Eu acordei devagar, me espreguiçando. Senti de repente, um clarão no rosto. Era Maximiliano que abria a cortina do quarto. Eu me sentei assustada. Fui me lembrando aos poucos onde estava. Lembrei até que desejei fazer amor com o meu chefe que me rejeitou. Ele veio e deitou-se por cima de mim, beijando gostoso o meu pescoço. — Achou que nós fossemos fazer amor ontem?— Ele se afastou um pouco para falar. Eu fiquei sem jeito e não respondi. — Eu quero que a nossa primeira vez seja especial e não desejo ter um vinho como culpado. Quero que você realmente me deseje. Eu engoli em seco. Naquele momento eu só queria que ele me beijasse. Eu tomei a iniciativa e segurei o seu rosto, mas ele desceu e seus lábios se meteram entre os meus seios. Eu fiquei boquiaberta e ele ergueu os olhos devagar, envergonhado. Eu fechei os olhos e suspirei impaciente. — Maximiliano, eu preciso ir! Ele se afastou para eu descer da cama. Eu corri p
Eu entrei no meu quarto, que agora eu chamaria de quarto do caos. Giorgia entrou atrás de mim com um saco grande e eu fui depositando os brinquedos dentro dele. Depois eu abri uma mala grande e a enchi de roupas do Antônio e completei com algumas minhas. Eu esvaziei o meu guarda-roupas e coloquei o resto das roupas, inclusive de cama, num saco grande. Giorgia trouxe vários deles. Théo chegou com Gabriel e foi arrumando tudo no meu carro. Eu e Giorgia mudamos para o quarto de Cristal e Sophia. Minha mãe veio atrás falando: — Se você tivesse me avisado que iam se mudar hoje, eu teria arrumado muita coisa para adiantar! Eu me virei para ela e falei: — De fato, mãe! Eu devia tê-la prevenido, mas a minha cabeça estava a mil! A senhora sabe porque eu estou indo para esse sacrifício, não sabe? Dona Esther ficou sem jeito, por conta da presença de Giorgia, então eu lhe disse: — Giorgia é minha amiga, mãe! Aliás, ela sempre cuidou de mim como se fosse minha mãe! Dona Esther
Alex se aproximou rápido, falando agitado: — Eu vou tirar as coisas do carro, Bella! Ele passou por mim, pegou as chaves da minha mão e começou a tirar o que podia do carro. Adriana o repreendeu: — Alex, você não precisa se dar a esse trabalho! Deixe que outra pessoa faça isso! Alex soltou o ar pela boca, impaciente, segurando alguns sacos. — Adriana, por favor, não se meta nisso! Saía daqui agora! Eu continuei tirando o que podia no carro, mas segurava o riso, olhando de rabo de olho para o lado da Adriana. — Você acha isso engraçado, não é?— ela veio na minha direção. Eu não lhe dei atenção e entrei na casa deixando na sala as coisas que trazia. Cristal vinha chegando e correu para ajudar. — Graças a Deus você chegou, Bella!— ela disse me abraçando. Fomos as duas pegar o resto das coisas no carro. Adriana estava encostada de braços cruzados. — Desencosta daí, perua!— eu disse irritada. Adriana se assustou c
Eu rebolava de propósito, pois sentia o olhar pesado das duas bruxas sobre mim, mas eu sorria no canto dos lábios, deixando transparecer que estava adorando voltar para casa. Entrei na piscina e fui agarrada por Sophia e Antônio. Eu enchi os dois de beijos, depois fiz cócegas neles. — Vocês conseguiram o que queriam, seus bruxinhos! Viemos morar aqui novamente, nesta casa com piscina! Júnior se aproximou de mim e também veio me abraçar, agradecido. — Obrigado por aceitar voltar, mãe! O papai me explicou que a senhora faria esse sacrifício por nós. Eu olhei rapidamente para onde o Alex estava e disse: — É isso mesmo, filho! O seu pai sabe exatamente como as coisas funcionam! Eu olhei para Adriana e indaguei curiosa para o meu filho: — E essa Adriana? O que acha dela? Júnior deu de ombros, indiferente e respondeu: — Ela é legal! — Mais do que eu?— Nada a ver eu fazer uma pergunta dessa! Junior achou graça.
Eu não aguentei ouvir esse desaforo, foi demais para mim. Eu andei na direção dele, falando indignada: — Eu não estou trazendo namorado para dentro de casa, na presença dos meus filhos, como você está fazendo, Alex! Ele riu me provocando. — É impressão minha, ou você está com ciúmes? Eu parti pra cima dele. — Eu te odeio!— eu disse me debatendo, quando ele segurou os meus punhos. Ele tentou me beijar ainda por cima! — Está brava por que, hein? Não foi você quem quis se separar? Não achou que viveria melhor sem mim? — Me solta!— eu gritei, mas um beijo me paralisou. Eu senti a língua dele invadir a minha boca, sem se importar com a força que eu fazia para me soltar. Aos poucos eu fui domada pelo beijo ardente e quando os meus punhos ficaram livres eu não consegui fugir. Droga, eu correspondi ao beijo dele! Foi uma loucura, Alex me arrastou para a cozinha e me sentou na bancada. Ele ficou no meio das minhas pernas e voltou a me beij
Eu comecei a me aconselhar, falando no ritmo dos movimentos da esponja de banho: — Você é tola mesmo, se quer transar, transe com o Maximiliano e pronto! Com o Alex é perigoso! Ele é sedutor, domina você por esse caminho onde você é fraca! Eu parei, dei um longo suspiro e acabei com aquele banho, que mais parecia uma punição, a que eu me submetia por desejar tanto o Alex. Saí me secando e resmungando. — Ele está lá, se deleitando com a meritíssima, sua boba! Ele transa, e transa muito, porque ele é cachorro, igual a todo homem! Eu peguei uma roupa no armário, eu estava no meu antigo quarto, de frente para o de Alex. Fiquei olhando o meu corpo e me admirando. — Se o Alex te pegar, ele faz um estrago, garota!— Eu disse isso sorrindo, maldosa. Em seguida, eu me repreendi e comecei a me vestir rapidamente sem parar de falar. — Você não tem mais dezoito anos, não é mais aquela garota fogosa, Bella, se controle! Depois de estar v
Eu tentei acalmar o Alex, mas o meu sogro teve dificuldade em se conter. — Saia da minha casa agora, Max! Você está terminantemente proibido de entrar nesta casa!— ele gritou. Max se alterou e foi contido por Adriana. — Desde quando a casa é sua? Quem é você para me proibir de entrar nesta casa?— ele gritou. Alex já estava mais calmo e pensava nas crianças. — Eu dou esse direito ao meu pai, tio! Se retire daqui, por favor! Max, indignado, virou-se para Mirtes esperando que ela dissesse algo em sua defesa, mas ela se manteve cabisbaixa. — Mirtes, a casa é sua, diga alguma coisa!— ele a intimou. Mirtes, explicou a situação, sem erguer a cabeça: — Não é mais, Max. Eu passei para o meu filho, assim como os investimentos que eu tinha no Brasil. Isso foi há oito anos! — O quê? Você fez isso, sem me consultar?— Max era uma piada. Andradas não se aguentou e começou a rir do irmão. Max saiu do sério. — Você está rindo porque não sabe onde a sua mulher passou a n
Adriana começou a ter uma crise de ansiedade e Max a segurou para que se acalmasse. — Não se culpe Adriana! Aquele velho nojento te batia para que não contasse para ninguém! — Você também já me bateu!— Adriana empurrou o Max, histérica. Max a apertou no peito. — Mas você gostava de levar uns tapinhas na cama. Comigo você gostava! — Você chegava sempre bêbado! — Porque eu tinha que procurar mulheres fora, quando eu tinha uma em casa! Houve um silêncio. — Ele bateu na babá e ela o perdoou!— Adriana disse desorientada. Max sacudiu Adriana, para trazê-la à realidade. — Adriana, é diferente, eles se amam! — Mas ele disse para eu perdoar que o Alex sempre ia me amar!— Adriana não falava coisa com coisa! Max suspirou impaciente e largou Adriana, voltando-se para o volante, ele falava alterado, inconformado: — Coloque a droga do cinto e vamos embora daqui! Você consegue encontrar justificativas para o que aquele monstro te fez! Adrian