Alex se aproximou rápido, falando agitado: — Eu vou tirar as coisas do carro, Bella! Ele passou por mim, pegou as chaves da minha mão e começou a tirar o que podia do carro. Adriana o repreendeu: — Alex, você não precisa se dar a esse trabalho! Deixe que outra pessoa faça isso! Alex soltou o ar pela boca, impaciente, segurando alguns sacos. — Adriana, por favor, não se meta nisso! Saía daqui agora! Eu continuei tirando o que podia no carro, mas segurava o riso, olhando de rabo de olho para o lado da Adriana. — Você acha isso engraçado, não é?— ela veio na minha direção. Eu não lhe dei atenção e entrei na casa deixando na sala as coisas que trazia. Cristal vinha chegando e correu para ajudar. — Graças a Deus você chegou, Bella!— ela disse me abraçando. Fomos as duas pegar o resto das coisas no carro. Adriana estava encostada de braços cruzados. — Desencosta daí, perua!— eu disse irritada. Adriana se assustou c
Eu rebolava de propósito, pois sentia o olhar pesado das duas bruxas sobre mim, mas eu sorria no canto dos lábios, deixando transparecer que estava adorando voltar para casa. Entrei na piscina e fui agarrada por Sophia e Antônio. Eu enchi os dois de beijos, depois fiz cócegas neles. — Vocês conseguiram o que queriam, seus bruxinhos! Viemos morar aqui novamente, nesta casa com piscina! Júnior se aproximou de mim e também veio me abraçar, agradecido. — Obrigado por aceitar voltar, mãe! O papai me explicou que a senhora faria esse sacrifício por nós. Eu olhei rapidamente para onde o Alex estava e disse: — É isso mesmo, filho! O seu pai sabe exatamente como as coisas funcionam! Eu olhei para Adriana e indaguei curiosa para o meu filho: — E essa Adriana? O que acha dela? Júnior deu de ombros, indiferente e respondeu: — Ela é legal! — Mais do que eu?— Nada a ver eu fazer uma pergunta dessa! Junior achou graça.
Eu não aguentei ouvir esse desaforo, foi demais para mim. Eu andei na direção dele, falando indignada: — Eu não estou trazendo namorado para dentro de casa, na presença dos meus filhos, como você está fazendo, Alex! Ele riu me provocando. — É impressão minha, ou você está com ciúmes? Eu parti pra cima dele. — Eu te odeio!— eu disse me debatendo, quando ele segurou os meus punhos. Ele tentou me beijar ainda por cima! — Está brava por que, hein? Não foi você quem quis se separar? Não achou que viveria melhor sem mim? — Me solta!— eu gritei, mas um beijo me paralisou. Eu senti a língua dele invadir a minha boca, sem se importar com a força que eu fazia para me soltar. Aos poucos eu fui domada pelo beijo ardente e quando os meus punhos ficaram livres eu não consegui fugir. Droga, eu correspondi ao beijo dele! Foi uma loucura, Alex me arrastou para a cozinha e me sentou na bancada. Ele ficou no meio das minhas pernas e voltou a me beij
Eu comecei a me aconselhar, falando no ritmo dos movimentos da esponja de banho: — Você é tola mesmo, se quer transar, transe com o Maximiliano e pronto! Com o Alex é perigoso! Ele é sedutor, domina você por esse caminho onde você é fraca! Eu parei, dei um longo suspiro e acabei com aquele banho, que mais parecia uma punição, a que eu me submetia por desejar tanto o Alex. Saí me secando e resmungando. — Ele está lá, se deleitando com a meritíssima, sua boba! Ele transa, e transa muito, porque ele é cachorro, igual a todo homem! Eu peguei uma roupa no armário, eu estava no meu antigo quarto, de frente para o de Alex. Fiquei olhando o meu corpo e me admirando. — Se o Alex te pegar, ele faz um estrago, garota!— Eu disse isso sorrindo, maldosa. Em seguida, eu me repreendi e comecei a me vestir rapidamente sem parar de falar. — Você não tem mais dezoito anos, não é mais aquela garota fogosa, Bella, se controle! Depois de estar v
Eu tentei acalmar o Alex, mas o meu sogro teve dificuldade em se conter. — Saia da minha casa agora, Max! Você está terminantemente proibido de entrar nesta casa!— ele gritou. Max se alterou e foi contido por Adriana. — Desde quando a casa é sua? Quem é você para me proibir de entrar nesta casa?— ele gritou. Alex já estava mais calmo e pensava nas crianças. — Eu dou esse direito ao meu pai, tio! Se retire daqui, por favor! Max, indignado, virou-se para Mirtes esperando que ela dissesse algo em sua defesa, mas ela se manteve cabisbaixa. — Mirtes, a casa é sua, diga alguma coisa!— ele a intimou. Mirtes, explicou a situação, sem erguer a cabeça: — Não é mais, Max. Eu passei para o meu filho, assim como os investimentos que eu tinha no Brasil. Isso foi há oito anos! — O quê? Você fez isso, sem me consultar?— Max era uma piada. Andradas não se aguentou e começou a rir do irmão. Max saiu do sério. — Você está rindo porque não sabe onde a sua mulher passou a n
Adriana começou a ter uma crise de ansiedade e Max a segurou para que se acalmasse. — Não se culpe Adriana! Aquele velho nojento te batia para que não contasse para ninguém! — Você também já me bateu!— Adriana empurrou o Max, histérica. Max a apertou no peito. — Mas você gostava de levar uns tapinhas na cama. Comigo você gostava! — Você chegava sempre bêbado! — Porque eu tinha que procurar mulheres fora, quando eu tinha uma em casa! Houve um silêncio. — Ele bateu na babá e ela o perdoou!— Adriana disse desorientada. Max sacudiu Adriana, para trazê-la à realidade. — Adriana, é diferente, eles se amam! — Mas ele disse para eu perdoar que o Alex sempre ia me amar!— Adriana não falava coisa com coisa! Max suspirou impaciente e largou Adriana, voltando-se para o volante, ele falava alterado, inconformado: — Coloque a droga do cinto e vamos embora daqui! Você consegue encontrar justificativas para o que aquele monstro te fez! Adrian
Eu fui no quarto de cada um dos meus filhos, antes de dormir e tive que ficar dando satisfação para cada um deles. Todos queriam saber detalhes sobre a discussão lá de baixo. Nem se eu quisesse explicar, eu conseguiria. Uma família que vive de aparências! Será que o Alex estava no meio disso tudo? Eu não queria pensar muito nisso, mas estava atolada até o pescoço. Eu tinha três filhos com o Alex, três Andradas para educar, sem falar na Cristal que já me adotou há muito tempo, como sua mãe! Ela seria a mais difícil de dobrar, que por ser muito esperta, percebia tudo. Ela falava sem parar, analisando a situação: — Eu não entendo essa relação dos meus avós. Eles não se amam, não são felizes e insistem em ficar juntos! A minha avó sempre amou o tio Max, que insiste em continuar casado com Adriana, mesmo não lhe amando! E o meu pai, que ama você, mas se deixa envolver pela Adriana, que me sequestrou! Ele não acredita ou finge não acreditar!As pessoas dessa
Eu quase aceitei. Eu ia jogar tudo na lata do lixo! Eu empurrei o Alex, que se assustou. — Está bem, Alex, eu me sinto vulnerável morando aqui com você, mas eu não vou dar um passo para trás agora! Alex sentou-se à beira da cama, argumentando para mim, que andava nervosa pelo quarto: — Mas é exatamente isso! Você pode continuar correndo atrás dos seus objetivos, só precisa continuar sendo minha mulher! Eu parei para lhe encarar. — Você sabe porque eu saí de casa, não sabe? Também sabe porque eu voltei, não sabe? Então porque acha que eu vou transar com você e já tomar uma decisão dessa? Eu me senti um lixo quando você me bateu, porque achou que a sua esposa submissa não tinha direito de opinar na educação dos nossos filhos. Você não me achava capaz de pensar, Alex! Ele ficou cabisbaixo, sem argumentos, preferiu me deixar continuar o desabafo. — Eu já estava fragilizada, achando que estava gorda, feia! Quando eu vi a Adriana se aproximando de você nova