A água estava e o meu amor também, aliás ele estava quentinho! Todo fogoso! — Você é a mulher mais linda e gostosa que eu já vi nessa vida!— ele disse, afastando os cabelos molhados do meu rosto. Eu virei de costas para que a esponja deslizasse por elas. Alex era o rei das esponjas! Eu ria pensando nisso. — Se o médico me proibisse de fazer amor, o que você faria, Alex?— eu saí com essa, nada a ver! Ele parou de deslizar a esponja e ficou curioso. — Ele falou isso? — Não, claro que não, mas se isso acontecer, você vai procurar prazer fora de casa, digo, com outra mulher? Ele riu malicioso e encostou os lábios no meu pescoço. — Eu nunca faria isso, meu amor, nem se você me mandasse! Eu me virei nervosa. — Mas foi isso que fez quando pensou que Cecília estava tão doente a esse ponto! Ele virou o rosto evitando me olhar. — Ela se mudou para esse quarto, dois anos antes de falecer. Eu fiquei boquiaberta. — O quê? Dormiu com ela aqui, neste quarto? Por que Gi
Alguns dias passaram e a ideia do quarto embaixo parecia cada vez melhor. Às vezes as crianças invadiam o meu quarto, depois do jantar, enquanto eu estava indisposta, mas era sempre uma farra quando estávamos todos reunidos. Alex gostava da brincadeira. Antônio e Sophia davam muita risadas! O casamento da minha mãe estava próximo e isso deixava o Filippo cada vez mais triste, era perceptível. Ele ficava sempre quieto, vendo o Alex brincar com as crianças. Um certo dia, depois que eles se recolheram, o Alex comentou: — Você também está achando o seu irmão muito quieto? — Ele anda triste, Alex! — Por que? — Você sabe! Sei que não gosta de tocar nesse assunto, eu até respeito a sua posição, mas eu sei que você sabe! Ele ficou calado e pensativo. — Quer falar sobre isso abertamente? Está mais do que na hora!— ele disse, depois de suspirando longamente. Eu andava nervosa pelo quarto. — Melhor não, eu não quero correr o risco de me in
Eu tive que aguentar o Alex a noite toda passando a mão na minha barriga. Os bebês ficaram agitados e mexeram muito. No dia seguinte, nem eu e nem eles conseguiram levantar cedo! Eu acordei com a voz de Lina, a criada sisuda, mas que agora parecia tão gentil. — Vamos levantar, senhora! Precisa alimentar esses dois! O pai está todo bobo! Todos já sabem que eles mexeram a noite toda e que não deixaram a mãe dormir direito! — Oi Lina!— eu bocejei, me espreguiçando. A mulher colocou a bandeja de café na cama e cruzou os braços sorrindo. — Essa casa vai ficar cheia com dois foguetinhos soltos por aqui! Eu sorri imaginando todos loucos de preocupação. — Vamos precisar reforçar o exército para cuidar desses dois!— eu disse sorridente. — Sente-se bem, senhora?— ela indagou preocupada. — Sim, tenho que trabalhar numa causa, amanhã tem audiências! Nesse dia, eu me preparei para a causa que falava de homofobia. Era muito importante para m
O plano da minha mãe era perfeito. No começo, eu não entendia muito bem, eu só tinha dezoito anos e ainda era virgem! Diante da situação de falência em que estávamos, com a morte do infeliz do marido dela, casar com o juiz Alex Andradas ainda parecia a melhor solução, mesmo ele sendo mais velho e viúvo! Eu me entregaria e engravidaria. Ele se sentiria na obrigação de reparar o erro, embora sob ameaça. Só tinha um problema para mim, foi amor à primeira vista! Vamos voltar um pouco lá trás para contar essa história? *** Ele chegou cheirando a sedução e trazia consigo a soberba dos Andradas, a família que me comprou. Sim, ele literalmente me comprou. Um dia eu era uma patricinha e no outro, a babá da filha daquele viúvo frio e incrivelmente sedutor! Minhas pernas fraquejaram e o meu coração disparou no momento em que ele entrou por aquela sala de estar da mansão dos Andradas. Ele veio marchando e parou na minha frente. — Boa tarde, doutor! — Minha voz saiu num fio. — Se
No dia seguinte, eu acordei com um par de olhos castanhos claros, quase verdes, me olhando curiosos. Eu pulei da cama, caí sentada no chão e ela se assustou. — Quem é você?— a pergunta foi automática. Eu olhei para a menina que mais parecia uma boneca com tranças douradas e um vestido rosa de saia rodada. — Você é a babá?— ela indagou se aproximando curiosa. Eu senti um medo terrível. Será que eu daria conta de cuidar daquela princesinha? Ela era tão pequena, como um cristal delicado que parecia se quebrar facilmente. — Meu nome é Cristal!— a menina falou, me olhando como se eu fosse um bichinho estranho. Eu suspirei e tentei descobrir a sua idade. A menina era toda mocinha e devia ter seus cinco ou seis anos. — Você quer brincar?— ela quis saber. Eu sorri achando graça. — Se eu quero brincar?— Eu não acreditei. Me levantei sorrindo, ajeitando a enorme camisola que Giorgia me emprestou. Neste momento, a porta se abriu bruscamente e uma voz grave ecoou.
Alex saiu para trabalhar e eu me ajeitei na cozinha. Estava faminta. — Não Bella, isso não é serviço seu!— era Giorgia que me repreendia. De repente, Cristal ficou paralisada e os seus olhinhos lacrimejaram. Giorgia cobriu a boca com as mãos. — Meu Deus, onde achou essa roupa?— ela quis saber. Eu olhei para o vestido confortável, estampado em amarelo e branco e sorri. — Ah, eu achei no armário, lá no quarto em que eu… Giorgia me interrompeu e pôs-se a me arrastar para fora da cozinha. — Deixe ela assim, Gi! Giorgia paralisou ao ouvir o tom autoritário da menina. Eu sorri inocente, mas Giorgia estava aflita. — O seu pai não vai aprovar essa ideia! — Ela está linda! Parece a minha mãe!— Cristal disse, se aproximando e segurando a minha mão. Eu me deixei levar de volta à mesa de serviço, onde antes comia um lanche. Cristal debruçou-se na mesa, me olhando com admiração. — Você caiu do céu?— ela indagou tão séria que eu fiquei paralisada, segurando o me
Eu não era tão inocente assim como Alex pensava, eu só era virgem. Muito virgem, nunca tinha antes beijado na boca. Minha mãe era muito rígida e me maltratava muito. Às vezes eu a compreendia. O meu pai a abandonou grávida e a mãe dela a obrigou a se prostituir. Eu ficava com a minha avó e via ela chegar todos os dias bêbada. Eu sabia que ela não dormiu em casa. Depois que a minha avó faleceu, minha mãe arrumou um marido rapidamente. Um homem rico que nos levou para morar numa mansão, logo que voltamos do enterro. Ele batia nela e a chamava de vadia. Eu era pequena e demorei para enteder que o meu patrasto havia tirado ela da prostituição. Eu chorava muito sem poder defendê-la. Depois eu fui crescendo e toda a raiva que ela sentia dele, descontava em mim. Eu ouvia sempre o mesmo sermão: — Tudo é culpa sua, garota! Se eu não tivesse você, eu cabia em qualquer lugar. Eu comecei a ser agredida logo que entrei na adolescência. Ela dizia que eu me insinuava para o marido dela.
Mais um dia se passou e eu avancei no terreno do inimigo. Era assim que eu me sentia, numa guerra. Eu me recolhi novamente antes do juiz chegar. Primeiro porque eu usava as roupas da falecida e para que ele não se incomodasse com a minha presença e me mandasse embora. — Ela ainda está aí?— Alex indagou, enquanto se servia durante o jantar. — Sim senhor!— Giorgia respondeu com as mãos para trás e o semblante fechado. — Não me importa se não gosta da minha decisão!— Alex disse seco. Giorgia não estendeu o assunto e se calou. Alex saiu da mesa e foi direto para o bar que ficava num canto da sala de estar. Giorgia o acompanhou com o olhar e o reprovou meneando a cabeça. Depois de algumas doses de whisky, Alex olhou para o alto da escada, onde ficava o seu quarto, e suspirou impaciente . — Preciso vê-la, tocá-la! Ele seguiu pelo corredor na direção do meu quarto e parou indeciso. Eu estava olhando para a porta como se o esperasse. Estava usando outra camisola. Agora