Passei pela sala apressada. Dona Esther veio me encontrar na porta. — Não vai me contar o que o seu sogro queria com você? Devia ser muito importante, para ele vir até aqui! Eu suspirei nervosa, sem um pingo de paciência. — Boa noite, mãe! Até amanhã!— só foi o que eu disse e a deixei curiosa. — Até amanhã!— ela repetiu, surpresa. — Ela vai dormir com o namorado, não entendeu?— Antunes disse sentado a uma distância, na sala de estar, sem tirar os olhos da televisão. Minha mãe meneou a cabeça nervosa. — Mas e o juiz?— ela questionou. Antenor deu de ombros, pouco interessado no assunto. Entrei no carro do Maximiliano e senti o seu perfume. Ele estava bem vestido, como sempre! — Quer passar em algum lugar para comer antes? — Por favor, eu quero descansar, só isso! Ele me olhou enquanto dirigia e sorriu. — Eu vou te dar colo. Está precisando muito disso! Eu suspirei longamente. — Não imagina o quanto! Eu aceitei
Eu cheguei na casa do Maximiliano e fiquei surpresa com o luxo. A casa era enorme. — Quantos quartos tem aqui?— Eu fiquei curiosa. Maximiliano olhou para o alto da escada e respondeu tranquilamente: — Lá em cima tem oito e aqui embaixo tem mais dois, além dos quartos dos criados, que devem ser uns quatro! Eu durmo aqui embaixo, quase não vou lá pra cima! Meu Deus, era quase do mesmo tamanho da mansão dos Andradas! A diferença era que lá tinha uns dois quartos a mais. Mas a sala de estar e a de jantar eram do mesmo tamanho, enorme! Tinha um jardim muito grande e a piscina devia ser tão grande quanto! Maximiliano achou graça da minha admiração. — O que foi? Por que está tão surpresa? Achou que eu morasse num pequeno apartamento? Acho que não é só você quem acha! — Eu juro que pensei!— eu disse rindo muito. Maximiliano andou pela minha frente explicando: — Na verdade, não foi escolha minha ficar aqui. A minha mulher se cansou de mim e foi embo
Alex olhou indiferente para Adriana que se mantinha emburrada na beira da cama, o esperando. — Pensei que estivesse dormindo! — ele disse surpreso, passando para o banheiro. Adriana o esperou para desabafar. Ele voltou bocejando, usava só um calção de seda. — Acha que eu vou suportar ver essa mulher aqui na mesma casa que você? — Você não tem escolha, Adriana!— ele retrucou enfiando-se debaixo das cobertas. Adriana virou-se indignada. — Você me pediu em namoro, Alex! Temos um compromisso! — Sim, eu tenho, mas o que isso tem a ver? — Ela é sua ex mulher! — Exatamente! Alex se cobriu até o pescoço. — Não se importa comigo?— Adriana insistiu, indignada. — Nem fazemos amor, Adriana! Você só quer o título de minha namorada, do que está se queixando? Adriana avançou para cima do Alex, por cima do cobertor. Ela começou a se despir, o beijando desesperada. — Eu quero, Alex! Quero ser sua todos os dias, para que não precise dela!
Eu acordei devagar, me espreguiçando. Senti de repente, um clarão no rosto. Era Maximiliano que abria a cortina do quarto. Eu me sentei assustada. Fui me lembrando aos poucos onde estava. Lembrei até que desejei fazer amor com o meu chefe que me rejeitou. Ele veio e deitou-se por cima de mim, beijando gostoso o meu pescoço. — Achou que nós fossemos fazer amor ontem?— Ele se afastou um pouco para falar. Eu fiquei sem jeito e não respondi. — Eu quero que a nossa primeira vez seja especial e não desejo ter um vinho como culpado. Quero que você realmente me deseje. Eu engoli em seco. Naquele momento eu só queria que ele me beijasse. Eu tomei a iniciativa e segurei o seu rosto, mas ele desceu e seus lábios se meteram entre os meus seios. Eu fiquei boquiaberta e ele ergueu os olhos devagar, envergonhado. Eu fechei os olhos e suspirei impaciente. — Maximiliano, eu preciso ir! Ele se afastou para eu descer da cama. Eu corri p
Eu entrei no meu quarto, que agora eu chamaria de quarto do caos. Giorgia entrou atrás de mim com um saco grande e eu fui depositando os brinquedos dentro dele. Depois eu abri uma mala grande e a enchi de roupas do Antônio e completei com algumas minhas. Eu esvaziei o meu guarda-roupas e coloquei o resto das roupas, inclusive de cama, num saco grande. Giorgia trouxe vários deles. Théo chegou com Gabriel e foi arrumando tudo no meu carro. Eu e Giorgia mudamos para o quarto de Cristal e Sophia. Minha mãe veio atrás falando: — Se você tivesse me avisado que iam se mudar hoje, eu teria arrumado muita coisa para adiantar! Eu me virei para ela e falei: — De fato, mãe! Eu devia tê-la prevenido, mas a minha cabeça estava a mil! A senhora sabe porque eu estou indo para esse sacrifício, não sabe? Dona Esther ficou sem jeito, por conta da presença de Giorgia, então eu lhe disse: — Giorgia é minha amiga, mãe! Aliás, ela sempre cuidou de mim como se fosse minha mãe! Dona Esther
Alex se aproximou rápido, falando agitado: — Eu vou tirar as coisas do carro, Bella! Ele passou por mim, pegou as chaves da minha mão e começou a tirar o que podia do carro. Adriana o repreendeu: — Alex, você não precisa se dar a esse trabalho! Deixe que outra pessoa faça isso! Alex soltou o ar pela boca, impaciente, segurando alguns sacos. — Adriana, por favor, não se meta nisso! Saía daqui agora! Eu continuei tirando o que podia no carro, mas segurava o riso, olhando de rabo de olho para o lado da Adriana. — Você acha isso engraçado, não é?— ela veio na minha direção. Eu não lhe dei atenção e entrei na casa deixando na sala as coisas que trazia. Cristal vinha chegando e correu para ajudar. — Graças a Deus você chegou, Bella!— ela disse me abraçando. Fomos as duas pegar o resto das coisas no carro. Adriana estava encostada de braços cruzados. — Desencosta daí, perua!— eu disse irritada. Adriana se assustou c
Eu rebolava de propósito, pois sentia o olhar pesado das duas bruxas sobre mim, mas eu sorria no canto dos lábios, deixando transparecer que estava adorando voltar para casa. Entrei na piscina e fui agarrada por Sophia e Antônio. Eu enchi os dois de beijos, depois fiz cócegas neles. — Vocês conseguiram o que queriam, seus bruxinhos! Viemos morar aqui novamente, nesta casa com piscina! Júnior se aproximou de mim e também veio me abraçar, agradecido. — Obrigado por aceitar voltar, mãe! O papai me explicou que a senhora faria esse sacrifício por nós. Eu olhei rapidamente para onde o Alex estava e disse: — É isso mesmo, filho! O seu pai sabe exatamente como as coisas funcionam! Eu olhei para Adriana e indaguei curiosa para o meu filho: — E essa Adriana? O que acha dela? Júnior deu de ombros, indiferente e respondeu: — Ela é legal! — Mais do que eu?— Nada a ver eu fazer uma pergunta dessa! Junior achou graça.
Eu não aguentei ouvir esse desaforo, foi demais para mim. Eu andei na direção dele, falando indignada: — Eu não estou trazendo namorado para dentro de casa, na presença dos meus filhos, como você está fazendo, Alex! Ele riu me provocando. — É impressão minha, ou você está com ciúmes? Eu parti pra cima dele. — Eu te odeio!— eu disse me debatendo, quando ele segurou os meus punhos. Ele tentou me beijar ainda por cima! — Está brava por que, hein? Não foi você quem quis se separar? Não achou que viveria melhor sem mim? — Me solta!— eu gritei, mas um beijo me paralisou. Eu senti a língua dele invadir a minha boca, sem se importar com a força que eu fazia para me soltar. Aos poucos eu fui domada pelo beijo ardente e quando os meus punhos ficaram livres eu não consegui fugir. Droga, eu correspondi ao beijo dele! Foi uma loucura, Alex me arrastou para a cozinha e me sentou na bancada. Ele ficou no meio das minhas pernas e voltou a me beij