresa.O único alívio que eu tinha era saber que sua sala era à prova de som. Tentei me recompor da melhor maneira possível para que ninguém notasse nada. Ao me aproximar do corredor, avistei Vera. Meu Deus, me sentia tão constrangida desde que ela ouviu aquela nossa conversa na sala dele. Ela me cumprimentou com um sorriso como se tivesse esquecido o ocorrido:— Olá, senhorita Louren? Já está de saída? Pensei que ficaria mais um tempo na companhia do seu Carlos Eduardo.— Eu só vim conversar com ele sobre alguns assuntos pessoais. Fazia dias que não o via desde que minha mãe faleceu. — ao revelar isso, notei que ela estava bastante surpresa e respondeu, com um toque de tristeza.— Nossa! Sinto muito por sua perda. E
༺ Carlos Eduardo ༻Estava terminando de assinar alguns documentos quando alguém entrou bruscamente pela porta. Levei um susto ao ver que era Bianca novamente, com Vera tentando impedi-la de entrar.— Por favor, Srta. Bianca, não torne as coisas mais difíceis, principalmente para o meu trabalho. Meu chefe já disse que não quer vê-la.— Ah, cala a boca, sua secretária estúpida! Eu preciso falar com ele, saia... — continuei olhando tudo seriamente.— Senhor, me desculpe, mas essa mulher não escuta. Eu não sei mais o que fazer. Espere um momento que vou chamar a segurança.— Pode deixar, Vera. Vou resolver isso de uma vez por todas e avise a equipe de segurança que eu não quero vê-la novamente aqui. Saia.Minha secretária concordou com minhas palavras, enquanto eu continuava observando seriamente Bianca. Essa mulher não cansava de ser ridícula com sua insistência em minha pessoa. Já havia perdido toda a dignidade que possuía, se humilhando dessa forma.— Então, o que você quer? Será que n
༺ Louren Smith༻Humilhada, era assim que eu me sentia. Já não suportava ser tratada como uma verdadeira vagabunda por esse homem. Meu Deus, eu fiz várias coisas apenas porque precisava de dinheiro, no entanto, isso sempre era motivo para que ele achasse que eu era interesseira.Eu jamais esperava esse tipo de atitude dele, mas também não me surpreendi. Não sei se o que Carlos Eduardo estava sentindo era ciúmes ou seu ego ferido por saber que eu conversava com uma pessoa que era seu inimigo. Levei a mão à boca, tentando abafar os soluços que começavam a surgir junto com as lágrimas.Eu não me sentia bem com tudo o que estava acontecendo, principalmente por saber que agora estou mais sozinha do que nunca. Tenho meu irmão, mas mesmo assim ainda sinto muita falta da minha mãe, e nada preenche esse vazio. Andei algumas quadras, então vi uma igreja e decidi ir até lá. Quando entrei, me sentei em um dos bancos da igreja, bem perto do altar, olhando a cruz à minha frente, onde estava Jesus cr
༺ Carlos Eduardo ༻ Dias depois... Fazia uma semana e meia desde que tudo aconteceu. Louren não me procurava, e acredito que estava completamente magoada com minhas atitudes. No entanto, eu não ligava para isso; só queria que ela cumprisse o contrato. Não era a primeira vez que brigávamos devido ao ciúmes. Naquele dia, tenho certeza de que estava enciumado e não conseguia controlar isso. Tentei ligar para ela novamente, mas só caía na caixa postal. Ela estava me forçando a ir atrás dela em seu apartamento. Não gosto de agir como um cavalo arrogante, mas ultimamente ela tem me tirado do sério. Vera fez uma ligação e me disse que tinha um homem querendo falar comigo. Pedi que o deixasse entrar e logo percebi que se tratava de um advogado. Cumprimentei-o, apertei sua mão e perguntei curiosamente: — Olá, Dr. Augusto. O senhor pode me dizer o motivo da sua presença? — Como vai, seu Carlos Eduardo? Estou aqui representando a minha cliente, Louren Smith. Ela pediu a quebra do contrato que