Alex segurava a minha mão, enquanto os médicos examinavam as imagens. — E aí?— um perguntou para o outro. Ele parecia apreensivo. — Os bebês estão bem. Quando eu ouvi isso, respirei aliviada e olhei para o Alex, ele estava emocionado. Os médicos continuaram conversando entre si. — Está vendo aqui? Eles estão preservados e o útero também! Pode ser uma infecção urinária. — Quando ela falou que teve um sangramento, eu fiquei preocupado. — Sim, é preocupante, mas pode ser que ela esteja precisando de um pouco de repouso nesse momento. Os gémeos estão crescendo muito rápido! Eles pareciam estar sozinhos ali, estudando a minha situação. — Vou pedir o exame de urina e internar a paciente, tem outros exames necessários, assim acompanhamos a evolução do quadro de saúde dela. O radiologista concordou, assentindo, e o médico ginecologista saiu da sala. Só então, o que ficou, se dirigiu para mim e para o Alex. — Senhora, quando se sentir mui
Eu tentei amenizar: — Vamos falar de coisas boas, meu sogro! O senhor vai se mudar no fim de semana, exatamente em que a minha mãe se casa. Dona Esther estava descendo as escadas nesse momento. Alex só esperou ela se sentar. — Dona Esther, temos que falar seriamente. Minha mãe ficou surpresa, eu diria que ela ficou assustada. — Pode falar, Alex. — É sobre o Filippo. Até eu fiquei surpresa. Minha mãe logo se entregou, já foi falando sem pensar: — O que tem o meu filho? É sobre o namoro deles? Eu nunca apoiei, Alex! Sempre falei que se você soubesse, ia sobrar pra mim! Alex riu, jogando os cabelos para trás. — Fique tranquila, dona Esther, já estou sabendo disso, e já faz algum tempo! Ela ficou sem entender, então ele explicou: — Eu quero que deixe o garoto aqui. — Deixar o Filippo aqui? — Exatamente. Ele está conosco há muito tempo e já se acostumou com a rotina da casa. Aqui ele tem o seu quarto, tem motorista à disposição
Eu quis lhe animar. — Você é pai da Cristal sim, e ninguém pode dizer o contrário, nem mesmo esse exame! Nós fomos juntos, logo depois do café. Fomos buscar o resultado na clínica, mas só soubemos, na volta ao carro. O Theo estava ao volante, curioso. Eu abri, porque o Alex não teve coragem. Ele estava certo, deu negativo. Ele não se conteve e foi às lágrimas. Ele dizia se sentir vazio e perdido. — Como ela não é minha filha, Bella? Me diga, como ela não é a minha filha? Théo, que olhava pelo retrovisor, se emocionou. Não havia muito o que fazer, só nos restava chamar Maximiliano para fazer o exame, mas isso seria assunto para depois. Deixamos o Alex no fórum. — Fica calmo amor, à noite falamos com a Cristal. De qualquer forma, ela está estudando — Eu tentando acalmá-lo. Ele assentiu resignado e se foi. Eu e o Théo fomos conversando no trajeto de casa. — Bella, eu acho que você deveria conversar com a Cristal, antes do Juiz c
Eu me levantei e fui abraçar o meu marido. — Oi amor, que bom que chegou! Ele me beijou rapidamente os lábios e disse no meu ouvido: — Eu te amo! — Eu também!— eu sorri. — Você está bem?— ele quis saber. Eu assenti sorrindo. — Deixa eu falar com a minha filha?— ele sussurrou ao meu ouvido. — Claro amor!— eu disse isso e saí. Alex virou-se para a filha e ela sorriu. — Você já sabe, não é?— ele indagou resignado. — A Bella me contou, pai! — E como se sente? Cristal deu de ombros e respondeu: — Do mesmo jeito! Feliz por ser sua filha! — Jura?— ele já relaxava. — Claro, pai! Não tem que se envergonhar ou se abater, o senhor não fez nada! Alex sentou-se ao lado da filha. — Não tenho mais lágrimas para derramar, minha filha! — Pai, pensa, se Filippo se considera seu filho, imagine eu! Alex riu com a comparação e abraçou a filha. — Eu sou um homem de sorte. Se eu tivesse que escolher hoje, entre ser o seu pai
Alex chegou na empresa do Maximiliano e as recepcionistas ficaram agitadas. — Eu quero falar com o doutor Maximiliano!— ele falou com voz grave. — A quem devo anunciar, senhor?— a moça indagou nervosa. — Alex Andradas! Nós somos amigos!— ele quase vomitou, mas falou. Uma delas foi no cantinho e ligou para Eduardo. — Ele quer falar com o seu pai. Disse que é amigo do doutor Maximiliano, mas eu não sei não, doutor! Estou com receio de mandá-lo para o senhor e ele ficar bravo! Eduardo se manteve calmo, mas sensato. — Mande-o direto para o meu pai, estou indo para lá agora! Eduardo correu para avisar o pai. — Alex!— Rosana se assustou. — Bom dia, Rosana. Avise o seu chefe que estou aqui e quero falar com ele. Rosana falou no interfone e Maximiliano mandou que ele entrasse. — Mas pai, não é assim! Calma! — Eduardo o repreendeu. Maximiliano estava tranquilo, ele sabia que uma hora, eles teriam que conversar civilizadamente. — B
Rosana estava muito curiosa. — Como vai ser agora? Será que o Alex lhe deixar ver a menina? — Claro! Logo eu terei em mãos o exame de DNA, comprovando que eu sou o pai, o que mais ele pode fazer? Ela não vai deixar de amá-lo, eu sei, mas vai saber que tem outro pai! — E a Rose Marie? — O que tem ela? — Como está aceitando isso tudo? — Enlouquecida! Rosana desatou a rir. — Nossa! Quem manda fazer jogo duro? — Não está mais! — O quê? Não está mais? Maximiliano espalhou as mãos sobre a mesa. — Está mansinha agora. Ameacei terminar e arrumar outra! Rosana cruzou os braços nervosa. — Aí a trouxa abriu as pernas sob ameaça? Maximiliano se justificou desesperado. — Eu juro que não aguentava mais. Aquela mulher é muito cheirosa! Ele voltou a se encostar na cadeira e comentou. — Depois que passei aquele tempo com a Livia, peguei gosto, não vivo sem! — Ela está namorando o seu filho!— Rosana fez questão de lembrar. Maximiliano deu de ombros. — Eu sei
Eu segurei no braço do Alex, pois minhas pernas tremiam muito. O olhar daquela mulher para mim, era de arrepiar. O Alex avançou para ela, emocionado. O que me deixou aliviada mesmo foi perceber que a bruxa do mal estava escoltada por um casal de enfermeiros. Eles eram altos e fortes e seguravam o braço dela. Eu fiquei parada, segurando a barriga, enquanto Alex foi abraçar a mãe. Eu olhei para o lado, procurando o meu pai, que se afastava com Rosana. Eles não perceberam a chegada da cobra. Cristal e Filippo chegaram correndo afobados, sorrindo, mas no momento em que viram a Mirtes, paralisaram. Cristal me olhou assustada. — A minha avó aqui! Filippo abraçou a namorada. — Não se aproxime dela, Cristal ela tem jeito de louca! Mas o Alex veio conduzindo a mãe com todo carinho, envolvida nos seus braços. — Oi, Bella!— A voz dela era fria. Alex estava tão feliz que não percebia o ódio dela, por trás dos seus olhos
Alex inclinou-se para falar baixinho: — Eu os convidei, amor, por causa do meu sobrinho, ele ficou triste por não comparecer ao aniversário do Júnior. Max se aproximou elegante, como sempre, e estendeu a mão para o sobrinho. O garoto veio me abraçar. — Oi, tia Bella! Ele era igualzinho ao pai, e também era Júnior, mas era chamado de JR, por causa do meu filho que nasceu uns meses antes. — Eu posso brincar com o Júnior? — Claro, meu amor! O garoto saiu correndo e Adriana aproximou-se. Eu estava sentada. Ficou um clima meio chato, eu e ela nunca nos demos muito bem. — Quem é essa princesa?— eu puxei assunto. — Ah, essa é Mariah! Eu a adotei! Eu gostei daquilo. — Sério, isso é ótimo! — Eu não podia mais ter filhos, Bella, agora seria uma gravidez de risco. Eu optei por adotar, pois o Max sempre quis uma menina, acho que esse é o momento certo. Estamos em processo de adoção. Adriana já tinha quase a idade do Alex. Devia te