Eu comecei a me aconselhar, falando no ritmo dos movimentos da esponja de banho: — Você é tola mesmo, se quer transar, transe com o Maximiliano e pronto! Com o Alex é perigoso! Ele é sedutor, domina você por esse caminho onde você é fraca! Eu parei, dei um longo suspiro e acabei com aquele banho, que mais parecia uma punição, a que eu me submetia por desejar tanto o Alex. Saí me secando e resmungando. — Ele está lá, se deleitando com a meritíssima, sua boba! Ele transa, e transa muito, porque ele é cachorro, igual a todo homem! Eu peguei uma roupa no armário, eu estava no meu antigo quarto, de frente para o de Alex. Fiquei olhando o meu corpo e me admirando. — Se o Alex te pegar, ele faz um estrago, garota!— Eu disse isso sorrindo, maldosa. Em seguida, eu me repreendi e comecei a me vestir rapidamente sem parar de falar. — Você não tem mais dezoito anos, não é mais aquela garota fogosa, Bella, se controle! Depois de estar v
Eu tentei acalmar o Alex, mas o meu sogro teve dificuldade em se conter. — Saia da minha casa agora, Max! Você está terminantemente proibido de entrar nesta casa!— ele gritou. Max se alterou e foi contido por Adriana. — Desde quando a casa é sua? Quem é você para me proibir de entrar nesta casa?— ele gritou. Alex já estava mais calmo e pensava nas crianças. — Eu dou esse direito ao meu pai, tio! Se retire daqui, por favor! Max, indignado, virou-se para Mirtes esperando que ela dissesse algo em sua defesa, mas ela se manteve cabisbaixa. — Mirtes, a casa é sua, diga alguma coisa!— ele a intimou. Mirtes, explicou a situação, sem erguer a cabeça: — Não é mais, Max. Eu passei para o meu filho, assim como os investimentos que eu tinha no Brasil. Isso foi há oito anos! — O quê? Você fez isso, sem me consultar?— Max era uma piada. Andradas não se aguentou e começou a rir do irmão. Max saiu do sério. — Você está rindo porque não sabe onde a sua mulher passou a n
Adriana começou a ter uma crise de ansiedade e Max a segurou para que se acalmasse. — Não se culpe Adriana! Aquele velho nojento te batia para que não contasse para ninguém! — Você também já me bateu!— Adriana empurrou o Max, histérica. Max a apertou no peito. — Mas você gostava de levar uns tapinhas na cama. Comigo você gostava! — Você chegava sempre bêbado! — Porque eu tinha que procurar mulheres fora, quando eu tinha uma em casa! Houve um silêncio. — Ele bateu na babá e ela o perdoou!— Adriana disse desorientada. Max sacudiu Adriana, para trazê-la à realidade. — Adriana, é diferente, eles se amam! — Mas ele disse para eu perdoar que o Alex sempre ia me amar!— Adriana não falava coisa com coisa! Max suspirou impaciente e largou Adriana, voltando-se para o volante, ele falava alterado, inconformado: — Coloque a droga do cinto e vamos embora daqui! Você consegue encontrar justificativas para o que aquele monstro te fez! Adrian
Eu fui no quarto de cada um dos meus filhos, antes de dormir e tive que ficar dando satisfação para cada um deles. Todos queriam saber detalhes sobre a discussão lá de baixo. Nem se eu quisesse explicar, eu conseguiria. Uma família que vive de aparências! Será que o Alex estava no meio disso tudo? Eu não queria pensar muito nisso, mas estava atolada até o pescoço. Eu tinha três filhos com o Alex, três Andradas para educar, sem falar na Cristal que já me adotou há muito tempo, como sua mãe! Ela seria a mais difícil de dobrar, que por ser muito esperta, percebia tudo. Ela falava sem parar, analisando a situação: — Eu não entendo essa relação dos meus avós. Eles não se amam, não são felizes e insistem em ficar juntos! A minha avó sempre amou o tio Max, que insiste em continuar casado com Adriana, mesmo não lhe amando! E o meu pai, que ama você, mas se deixa envolver pela Adriana, que me sequestrou! Ele não acredita ou finge não acreditar!As pessoas dessa
Eu quase aceitei. Eu ia jogar tudo na lata do lixo! Eu empurrei o Alex, que se assustou. — Está bem, Alex, eu me sinto vulnerável morando aqui com você, mas eu não vou dar um passo para trás agora! Alex sentou-se à beira da cama, argumentando para mim, que andava nervosa pelo quarto: — Mas é exatamente isso! Você pode continuar correndo atrás dos seus objetivos, só precisa continuar sendo minha mulher! Eu parei para lhe encarar. — Você sabe porque eu saí de casa, não sabe? Também sabe porque eu voltei, não sabe? Então porque acha que eu vou transar com você e já tomar uma decisão dessa? Eu me senti um lixo quando você me bateu, porque achou que a sua esposa submissa não tinha direito de opinar na educação dos nossos filhos. Você não me achava capaz de pensar, Alex! Ele ficou cabisbaixo, sem argumentos, preferiu me deixar continuar o desabafo. — Eu já estava fragilizada, achando que estava gorda, feia! Quando eu vi a Adriana se aproximando de você nova
Eu acordei num pulo. Tinha que tirar as crianças da cama. Todos estavam cansados devido aos muitos banho de piscina no fim de semana. Cristal me ajudou com Sophia e eu preparei o Antônio. Quando eu desci, Giorgia estava colocando a mesa para as crianças. — Eu estou numa felicidade só. A família está reunida novamente!— ela disse me abraçando e olhando todos se sentaram à mesa. Era muito movimento, mas Giorgia estava eufórica. Ela passava do lado de cada um, e dizia o que tinha feito de bom. — Eu cheguei cedo e fiz tudo isso! Pão de queijo, bolo de fubá, tudo o que vocês gostam! Théo tomava o seu café na cozinha esperando para levar as crianças. Depois que o movimento acabou, eu subi correndo para me trocar. Quando eu desci, já pronta para trabalhar, Alex e os pais estavam sentados à mesa. Ele me olhou curioso, mas não disse nada, enquanto que a mãe não perdeu a oportunidade. — Vai trabalhar tão arrumada assim? Deve ter muitos advogados lá, não? Eu olhei para o A
Rosana entrou no banheiro chorando, e eu fui atrás. Eu a abracei e ela descansou no meu ombro. — Amiga, não ficaria assim! — Eu sou boba mesmo, Bella! Eu estava aqui antes de você, três anos antes, e ele nunca me percebeu! Voltamos juntos para o trabalho. Na hora do almoço, Maximiliano veio até mim. — Vamos almoçar, Bella! Eu olhei sem jeito para Rosana e respondi: — Maximiliano, se você não se importar de almoçar com o seu filho, eu gostaria muito de ir com a Rosana, é que nós duas aproveitamos esse tempo para andar por aí. Sabe, já estamos acostumados com essa rotina! Maximiliano desanimou — Claro, eu entendo. Ele ia saindo depois voltou-se com a testa franzida. — Está tudo bem, Rosana? Ela quase desmaiou de susto. — Eu, doutor? — Sim, parece ter chorado muito! — ele insistiu. — Não, doutor, claro que não, só dormi mal! Maximiliano não ficou muito convencido. — Se estiver com algum problema, venha falar comigo,
Excluir Maximiliano como namorado na hora do almoço, foi tranquilo, mas como fazer na saída? Pouco antes do fim do expediente, ele me interfonou dizendo para esperá-lo. — O que eu faço, Rosana? Eu preciso de alguma desculpa para sair logo daqui!– eu fiquei desesperada. — Por que não fala logo a verdade para ele? Diga que foi obrigada a morar novamente na casa do seu marido! — Eu não sei como falar isso para ele! Ele me fez a proposta de morar na casa dele. Eu não tive coragem de aceitar! — Mas entre ele e o pai dos seus filhos, levando em consideração o tempo em que você o conhece, não tem nem cabimento você escolhê-lo! — Eu concordo com você, Rosana, mas será que ele conseguiria entender ou iria achar que estou lá pelo Alex? Rosana pensou um pouco, se balançou, ergueu as sobrancelhas e respondeu: — Vai logo embora, vai de uma vez! — O que vai dizer para ele?— eu indaguei pegando a minha bolsa, no maior desespero, antes que Maximiliano abrisse a porta.